Descendente

Capítulo 15

Depois de um banho e quase arrancar o membro de Gael, me enrolei na toalha e sai bufando do banheiro do meu quarto.

Gael: Não sabe o quão gostosa fica com esse bico no rosto - se aproximou me prendendo contra a parede e mordendo meus lábios sem piedade.

Eu: Acho que não entendeu quando te ameaçei com uma tesoura - rosnei irritada.

Ele se afastou erguendo as mãos e tirou o sorriso do rosto.

Gael: Nem parece que gozou a alguns minutos atrás - reclamou revirando os olhos.

Eu: Temos que voltar - falei depois de me vestir.

Gael: Voltaremos quando quiser - beijou meu nariz.

Eu: O quanto antes enfrentarmos meu pai melhor - suspirei agarrando sua mão e abrindo um portal - pronto? - perguntei.

Gael: Sempre - piscou sorrindo.

Sorri de volta e atravessamos parando no refeitório.

Ouvi alguns suspiros surpresos e escutei passos apressados se aproximarem.

Olhei na direção deles e sorri nervosa ao ver meu pai bufando como um touro.

Eu: Oi pai -  murmurei tentando sorrir.

Draco: Seu demônio de merda - gritou passando por mim e partindo para cima de Gael.

Vi o intante que seu punho se chocou com o maxilar do meu companheiro e me surpreendi ao não sentir a dor.

Como?

- Só valia até tranzar com você - respondeu cuspindo sangue.

Ótimo pai, acaba com ele.

Gael me olhou erguendo uma sombrancelha e se encolheu ao levar um soco no estômago.

Draco: Você.Tocou.Na.Minha.Filha - rosnou um golpe a cada palavra.

Olhei para minha família com o olhar 'não vão ajudar?' e só ganhei sorrisos assustadores dos meus tios.

Dievon: Estamos nos segurando pra não ajudar seu pai princesa - rosnou.

Suspirei revirando os olhos e me aproximei dos dois homens da minha vida que agora rolavam no chão.

Eu: Pai - chamei agarrando seu braço e o puxando com minha força demoníaca - chega - mandei seria.

Ele me olhou possesso e se afastou limpando o sangue de seu supercílio.

Senti Gael se colocar em meu lado e suspirei dando um sorriso.

Eu: Agora que as crianças terminaram a brincadeira, os adultos vão conversar - ironizei cruzando os braços - contem a história daquele maluco que destruiu minha cidade - mandei.

Minha tia Agatha suspirou e deu um sorriso forçado.

Agatha: Foi a muitos anos atrás....

Logo após a história recém descoberta por mim, todos se distanciaram e começaram a conversar aos sussurros.

O mais confuso foi perceber a reação dos meus 'antigos colegas' a cada palavra dita por minha tia.
Eles agiram como se minha tia tivesse contado uma história lida em um livro qualquer.

Gael não saiu do meu lado um momento sequer, mesmo com os olhares da minha família.
Ele a todo momento tocou meu rosto ou minhas mãos, tentando passar algum conforto através do nosso laço.

Isso me comoveu bastante e pode ter ou não derretido o gelo que me impedirá de ama-lo completamente.

Estava tão perdida em pensamentos que não vi minhas tias e minha mãe na minha frente, batendo as pernas em um tic ansioso.

Blue: Comigo, agora - mandou se afastando com minhas tias.

Olhei receosa para Gael e me levantei batendo as mãos na roupa para tirar a poeira.

Eu: Já voltou - beijei seus lábios.

Segui o cheiro da minha mãe até a sala de química e entrei batendo a porta.

Eu: O que aconteceu? - perguntei.

Isa: O que aconteceu? - gritou me assustando - aconteceu que você dormiu com um cão de três cabeças e não contou nada - se aproximou balançando meus ombros.

Blue: Conta filha, ele é bom no que faz? - perguntou maliciosa.

Isa: Deixa de besteira Blue - resmungou revirando os olhos - ele tem três 'paus'? - olhou no fundo dos meus olhos como se a resposta salvasse a fome no mundo.

Não contive a gargalhada que explodiu. Como elas acham que meu companheiro tem três 'paus'?

Safira: Claro que tem Isa, um homem daquele tamanho - se abanou me olhando sugestivamente.

Logo ela franziu a testa e arregalou os olhos.

Safira: Maldita ligação - resmungou revirando os olhos.

Eu: Ele não tem três paus e é muito bom no que faz - respondi sentindo minhas bochechas corarem.

Isa: Só isso? - perguntou descrente - quantos orgasmos? - perguntou seria.

Eu: Muitos - respondi balançando a cabeça.

- Bom saber que te satisfiz minha rainha.

Prendi um rosnado de raiva e revirei os olhos diante das palavras. É só ignorar Ruby.

Blue: O mais importante minha filha, ele te faz feliz? - perguntou com um brilho diferente no olhar.

Eu: Faz mãe e muito - sorri boba.

Olhei minha tia Agatha que até agora não falou nada e ergui uma sombrancelha.

Eu: Nenhuma pergunta? - questionei surpresa.

Agatha: Ainda tenho medo dele - resmungou - mas se te faz ter orgasmos múltiplos pra mim tudo bem - abriu um meio sorriso.

Santo Lucifer, essa família só fala de orgasmos?

-E dos meus paus.

Tossi tentando encobrir uma risada e me dirigi a porta.

Eu: Vamos, temos que achar um geito de matar de uma vez por todas esse Azazel - pronunciei seu nome com nojo.

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