Premiada

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As portas de aço do elevador se abriram dando visão do enorme saguão de entrada, com luzes quentes e música natalina suave. O cheiro de comida no ambiente era ótimo, tirando palavras surpresas e elogios do loiro ao seu lado.

Um garçom na entrada recolheu os casacos dos dois e lhes deu boas-vindas. Haru olhava para Shibuiya perplexo, pois agora sem o agasalho, conseguia ver o look completo que a mesma usava.

- E-emi! V-você está... - Ele nem ao menos conseguia achar os adjetivos certos para descrever a beleza da mulher a sua frente.

- O que foi, o gato comeu sua língua? Vamos encontrar o pessoal. - Emi foi andando confiante na frente, tentando esconder a ansiedade por trás da postura ereta e do queixo erguido.

Kanbe conversava com os antigos diretores, bebericando uma taça de champanhe quando viu Emi de relance. Os lábios do diretor se curvaram em um quase imperceptível sorriso ladino, contente pela detetive ter seguido as ordens da vestimenta, sem falar que ela estava linda. A mulher que mais chamava a atenção em todo o salão.

Daisuke pediu licença aos dois grisalhos e se retirou, indo até ela, que já o esperava com uma taça de champanhe na mão, fingindo que não havia percebido o mesmo vindo em sua direção.

- Feliz Natal Senhorita Shibuiya. - Segurou delicadamente a mão da morena. A puxou, sussurrando em seu ouvido. - Está encantadora essa noite... Não vejo a hora de abrir meu presente depois da festa...

Emi sentiu um frio na barriga e um arrepio por todo o corpo com as palavras de Kanbe. O diretor se afastou depositando um beijo sobre a mão da mulher, sem interromper o contato visual.

- Está muito ousado. - Shibuiya virou o rosto que já estava ruborizado.

- O que posso fazer? Sou um homem ansioso.

- E sobre o meu presente? -. A morena questionou.

- Você verá em breve.

Haru parou ao lado de Emi, encarando Kanbe com um olhar desconfiado e duas taças de sunomono de vieiras nas mãos.

- E ae, Kanbe. - Disse sério dando ênfase no "Kanbe".

- Feliz Natal Sato. Vejo que já está aproveitando, vou receber os que estão chegando agora, com licença. - Daisuke deu um toque no braço de Haru e saiu.

- Eu realmente não entendo esse cara... Tá sempre sério no escritório, mas hoje aparece todo sorridente. - O loiro olhava para o diretor com os olhos estreitos, encarando Emi em seguida que ainda bebia a taça de champanhe, com o olhar acompanhando o diretor por onde ele ia.

Haru realmente desconfiava dos dois, mas não tinha provas o suficiente para poder confirmar se algo acontecia entre seu chefe e a colega de trabalho. Shibuiya percebeu o olhar de Haru sobre si e disfarçou.

- O que foi? Não olhe assim pra mim, não tenho nada a ver com isso. - Terminou a bebida pegando um dos sunomonos da mão dele, e deixando a taça vazia no lugar.

- Heey! Meu sunomono! - O loiro reclamou.

- Como se não tivesse mais desses nas bandejas dos garçons. - Debochou.

- Folgada!

- Vamos para nossa mesa.

As mesas no salão tinham os nomes marcados com plaquinhas nos lugares de cada um. Todo o setor de Emi estava na mesma mesa, e por coincidência seu lugar era ao lado de Haru e o de Kanbe do lado oposto, no outro lado da mesa.

*Emi's POV on*

Estava desfrutando do maravilhoso jantar, trocando olhares discretos mas cheios de significado com o homem a minha frente do outro lado da mesa, agitada e barulhenta, cheias de assuntos paralelos.

💵𝑀𝒾𝓁𝓁𝒾𝑜𝓃 𝒟𝑜𝓁𝓁𝒶𝓇 𝑀𝒶𝓃💵 Daisuke KanbeWhere stories live. Discover now