Nunca dá pra negar que é amor (reescrevendo)

nove

Eliot

A casa já estava com muita gente, mas pelo o que eu pude entender ainda tinha muita gente chegando...

Eu bebia um cerveja enquanto Bianca e Felipe escolhiam músicas, Brendo tomava banho para ele não ter a oportunidade de questionar, eu preciso lembrar de perguntar ao Brendo o que ele escuta pra entender porque todo mundo diz que é triste e chato.

Eles colocaram algo que eu nunca escutei antes, mas era extremamente animado ao ponto de Bianca começar a cantar e pular no meio da sala.

Ela Não já está bêbada, né?

Logo vi Brendo descer as escada, uma calça jeans clara e uma camiseta de manga curta e botões estampada com alguns desenhos que da onde eu estava não era visível, diferente do que eu já tinha visto ele usar, bastante colorido, colorido até demais.

Chamaria a atenção de todos.

Ele logo veio em minha direção e eu vi que eram pequenos sóis, luas, planetas e meteoros em sua camiseta.

- Ainda não está bêbado, não é? - Perguntou rindo, talvez eu estivesse com cara de bobo olhando como aquele menino era lindo. Eu até diria que aquela estampada lhe cai bem, mas tudo vai bem nele.

- Não, na verdade acho até que estou muito sóbrio. - Falei alcançando mais um cerveja e bebendo o líquido amargo no gargalo da garrafa de vidro. - Não vai beber? - perguntei apontando a garrafa para ele.

- Estava pensando que era mais seguro ficar sóbrio, não quero que quebrem algo da minha mãe, ou quebrem você e a Bianca juntos. - Eu ri e neguei com a cabeça, o quão adulto ele tava se achando?

- Entendi, nem vai dançar, então? - perguntei e vi um sorriso crescer nos lábios de Brendo.

- Você vai comigo? - perguntou ainda com aquele sorriso nos lábios. - Se você for eu vou.

- Eu ainda não tô tão bêbedo assim. Não sei dançar. - falei rápido e agora olhando para qualquer canto da cozinha.

Que lindos copos descartáveis coloridos!

- Não é preciso saber de nada, Eliot. É só dançar. - após falar isso de forma rápida e ágil Brendo agarrou meu pulso e me puxou para o centro do sala de estar.

A música estava extremamente alta, quase que eu não ouvia meus próprios pensamentos.

Olhei para o lado e no canto da parede pude ver Bianca agarrada a João Pedro, ela nunca perdeu tempo pra nada.

Felipe apareceu e me estendeu um copo com um líquido rosa alaranjado. Olhei pra ele com a expressão mas confusa que tinha naquele momento e ele sibilou um "bebe".

Não era pra ter bebido, Eliot.

Bebi e logo fiz uma careta, como aquele troço era doce no início, mas depois a boca ganhava um gosto amargo e quente que eu sentia aquecer até meu cérebro.

Brendo ria da minha careta e logo tomou o copo da minha mão e bebeu, ele não expressou nada. Na verdade para ele parecia uma delícia, quando ele lambeu os próprios lábios para tirar os resíduos da bebida que haviam ficado ali eu senti um vontade de beijar ele mais uma vez.

Eu disse pra Bianca que a gente não ia fazer aquilo de novo, mas a Bianca tava quase transando com um garoto na sala de está no meio de uma festa, né.

Brendo pareceu ler meus pensamentos e mordeu o próprio lábio inferior enquanto sorria pra mim me entregando o copo com a pior coisa que eu já bebi na vida dentro.