01h20

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Eu encarava a foto de Andrei na tela do meu celular.

As tatuagens que eu sempre notava em sua pele estavam lá, cobrindo o tom bronzeado de seus braços, seu peito, sua barriga... Devia ter tirado essa enquanto estávamos justamente aqui, na casa de praia. Passei para o lado mais uma vez, e lá estava outro screenshot. Nesse ele estava sentado, e o ângulo vinha de cima pegando desde seu cabelo escuro e um dos alargadores pretos que usava, até os seus mamilos protuberantes, e a pele extra que se acumulava um pouquinho na base de sua barriga graças à posição em que estava. O short que vestia estava meio puxado para cima, e a logo da marca - Adidas - se amassava acima de suas coxas. Por fim, seus pés descalços completavam tudo que a imagem capturava.

Se salvei as fotos, acho que algo além da coincidência infeliz de nos esbarrarmos no aplicativo tinha chamado minha atenção, não é mesmo? Mas isso ninguém precisava saber.

Me conhecendo, eu sabia que não iria relaxar até me entregar ao que me incomodava, ao que pedia para ser exorcizado com movimentos rápidos da minha mão. Só conseguiria abrir espaço para o sono depois que essa agonia causada por Andrei saísse de mim. Então, fechei meus olhos e desci minha mão pelo meu corpo.

Deixei que uma palma passeasse de leve pela minha barriga, apalpando meu volume por cima do short do pijama antes de puxá-lo para baixo, enquanto brincava com um dos meus mamilos com a outra mão. Com as pontas do polegar e do indicador, apertava e puxava de leve o ponto de pele mais escura. Quando minha barriga passou a subir e descer de um jeito mais irregular, ofegante pelo prazer que se acumulava, puxei o elástico do short para baixo.

Eu estava duro pensando nele. Por trás dos meus olhos eu me enxergava com o rosto enterrado em seu pescoço, sentindo o seu cheiro com respiros profundos. Ele tinha uma tatuagem ali, uma pequena cruz quase atrás da orelha. Me imaginei lambendo o desenho enquanto provocava seus mamilos, como fazia com o meu agora. A pele da minha ereção ia para cima e para baixo enquanto eu a movia, desejando por outra mão, por outro toque...

Sem aviso, agora a imagem que me assolava era a de Andrei segurando meus cachos castanhos, os bagunçando mais que o normal, seus dedos cravados entre os fios enquanto movia minha cabeça para frente e para trás, preenchendo minha boca com uma ereção tão firme quanto a minha já estava. Imaginei como seria a ponta do seu pau. Queria que fosse grossa, inchada enquanto fodia minha boca. Minha respiração saía pelos meus lábios acompanhada de gemidos baixos. Me senti salivar só de imaginar como seria chupar o seu pau... O pau do meu primo.

Abri os olhos e parei minha mão por um momento. Odiava gozar deitado na cama, pois nunca conseguia simplesmente dormir sujo ou deixar a gala no canto do lençol. Aposto que Andrei acharia muita graça nesse fato, de que até na hora de gozar eu me preocupava em ser ordenado e limpo.

Decidi que ir até o banheiro e largar tudo que precisava no ralo do boxe era a melhor solução. Depois, podia até tomar uma ducha fria. É, isso aliviaria não apenas o tesão mas o calor da noite. Pronto, eu tinha um plano.

Sentando na cama e pondo meus pés descalços no chão, me levantei para sair do quarto. Quando abri a porta para o corredor, mesmo percebendo tudo vazio e apagado na casa, segurei o volume em meu pijama com uma mão, como se tentasse escondê-lo. Imagina se alguém abre uma das portas do nada e presencia essa cena, um sonâmbulo de pau duro pelo primo babaca?

Andrei dormia no quarto logo ao lado do meu, e era preciso passar por sua porta para chegar ao banheiro no fim do corredor, mais próximo da escada. Havia cores iluminando o chão pela fresta de sua porta, azul e roxo denunciando as lâmpadas esquisitas que ele sempre trazia. Uma vez o ouvi dizer para nossos primos que o fazia se sentir mais em casa ou algo assim. Eu estava na roda, mas não na conversa.

Com passos lentos, com medo de fazer barulho, eu ia passando pelo quarto quando um som fez meu peito estremecer. Parei no mesmo instante. Por trás da porta de Andrei estava um barulho muito familiar, especialmente por eu ter acabado de fazê-lo no meu próprio quarto. Quando aproximei minha orelha, não restaram mais dúvidas: ele estava ofegante e gemendo do jeito mais controlado que podia.

Meu primo estava batendo punheta a uma porta de distância de mim.

Andrei, 19 anos, 1 metro de distância.

As palavras voltaram à mim, a memória se misturando com o presente. Na mão que segurava meu short, senti meu pau voltar a endurecer.

Distraído pela ereção que voltava, não percebi que o som havia parado. O que quer que Andrei estivesse fazendo, não fazia mais. Que bom, assim eu só seguia com o meu plano e dava essa noite por encerrada, e saía de perto daquela porta como se nada tivesse acontecido.

Estava decidido a fazer isso quando ela se abriu de surpresa.

Parado à minha frente estava Andrei, sem camisa, suas tatuagens expostas, vestindo um short folgado como o meu. No dele, o logotipo de alguma banda de rock das antigas se repetia em vermelho escuro no tecido cinzento. No meu, trevos de quatro folhas se repetiam no tecido amarelo-pastel. Claramente havia um pau querendo fazer volume ali.

Ele olhava para o meu short como eu olhava para o dele, até que subiu o rosto.

— Vai entrar ou vai ficar só olhando, Rafael? — ele questionou, cruzando os braços sobre a tatuagem mais recente. Ouvir o meu nome na sua voz me fez... coisas.

Acho que gaguejei, sem conseguir formar uma resposta que fizesse sentido. Minha sombra deve ter me denunciado pela fresta debaixo da porta. O que eu faria agora? Me sentia desmascarado, sem as respostas na ponta da língua que sempre pareciam vir tão naturalmente toda vez em que lidava com Andrei.

— Acho que eu sei qual é a sua resposta, mas me corrija se eu estiver errado... — ele disse, num tom sabichão. Assim, sem dizer mais nada, segurou no elástico do meu short e me puxou para dentro da porta.

Isso sequer me chocou. O que realmente me espantou foi não haver resistência nenhuma dos meus pés, meu corpo simplesmente acompanhando o movimento de Andrei.

A quem eu queria enganar? Era fato de que o lugar que eu mais queria estar naquele momento era dentro daquele quarto. A pergunta, na verdade, era essa: o que nós dois faríamos com essa informação agora?

No processo de ser trazido para dentro do quarto, minha mão deixou de cobrir meu pijama, e o tecido esticado em linha reta podia ser visto por qualquer um. Andrei o olhou, e balançou a cabeça com um sorrisinho nada surpreso.

— Foi o que eu pensei... — ele concluiu.

Estendendo o braço, meu primo fechou a porta do seu quarto com um toque calmo como se tivéssemos todo o tempo do mundo.

Uma Noite Secreta com Meu PrimoWhere stories live. Discover now