31| Imaginação

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AMBER

Pensativa.

Uma palavra que me define totalmente.

Olho para o apartamento da pessoa que nesse exato momento pode me prejudicar, ou me ajudar, apesar que a primeira opção me parece mais válida. Será que ficar aqui vai só ajudá-la a me levar ao fundo do poço? 

Tento pensar com clareza diante do pouco tempo que eu tenho para definir o que fazer na minha vida. Porque eu preciso tomar uma decisão, só não sei qual delas eu irei.

Me jogo no sofá da sala calculando qual das duas pode ser mais prejudicial.

Em uma, eu posso ir embora, e deixar tudo isso para trás. 

Na outra, eu posso ficar, e assumir toda a culpa do que fiz, afinal, ela me ajudou, e não me julgou.

A sensação do meu corpo é que estou em uma inércia sem fim. Algo que não vai ser fácil de ser resolvido.

Sou tirada dos meus pensamentos insanos com o barulho da campainha tocando, e isso, me faz ficar em alerta. Será que ela já falou sobre tudo? Já disse a minha identidade?

Me levanto rapidamente do sofá, tentando achar uma saída.

Eu posso sair pela janela sem eles me verem, fácil. Ainda mais quando eu sou muito boa em fugir. Sempre fui.

Olho para os dois lados pensando, mas infelizmente, até isso é impossível nesse momento.

Sinto meus olhos lacrimejarem sem nem perceber.

Faz muito tempo que eu deixei de ser fraca. Muito mesmo.

— Amber, sou eu… Axel. —  escuto a voz do homem que me odeia do outro lado.

Saber que é ele não me ajuda em absolutamente nada, principalmente porque ele também quer me ver atrás das grades.

Vou até o quarto de Phoebe e procuro por sua arma que sempre fica dentro da segunda gaveta de sua escrivaninha - uma das pequenas coisas que descobri quando estava a espionando - e não me orgulho disso por sinal.

Olho para tudo que esse cômodo representa. A pessoa que ele teve aqui dentro por tanto tempo… Ela não merece isso que vou fazer, mas infelizmente, eu convivi tempo o suficiente para ser egoísta como Max Thompson. Vou começar a pôr isso em prática mais uma vez, depois de um bom tempo. 

Escuto um barulho vindo da sala de estar que demonstra que ele conseguiu entrar. Corro em direção as janelas, com a arma em punho, pensando que eu só estou me tornando o que ele sempre quis. Sua cria.

Uma lágrima solitária desce por meu rosto assim que chego no parapeito da janela. 

Respiro uma. Duas. Três vezes.

— Se você fizer isso, te garanto que vou caçar você até no inferno se for preciso… — escuto sua voz vir pelas minhas costas, exalando o sentimento mais íntimo que ele sente por mim.

Penso se devo me virar ou apenas seguir em frente, mas como sempre, opto pela opção errada.

Pela opção que vai me levar ao fundo do poço.

— Acho que você esqueceu que eu não tenho medo de você né? — indago, debochando da sua cara de idiota, como sempre fiz antes dele descobrir da verdade. E antes que eu pense, vejo ele levantar a mão direita, com sua arma em punho. E tudo que concluo é que sei que ele jamais teria coragem de fazer isso, mas por extinto, também levanto a minha. — Você vai arriscar perder o que resta de Phoebe tentando me matar? — continuo, mas sem hesitar em mostrar a ele que também posso acabar com ele.

— E você, vai arriscar ter o ódio dela pra sempre? Porque é isso que vai acontecer caso você me mate…

Sorrio, com escárnio para sua conclusão. Depois que eu concluir o que quer que aconteça aqui, Phoebe não vai ter mais tempo para tentar me achar, afinal, ela vai apodrecer na cadeia.

Seus olhos me analisam e logo em seguida analisam rapidamente o cômodo, e isso me deixa em alerta, até porque, ele foi treinado para situações como essas e por esse motivo, sem pestanejar, e principalmente, sem joguinhos, puxo o gatilho na sua direção, esquecendo tudo que vivi ao lado da única pessoa que me mostrou o que é ter alguém ao seu lado.

Assim que ele cai no chão, saio em direção a janela, correndo em direção ao terraço, porque de lá, irei embora. Para sempre.

Desculpa irmã. – penso, ao me lembrar do que fiz.

TEORIAS?

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TEORIAS?

IM(PERCEPTÍVEL) | ✓Where stories live. Discover now