Capítulo 4

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Depois de uma tarde desastrosa onde tentei inutilmente cozinhar algo para comer, fui para a cama sentindo meu peito apertar.
Um dia ainda morro de fome!

Coloquei o travesseiro no rosto e perdida em pensamentos adormeci.

                             .......

Acordei ouvindo o despertador tocar e me levantei jogando as cobertas no chão.

Tomei um rápido banho antes de decer e peguei as chaves do carro, vou passar em uma padaria antes da faculdade.

Tranquei o apartamento descendo até a garagem e entrei no carro, logo chegando a padaria.

Entrei pedindo um bolo de cenoura e um copo de leite. Comi tudo em menos de cinco minutos e voltei a entrar no carro.

Quando cheguei a faculdade, sorri vendo a atenção em meu carro e entrei logo dando de cara com o grandão mal encarado.

Eu: Me esperando docinho? - ironizei cruzando os braços.

XXX: Sai do meu caminho garota - rosnou ficando a centímetros do meu rosto.

Claro que fiquei de frente a seu musculoso peito, mas quando a vista é boa cego não reclama!

Eu: Não percebeu que você está no meu caminho? - apontei para as escadas atrás de seu corpo.

Me assustei ao ver sua mão socar a parede atrás de mim e dei um pequeno passo para traz.

Eu: Tá irritadinho? - provoquei ouvindo susurrus a nossa volta - gatinhos irritados tendem a morder alguém, quer me morder? - sussurrei ficando na ponta dos pés

XXX: Te destroçar pedaço por pedaço -  frio como uma pedra de gelo.

Eu: Entra na fila bebê - falei dando as costas e subindo as escadas.

Sabem aquele ditado que nunca devemos dar as costas a um predador?
Acabei de saber que é verdadeiro!

Ofeguei quando senti meu cabelo ser puxado e uma mão envolver meu pescoço.

XXX: Se seu gosto for tão doce quanto suas palavras serei um cara de sorte - lamber onde antes estava sua mão.

Pisquei sentindo minhas vistas turvas e dei uma cotovelada em seu estômago.

Eu: Não me toque sem a minha permissão - me abaixei dando um peteleco em sua testa.

Fui para a sala saltitando e vi que já tinham substituído o professor. Dessa vez um humano.

Me sentei para assitir a aula e reparei alguns alunos me olhando.

Eu: Perderam alguma coisa em mim? - perguntei olhando meu corpo.

Eles arregalaram os olhos e deram sorriso sem graça.

XXX: Você enfrentou Gael - falou uma garota me olhando estranho.

Eu: Então é esse o nome dele - sussurrei sorrindo - é só ele sair do meu caminho que nos daremos bem - dei de ombros.

A garota arregalou os olhos e riu nervosamente.

XXX: Se fosse simples assim - falou olhando seus amigos.

Me concentrei no que o professor estava falando e tirei o assunto Gael da cabeça.

Hoje é dia de visitar meu avô no inferno, o coroa tem boas história para contar.

Sorri vendo o professor me chamar e ergui uma sombrancelha quando vi que era para ler.

Sou uma ótima lutadora, mas tenho vergonha de ler em público. Acontece com as melhores pessoas.

Aos trancos e barrancos consegui acabar o parágrafo soltando um suspiro aliviado.

Quando chegou o intervalo não vi o tal Gael em lugar algum. Então tudo ficou na paz até encontrá-lo na saída ao lado de seus amigos bonitões.

Passei por ele indo até meu carro e sei partida sorrindo ao ver seu olhar transmitir raiva.

É docinho, dois podem brincar do mesmo jogo.

Dirigi até meu apartamento e abri um portal para o inferno, vendo meu querido avó com sua mulher em seu colo.

Acreditem se quiser a tia da minha mãe namora meu avô. Tenho uma tia-avó incrível não?

Minha mãe faltou bater nos dois quando soube, mas meu pai acalmou ela com beijos e algo a mais.

Eu: Meu queridos - falei abrindo os braços e pulando em cima deles.

Lucifer: Minha pequena demônia - beijou minha testa enquanto minha tia-avó beijou minha bochecha - lembrou desse velho aqui - completou rindo.

Velho só se for sua bunda vovô.

Eu: Tão velhinho ele - acariciei seus cabelos - Não se preocupa quando você morrer eu assumo o inferno - o tranquilizei sorrindo

Tatiana: Delicada como seu pai - revirou os olhos.

Eu: O sangue prevalece - brinquei me sentando no trono da minha tia.

Lucifer: Tenho um assunto delicado para falar com você querida - disse nervoso.

Eu: Pode falar - incentivei preocupada.

Lucifer: A alguns meses ouve uma fuga no inferno - apertou a perna de sua mulher.

Eu: Quem? - perguntei.

Ele suspirou fechando os olhos e quando abriu vi uma coisa que jurei nunca ver.
Meu tio está com medo!

Lucifer: O Cérbero fugiu.....

Eu: Como é? - perguntei piscando fortemente - Não estou para brincadeiras vô - rosnei assustada.

Tatiana: Ele não está brincando meu bem - disse suavemente.

Ela é minha mãe tem um dom genuíno de acalmar qualquer um.

Lucifer: Não contei por falta de coragem, isso não é como quando suas tias e mãe lutaram contra demônios.....é pior - passou a mão sobre os cabelos violentamente.

Eu: Meus pais sabem? - perguntei mordendo a boca.

Lucifer: Sim, lhes contei pouco antes de chegar, aproveitei que me visitaria  hoje para contar a todos - falou apontando para o portal aberto no canto da sala - seus pais acabaram de sair daqui - completou voltando a sua postura dominante.

E Agora?









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