Depois de uma tarde desastrosa onde tentei inutilmente cozinhar algo para comer, fui para a cama sentindo meu peito apertar.
Um dia ainda morro de fome!Coloquei o travesseiro no rosto e perdida em pensamentos adormeci.
.......
Acordei ouvindo o despertador tocar e me levantei jogando as cobertas no chão.
Tomei um rápido banho antes de decer e peguei as chaves do carro, vou passar em uma padaria antes da faculdade.
Tranquei o apartamento descendo até a garagem e entrei no carro, logo chegando a padaria.
Entrei pedindo um bolo de cenoura e um copo de leite. Comi tudo em menos de cinco minutos e voltei a entrar no carro.
Quando cheguei a faculdade, sorri vendo a atenção em meu carro e entrei logo dando de cara com o grandão mal encarado.
Eu: Me esperando docinho? - ironizei cruzando os braços.
XXX: Sai do meu caminho garota - rosnou ficando a centímetros do meu rosto.
Claro que fiquei de frente a seu musculoso peito, mas quando a vista é boa cego não reclama!
Eu: Não percebeu que você está no meu caminho? - apontei para as escadas atrás de seu corpo.
Me assustei ao ver sua mão socar a parede atrás de mim e dei um pequeno passo para traz.
Eu: Tá irritadinho? - provoquei ouvindo susurrus a nossa volta - gatinhos irritados tendem a morder alguém, quer me morder? - sussurrei ficando na ponta dos pés
XXX: Te destroçar pedaço por pedaço - frio como uma pedra de gelo.
Eu: Entra na fila bebê - falei dando as costas e subindo as escadas.
Sabem aquele ditado que nunca devemos dar as costas a um predador?
Acabei de saber que é verdadeiro!Ofeguei quando senti meu cabelo ser puxado e uma mão envolver meu pescoço.
XXX: Se seu gosto for tão doce quanto suas palavras serei um cara de sorte - lamber onde antes estava sua mão.
Pisquei sentindo minhas vistas turvas e dei uma cotovelada em seu estômago.
Eu: Não me toque sem a minha permissão - me abaixei dando um peteleco em sua testa.
Fui para a sala saltitando e vi que já tinham substituído o professor. Dessa vez um humano.
Me sentei para assitir a aula e reparei alguns alunos me olhando.
Eu: Perderam alguma coisa em mim? - perguntei olhando meu corpo.
Eles arregalaram os olhos e deram sorriso sem graça.
XXX: Você enfrentou Gael - falou uma garota me olhando estranho.
Eu: Então é esse o nome dele - sussurrei sorrindo - é só ele sair do meu caminho que nos daremos bem - dei de ombros.
A garota arregalou os olhos e riu nervosamente.
XXX: Se fosse simples assim - falou olhando seus amigos.
Me concentrei no que o professor estava falando e tirei o assunto Gael da cabeça.
Hoje é dia de visitar meu avô no inferno, o coroa tem boas história para contar.
Sorri vendo o professor me chamar e ergui uma sombrancelha quando vi que era para ler.
Sou uma ótima lutadora, mas tenho vergonha de ler em público. Acontece com as melhores pessoas.
Aos trancos e barrancos consegui acabar o parágrafo soltando um suspiro aliviado.
Quando chegou o intervalo não vi o tal Gael em lugar algum. Então tudo ficou na paz até encontrá-lo na saída ao lado de seus amigos bonitões.
Passei por ele indo até meu carro e sei partida sorrindo ao ver seu olhar transmitir raiva.
É docinho, dois podem brincar do mesmo jogo.
Dirigi até meu apartamento e abri um portal para o inferno, vendo meu querido avó com sua mulher em seu colo.
Acreditem se quiser a tia da minha mãe namora meu avô. Tenho uma tia-avó incrível não?
Minha mãe faltou bater nos dois quando soube, mas meu pai acalmou ela com beijos e algo a mais.
Eu: Meu queridos - falei abrindo os braços e pulando em cima deles.
Lucifer: Minha pequena demônia - beijou minha testa enquanto minha tia-avó beijou minha bochecha - lembrou desse velho aqui - completou rindo.
Velho só se for sua bunda vovô.
Eu: Tão velhinho ele - acariciei seus cabelos - Não se preocupa quando você morrer eu assumo o inferno - o tranquilizei sorrindo
Tatiana: Delicada como seu pai - revirou os olhos.
Eu: O sangue prevalece - brinquei me sentando no trono da minha tia.
Lucifer: Tenho um assunto delicado para falar com você querida - disse nervoso.
Eu: Pode falar - incentivei preocupada.
Lucifer: A alguns meses ouve uma fuga no inferno - apertou a perna de sua mulher.
Eu: Quem? - perguntei.
Ele suspirou fechando os olhos e quando abriu vi uma coisa que jurei nunca ver.
Meu tio está com medo!Lucifer: O Cérbero fugiu.....
Eu: Como é? - perguntei piscando fortemente - Não estou para brincadeiras vô - rosnei assustada.
Tatiana: Ele não está brincando meu bem - disse suavemente.
Ela é minha mãe tem um dom genuíno de acalmar qualquer um.
Lucifer: Não contei por falta de coragem, isso não é como quando suas tias e mãe lutaram contra demônios.....é pior - passou a mão sobre os cabelos violentamente.
Eu: Meus pais sabem? - perguntei mordendo a boca.
Lucifer: Sim, lhes contei pouco antes de chegar, aproveitei que me visitaria hoje para contar a todos - falou apontando para o portal aberto no canto da sala - seus pais acabaram de sair daqui - completou voltando a sua postura dominante.
E Agora?
Deixem a 🌟
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Descendente
FantasyFilha de pais superprotores e tias piores ainda, Ruby descende de um dos dois herdeiros do inferno, a tornando neta de Lucifer e um demônio mestiço. Sua mãe é doce, seu pai frio e ela? Explosiva.