Guiei a estaca até seu peito e sorri perversa.
Eu: Não sabe o prazer que vou sentir ao ver seu corpo banhado a sangue - sussurrei lambendo os lábios.
Com apenas um movimento de mão a estaca entrou em seu coração. Agora que estou no controle de seu corpo sua pele é tão macia quanto a de um humano.
Vi quando seus olhos se arregalaram e foram de encontro aos meus. Não entendi a preocupação estampada lá até sentir algo atravessar meu corpo.
Olhei para baixo e não vi nada atravessado, mas sim um buraco vazio no lugar.
Senti meus joelhos cederem e levei a mão ao peito. Como isso aconteceu?
Ergui meus olhos até Gael que permanecia de pé e reparei que meu ferimento é no mesmo lugar que o seu.
Apertei os olhos espantando o pensamento que preencheu minha mente e ergui a mão puxando a estaca.
Instantaneamente seu corpo se regenerou e fechou o ferimento igualmente ao meu.
Passei a mão no peito sentindo uma pequena cicatriz e olhei mortalmente para Gael.
Eu: Você não fez isso - rosnei me levantando - eu vou te matar Gael - gritei me atirando novamente contra seu corpo.
Gael: Não gostou de saber que estamos ligados florzinha? - ironizou agarrando meus braços e me prendendo contra a parede - deveria saber que somos mais que uma simples ligação - mordeu meu lóbulo.
Senti um arrepio correr minhas espinha e parar um uma parte bastante acesa em meu corpo, mas nunca falarei a esse cachorro que meu corpo reage a ele.
Eu: Nunca seremos nada - sussurrei enfatizando o nada.
Gael: Veremos - deceu a mão até minha coxa.
Rosnei fechando meus olhos e quando os abri usei novamente minha hipnose e o forcei a me largar.
Eu: Vou sair e quando retornar espero que essa barreira esteja aberta - me afastei caminhando até o lado de fora do prédio.
Esse homem me irrita como ninguém nunca fez, mas lá no fundo tem aquela parte que gosta disso.
E essa parte, pretendo manter o mais lonje possível da superfície.Com meu corpo renovado usei minha parte demoníaca e localizei minha família na cidade. Suas essências são fortes então não tive dificuldade alguma.
Enquanto caminhava pensei em tudo que Gael disse sobre sermos mais que uma ligação e a única coisa que consegui ligar a isso foi o companheirismo.
Minha parte demoníaca não o reconheceu como tal, então não faz sentido. Só se ele estiver usando um feitiço.
Virei em uma rua coberta por fumaça e ouvi barulhos de sirenes começarem. Finalmente esses humanos virão ajudar.
Olhei para o ceu sentindo uma centelha de magia no ar e chutei uma pedrinha frustrada por não ter as respostas que precisava.
Tenho apenas um cachorro que acha que somos algo e um possível suspeito.
Essa cidade de merda só me trouxe dor de cabeça.
Aprecei o passo até a aura de meus pais tendo alguns imprevistos no caminho e parei em frente ao único prédio inteiro da cidade.
Olhei sua fachada e constatei que é seguro subir. Não quero despencar do último andar novamente.
Parei em frente as escadas e suspirei começando a subir.
Vinte e seis andares depois cheguei ao terraço.Encontrei o helicóptero usado por meus pais, mas não os vi por perto.
Franzi a testa dando alguns passos para traz e bati em um corpo duro.
Me virei pronta para matar quem fosse, mas braços fortes me prenderam em um abraço de urso.Eu: Pai - exclamei feliz retribuindo seu abraço.
Draco: Nunca mais se afastará de mim - rosnou beijando meus cabelos - tá tudo bem, quebrou alguma coisa? - se afastou olhando cada pedaço do meu corpo.
Eu: Tô bem pai - sorri feliz - cadê todo mundo? - perguntei preocupada.
Isa: Bem aqui pedacinho do mal - surgiu de um canto com os outros.
Revirei os olhos com seu apelido e corri para abraçar todo mundo.
Quando chegou a vez da minha mãe demorei um pouquinho mais para me afastar.Só ela sabe dar aquele abraço quentinho e protetor.
Eu: Querem qual notícia primeiro, a boa ou a ruim? - perguntei apreensiva.
Safira: Ruim - respondeu abraçando meu tio Damian.
A histórias das minhas tias com seus companheiros são as melhores do mundo. Não sei como aguentaram saber que dois arcanjos dividem o corpo de seus companheiros. Mas não dá para negar o amor entre eles.
Eu: Esse tremor não foi um acidente e sim planejado por alguém - falei olhando suas reações.
Agatha: Suspeitavamos disso querida - suspirou mordendo o canto da boca.
Eu: A boa é que eu sei quem planejou tudo - cocei a garganta nervosa - e ele pode ser meu companheiro - completei susurrando.
Draco: O QUE ? - gritou furioso.
Deixem a 🌟
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Descendente
FantasiaFilha de pais superprotores e tias piores ainda, Ruby descende de um dos dois herdeiros do inferno, a tornando neta de Lucifer e um demônio mestiço. Sua mãe é doce, seu pai frio e ela? Explosiva.