Capítulo 3

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Acordei na manhã seguinte bem mais disposta que ontem.
Como tenho uma universidade lotada de humanos para enfrentar, tomei um café reforçado e peguei tudo que ia precisar, chamando um táxi em seguida.

Vinte minutos depois fui deixada em frente a fachada da enorme construção.

Agradeci ao homem com um sorriso e entrei no campus, sendo alvo de vários olhares constrangedores.

Esse povo tem mais o que fazer não?

Caminhei até o interior da universidade e me surpreendi ao ver pinturas do inferno nas paredes.
Quando mais andava, mais pinturas encontrava.

Suspirei balançando a cabeça, como fizeram imagens iguais ao verdadeiro inferno?

Procurei minha sala, parando para pedir informações a uma garota no corredor e rosnei começando a sentir presenças sobrenaturais.

Camuflei meu cheiro entrando na sala  e me sentei em uma mesa de canto. Tudo o que menos quero é ser o centro das atenções.

Vi quando todos se sentaram em seus lugares e o professor entrou.
Achei a fonte da presença sobrenatural que senti a pouco.

Fixei meu olhar nele e sorri quando olhou para mim. Seus minutos estão contados meu amor, aproveite bem!

Abri minha apostila anotando tudo o  que escreveu e mal percebi quando os alunos saíram da sala. Provavelmente hora do intervalo.

Esperei o professor sair da sala e comecei a segui-lo discretamente.
Em um certo momento senti algo bater em meu corpo e me vi indo de encontro ao chão.

Reprimi um chingamento e olhei para cima vendo um homem enorme me olhando sem expressão.

Eu: Não olha por onde anda não? - perguntei me levantando.

Ele ergueu uma sombrancelha e cruzou os braços me olhando de cima a baixo com uma expressão de....nojo?

Quem esse cara pensa que é pra me olhar assim?

Ergui a cabeça para olhar em seus olhos e dei um sorriso frio.

Eu: Fica lonje do meu caminho projeto de poste - rosnei voltando a seguir meu caminho.

Bufei irritada por ter perco o professor de vista e me concentrei em sua assinatura mística.

Poucos segundos mais tarde encontrei  o encontrei dentro do banheiro masculino.

Dei uma olhada para os lados conferindo se ninguém estava olhando e entrei trancando a porta atrás de mim.

Eu: Olá professor - ironizei vendo sua expressão confusa - temos alguns assuntos a tratar - me aproximei ameaçadora.

Xxx: Acho que se enganou mocinha - disse calmo.

Eu: Tenho certeza que não - sorri invocando a adaga que meu avô me deu.

A joguei em seu peito e pisquei vendo seu corpo virar pó.

Eu: Não era nada de mais professor - peguei minha adaga a guardando - mas demônios como você não podem viver entre humanos - completei lavando minhas mãos.

Demônios sugadores nunca são bem vindos fora do inferno e meu querido professor era um deles.
Esses nojentos sugam até a última gota da alma de qualquer ser vivo que esteja em seu caminho. A humanidade não está pronta para eles.

Sai do banheiro indo ao refeitório e peguei um lanche simples.

Como não teremos mais um professor, provavelmente nos mandarão embora mais cedo. Usarei isso a meu favor e comprarei um carro.

Assim que me sentei em uma mesa para comer, guiei meu olhar pelo lugar e reparei o brutamontes me olhando mortalmente.

Oh, será que ofendi seu ego?

Lhe dei meu melhor sorriso e pisquei vendo seus punhos apertarem. Comigo você não tem chance amor!

Assim que o intervalo acabou, peguei minhas coisas na sala e parti o mais rápido possível dali.
Não preciso esperar ninguém me liberar para sair.

Quando entrei no táxi, encostei minha cabeça na janela e sorri.
Para um primeiro dia, isso aqui foi bastante satisfatório.

Alguns minutos depois pedi ao taxista que mudasse a rota e me levasse até a concecionaria mais perto. Vou comprar meu carro agora.

Eu: Obrigada - falei me despedindo do motorista.

Olhei a placa da loja sorrindo animada e entrei.
Finalmente um carro!

Um funcionário veio me atender e falei apenas duas palavras 'algo chamativo'.

O entende me olhou sorrindo e logo fui levada ao carro mais lindo que vi na vida.
Um conversível vermelho sangue, rapido igual a mim.

Entreguei o cartão do meu pai e me sentei acariciando seu volante. Papai que aguarde a fatura!

Dai da loja sentindo o ronco da fera e fui para casa. Mestiços também precisam comer.






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