Uma história sobre vôlei, e estrelas, e amor.
Quando Amber se via encurralada pela pobreza que a ameaçava sufocar, um anjo de olhos puxados apareceu à sua frente, a fazendo uma proposta de mudar de vida usando seu talento.
E no meio do caminho tinha...
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Um estádio de futebol. Não era de tudo o lugar mais convencional para um casamento, nem o mais esquisito, certamente haviam piores. Só acho que Junkyu havia ido longe demais em relação ao seu amor por vôlei, não que eu não tem gostado da ideia, até porque eu cheguei a concordar com tal.
ㅡ Já podemos colocar o vestido?
ㅡ Acho que sim.
Dependurado em um dos armários do vestiário, estava o meu vestido: tinha a saia separada do corpete, porque debaixo dali havia o elemento surpresa que daria um baile em todos os casamentos já vistos na vida. O bordado era bem delicado, com detalhes brilhantes e ocupava o comecinho do corpete de baixo para cima, as mangas eram alcinhas finas que não terminavam atrás pois as costas eram nuas, o decote no centro valorizava meus seios médios e me fazia parecer ainda mais bonita.
Transformaram um dos vestiários em um verdadeiro salão de beleza para mim e as madrinhas, que consistiam especialmente nas outras onze meninas do time. E Atena agora me auxiliava a vestir aquele vestido simples mas que apenas pelo fato de ser um vestido de noiva o fazia parecer pomposo.
ㅡ É chegada a hora das madrinhas e padrinhos entrarem, por favor não tenha um colapso ansioso, está bem?ㅡ entregou-me o buquê.
O vestido das madrinhas consistia num modelo longo simples também com alcinhas e costas nuas, aos pés um lilás simples, que se transformava em rosa-bebê e depois o resto do vestido era branco, com pedrinhas prata. Cores todas correspondentes ao uniforme e bandeira do nosso time.
O terno dos padrinhos também era proveniente das cores do uniforme: azul escuro e uma rosa branca presa ao lado esquerdo do paletó.
Que o meu anseio por ele dure, que ele nunca deixe de ser a pessoa mais bonita a meus olhos, que toda a felicidade nos queira como companhia e que em cada ponto feito na vida comemoremos juntos.
E o fim da música do noivo havia chegado, sinal que indicava a hora da minha entrada. Com ajuda das staffs, me levantei da cadeira e conferi a maquiagem uma última vez antes de sair do vestiário.
Apertei o terço que pendia de minha mão e enlacei o braço no de Leonardo, entrando na quadra de vôlei especialmente montada para nosso casamento. No centro, a rede, e do outro lado dela, meu noivo e seus padrinhos igualmente bem vestidos.
A marcha terminou e meu irmão fez o lindo ato de colocar minha mão sobre a de Junkyu, com o celibatário segurando um microfone próximo à sua boca:
ㅡ Lhe entrego agora a linha da persistência e a agulha da compaixão, para que juntamente com minha irmã possa costurar um futuro feliz. Que todo bem lhes queira e que todo mal vos tema; que a primavera os cante todos os anos e que o inverno não deixe congelar do amor a vossa chama. Por favor cuide bem do meu diamante rosa.
E beijou minha testa antes de nos deixar.
Leonardo Schmidt exalava poesia desde o dia em que nasceu, só não imaginava que fosse dizer uma coisa tão bonita no dia de meu casamento.
ㅡ E o noivo pode beijar a noiva!ㅡ Padre Benedito anunciou.
Por baixo da rede, Junkyu segurou a minha mão e selou meus lábios por meio de um dos buracos da rede. Aplausos por todos os lados foram ouvidos.
Por insistência de Wooyoung, deixamos um canal de imprensa filmar o casamento, apenas porque isso aumentaria a fama do time.
ㅡ E que o jogo comece!ㅡ apitou também o padre.
Arranquei as pregas da saia do vestido, revelando um short colado com exatamente o mesmo bordado da saia, assim também todos notaram que eu não usava um sapato de salto e sim um tênis esportivo branco.
Grande parte da plateia se surpreendeu quando também as madrinhas rasgaram as saias para conseguirem jogar.
E o Match Point da minha vida estava finalmente decidido.
Às vezes o seu destino não está no príncipe de cavalo branco que passa à sua porta ou no garoto emburrado que esbarra com você e derruba seus livros, às vezes o seu destino está num jogador de vôlei que não sabe defender a bola direito e por isso é ponteiro.
O que eu quero dizer é: embarque na aventura que lhe aparecer, por mais louca que seja. Assim como aconteceu comigo, pode haver um amor no seu caminho, ou então você descobre que é você quem vai defender e atacar todas as bolas.
Nunca desista, teu futuro te espera em algum lugar do mundo cujo qual você pode até nem saber que existe.
