Em cana

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Emi estava na mansão de Kanbe, especificamente se apresentando a avó do diretor. A morena se encontrava ajoelhada no assoalho ao lado de Daisuke, bebendo uma xícara de chá enquanto a mais velha fazia algumas perguntas.

- Me diga Shibuya-san, Daisuke está se dando bem No trabalho? Ele é gentil com todos? - a senhora sorriu enquanto bebia o chá.

- Bem, Ele é bom com todos sim... Mas as vezes causa bastante caos durante as missões. - Emi arqueou uma sobrancelhas ao lembrar das situações.

- Daisuke! Eu disse para não causar problemas aos seus colegas de trabalho! - a mulher aumentou o tom de voz, dando uma bronca no neto. Emi se assustou e engasgou com o chá.

- Peça desculpa a Emi-san agora! - a grisalha ordenou.

- Não há necessidade disso, não foi nada demais! - Shibuya tentou amenizar a situação mas mesmo assim o diretor se desculpou.

- Desculpe-me, vou evitar o alvoroço. - disse sério.

- Até parece.... - ela murmurou dando um gole no chá.

Os três bebiam o chá em silêncio até que Emi se pronunciou.

- Muito obrigada pelo chá, estava delicioso senhora Kanbe. Mas agora preciso ir, tenho muito trabalho. - a morena colocou a xícara sobre a mesa e fez uma reverencia.

- Foi muito bom te conhecer Shibuya-san. Venha mais vezes! Todos os amigos de Daisuke são bem-vindos! - a senhora sorriu gentil.

"Amigos..."

Emi pensou consigo por um momento antes de pedir uma carona a Daisuke.
Um silêncio constrangedor dominava o veículo.

- Emi-san, quer almoçar? - Kanbe foi direto no convite.

- Hm? - piscou algumas vezes desviando a atenção da janela do carro. - Eu não sei... Tô cheia de coisa pra fazer. - bufou apoiando o rosto sobre a mão esquerda.

- Já cuidei do seu serviço, está livre. - ele disse mexendo nos óculos escuros.

- Como assim? Você deu meu serviço pra outra pessoa fazer? - Emi arregalou os olhos.

- Sim.

- Você não pode sair entregando meu trabalho pros outros! As pessoas podem ficar sobrecarregadas! - aumentou o tom colocando a mão sobre a testa. - Você não pode controlar minha vida só porque você quer! - A morena bufou e se virou para a janela de novo, como se evitasse o inspetor.

- Na verdade eu posso, sou o diretor chefe. - ele disse sério.

- Para de falar o óbvio! - Shibuiya elevou o tom da voz.

Kanbe não disse mais nada, somente dirigiu em silêncio até a saída da mansão. Chegando em frente ao portão da propriedade, haviam vários carros pretos da polícia. Emi se endireitou no acento e franziu o cenho acho aquilo muito estranho.

- Fique aqui, eu resolvo. - Daisuke saiu do carro para ver do que se tratava.

Ele conversava com os oficiais mas Emi não conseguia ouvi-los de dentro do veículo. Um dos policiais apontou para ela, a deixando um pouco ansiosa.

Kanbe se aproximou do carro e pediu para que ela saísse.

- Senhorita Shibuiya? - o oficial perguntou.

- Sim, sou eu. - respondeu um pouco receosa.

- Vou ter que levá-la ao consulado europeu para responder por algumas mortes de cidadãos franceses durante a escolta do ministro japonês. Não resista por favor. - o policial disse.

💵𝑀𝒾𝓁𝓁𝒾𝑜𝓃 𝒟𝑜𝓁𝓁𝒶𝓇 𝑀𝒶𝓃💵 Daisuke KanbeWhere stories live. Discover now