Capítulo 31

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"Eres el regalo que nunca pedí
La porción de cielo que no merecí
Todos mis anhelos se han cumplido en ti
Y no quiero perderte, no lo quiero así
Te dejé y tan sola me sentí sin ti
Y no quiero de nuevo estar así
Tómame en tus brazos, soy parte de ti
Soy parte de ti"
(Mi Sol - Jesse y Joy)

– Bom dia!

Exclamei, adentrando a casa pela cozinha, depois de um longo plantão de trinta horas.

Guadalupe era mesmo uma cozinheira de mão cheia e, por isso, o cheiro do lugar era sempre excepcional no horário das principais refeições. Especialmente quando eu chegava dos plantões, cansada e com muita fome.

Neste dia não estava sendo diferente e eu tentava me lembrar o quê foi e quando havia sido a última vez que comi. Talvez meio hambúrguer na lanchonete do hospital, muitas horas atrás.

– Bom dia, querida. – A senhorinha acenou – Chegou bem a tempo de tomar a vitamina de frutas que fiz.

– Ainda bem, Lupe. Estou com tanta fome que talvez coma essa mesa de café da manhã inteirinha.

Brinquei, deixando sobre o balcão as chaves de um dos carros de Cris, que eu não pedi, mas ele me emprestou para ir ao hospital neste plantão.

Hola, mi amor! – Cristián disse, sorrindo com alegria espontânea ao me ver chegar, vestindo seu uniforme de viagem e trazendo consigo uma mala de rodinhas e uma mochila pendurada em um ombro. – Que bom que vou te ver antes de partir.

Ele completou, se aproximando e me puxando para um amasso, com muitos beijos.

– Você não vai querer fazer isso. – Falei, brincando e tentando me esquivar do abraço – Estou fedida. Fazem aproximadamente trinta e duas horas desde que tomei um banho.

– Não que eu me importe, com toda a saudade que senti de você.

O goleiro respondeu, sem permitir que eu me afastasse e acabei me rendendo a um abraço e um beijo no rapaz que, diferentemente de mim, exalava um cheiro delicioso e tinha os cabelos molhados e penteados para trás, comprovando que acabara de sair do banho.

Irresistível.

– Também senti, corazón mio. – Respondi, segurando seu rosto com as duas mãos e dando-lhe mais um beijo. – Já tomou café da manhã?

– Sim. Pode devorar a mesa toda, como queria. – Ele riu – Preciso ir agora mesmo para o centro de treinamento. De lá sai o ônibus para o aeroporto e, você sabe como funciona, não toleram atrasos.

– Sei sim

Respondi, sorrindo amarelo. Mesmo em pouco tempo de relacionamento oficial, as viagens do goleiro eram tão frequentes que acabaram se tornando parte da rotina.

– Ei, é sexta-feira... Sofi vem hoje?

Perguntei, depois de mais alguns segundos, já me servindo com alguns itens de café da manhã da mesa.

– Sim. Vem! – Ele respondeu – Mas hoje tem hipismo, então ela sai...

– Às cinco. – Eu disse, já acostumada com a rotina de treinos de Sofia também – Certo?

Amigos Con DerechosWhere stories live. Discover now