Phoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porque isso a fazia se lembrar da sua antiga vida. De como tudo era falso. De como as pessoas eram sem escrúpulos. E o principal, de como o sorri...
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Não sei exatamente o que aconteceu com Phoebe na noite em que quase demos mais um passo na nossa relação. Sua reação mexeu comigo e me fez pensar em coisas que não gosto nem de sequer achar que possam ser verdades.
Naquela noite meu extinto de proteção foi ativado. Eu quero proteger ela de tudo que possa até pensar em fazê-la mal.
Quando eu coloco meus olhos nela tudo que eu sempre penso é que quero cuidar dela. Para sempre. Ela finge ter essa pose de durona mas não é. Alguma coisa nos seus olhos me dizem que ela está gritando por ajuda, e eu vou fazer isso, afinal, foi o que eu prometi fazer quando pus meus olhos nela na primeira vez que nos reencontramos.
Nosso plano de divulgar as fotos das tatuagens resultou em um alarde grande, mas até o momento não tivemos resultado, e isso está deixando ela mal humorada. Tanto é que, ela já gritou com quase todas as pessoas que falaram com ela hoje, e eu não sei se isso é bom. Admito que estou até com anseio de me aproximar dela. Não quero ser mais um alvo dela.
Ao chegar na frente da sua porta, fico com a dúvida se a abro ou não.
— Está com medo dela? Acredite, ela ainda está sendo legal, algum tempo atrás era mil vezes pior. — Joshua diz, se aproximando, com um sorriso no rosto.
A paixão platônica dele parece ter desaparecido depois que ele percebeu que algo estava acontecendo entre eu e ela.
— Não estou com medo… Só estou pensando se ela vai gostar da minha presença nesse momento.
— Provavelmente sim, parece que quando você está por perto, ela se sente melhor. Talvez você até a acalme.
Me viro na sua direção, olhando em seus olhos. Ele não parece estar com raiva ao falar isso, na realidade, parece que ele parece estar feliz.
— Você deve está estranhando, porque acha que eu deveria ter raiva de você né? Eu gosto da Phoebe, mas é apenas admiração eu acho, o que eu sentia era uma fantasia… Espero de verdade que vocês se acertem.
Sorrio ao ouvir suas palavras. Acho que ela deveria ouvir. As pessoas que estão ao redor dela realmente a admiram e gostam dela.
— Fico feliz em ouvir isso, não sei se me sentiria bem em saber que tinha uma concorrência tão perto…
Ele sorrir, se virando para sair, enquanto eu finalmente bato na porta e escuto um entre baixinho.
Assim que entro dentro de seu escritório, a vejo olhando mais uma vez o quadro de pistas.
Me aproximo dela, e não penso muito em meus atos, apenas a abraço por trás.
Ela fica rígida, mas rapidamente relaxa.
— Eu sei que você não está bem, mas quis vir aqui saber se você não quer ir jantar na minha casa hoje? Meu pai está louco para te reencontrar, e a gente aproveitaria para conversar com meu irmão, ele veio passar o final de semana aqui.
