12 - Fragilidade

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Nota:

EU VOLTEI,
com minhas mais sinceras desculpas pelo atraso, mas voltei.
Como havia avisado, minha vida universitária voltou e com ela diversas reviravoltas recheadas de imprevistos. Mas voltei a me dedicar à escrita. Não prometo que atualizarei toda semana, mas não vou demorar tanto mais também, espero.

Outra coisa: este capítulo contém menções de ansiedade.

E pela capa já dá pra ter uma ideia como ele vai ser, né... não? ...
Bom, vou parar de falar. Espero que gostem e que não tenham desistido de mim.


4 dias após a briga.

Os cômodos da casa estão todos escuros mesmo com as cortinas abertas, o que indica que, mais uma vez, Dean ultrapassara seu horário de serviço. Se seu pai o tratasse da forma que um funcionário legalmente deveria ser tratado, ele chegaria em casa todos os dias antes do Sol se por. Mas isso era apenas mais um dos desejos inalcançáveis de Dean, pelo menos por enquanto.

Adentrando sua sala com envelopes nas mãos, pegos da caixa de correio, o mecânico se joga no sofá, acendendo um velho abajur que fica ao lado sobre uma pequena mesa. A lâmpada vacila um pouco, levando uns segundos para iluminar-se totalmente. Dean suspira. Já fazia algum tempo que precisava trocá-la, mas nunca encontrava a disposição para tanto.

Na verdade, desde que havia brigado com seu melhor amigo, ou amante, parecia-lhe que disposição para qualquer coisa era algo pertencente a um passado distante, agora muito longe de ser reconquistado.

Abrindo o primeiro envelope, Dean encontra mais uma frustração para a sua coleção. Havia se distraído completamente de datas e ultrapassara o dia do pagamento de seu aluguel em um dia.

— Filho da puta. – Ele pragueja consigo mesmo.

Mas o pior de ter se esquecido é o fato de que não tinha absolutamente nenhum centavo para pagar a quantia. Junto ao fato de que era explorado em seu emprego, ainda tinha constantes atrasos em seu pagamento. Seu pai ainda não lhe pagara.

Abrindo o segundo envelope, ele vê sua conta de luz. Ao menos o valor é baixo, uma vez que mal ficava em casa, e ainda tem alguns dias a pagar. Mas sua preocupação maior agora é o aluguel.

Seu estômago solta um leve ronco e ele então percebe como está faminto. Precisa pensar em alguma solução, mas com a fome que está considera isso impossível.

Ele se encaminha até sua geladeira e ao abri-la é acertado com outro soco de frustração. Ela está completamente vazia, apenas uma garrafa de cerveja à vista. Esqueceu-se totalmente de fazer a compra básica da semana; se é que teria algum dinheiro para tanto.

— Puta merda, eu sou muito fodido.

Esfregando sua têmpora, Dean sente seu corpo murchar ainda mais em melancolia. Se sente completamente humilhado, sozinho, sem forças. Teria de fazer uma das coisas que mais detestava fazer.

Voltando para o sofá, ele retira seu celular do bolso. Por um momento deseja encontrar mensagens de Castiel à sua espera, mas rapidamente se situa sabendo que aquilo está fora de questão. Então, sem esperar muito, visando acabar logo com isso, disca o número de seu irmão.

Ei, Dean! Sam responde depois de poucos toques. – Tudo bem, cara?

— E aí, Sammy... é bom ouvir sua voz.

AngelWhere stories live. Discover now