ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ ᴅᴏɪɴ'? ᴡʜᴇʀᴇ ʏᴏᴜ ᴀᴛ? | ʙᴜᴄᴋʏ ʙᴀʀɴᴇs

3.2K 208 175
                                    

Pedido da raquelbennet21. Espero que goste! (fiz um cap pequeno porque sei que você prefere os mais curtos KKKKK)

Capítulo inspirado em um pov do tiktok. User: kitkatkuzzz123

O soldado posicionou sua mão metal sobre a arma no seu cinto e a engatilhou, o clique do gatilho preenchendo o silêncio arrebatador que fazia na sala. Bucky Barnes avançou sorrateiramente na direção da porta, pronto para atacar qualquer que fosse a ameaça que aparecesse no seu caminho. O único som proveniente ali dentro era o da sua respiração pesada e entrecortada, misturando- se com o barulho das solas das suas botas de combate contra o chão. Apesar da pressão, o homem não deixava-se abalar; completar suas missões do começo ao fim era algo que Bucky realizava com muita habilidade e disposição.

Ele deu mais alguns passos silenciosos na direção da porta antes que seu celular começasse a vibrar no bolso da sua calça, fazendo-o pular de susto. Bucky escorou-se na parede e pegou o aparelho com certa dificuldade, quase derrubando o mesmo no chão diversas vezes. Estava prestes a xingar quem quer que fosse a maldita pessoa por trás daquela ligação no mesmo instante em que conseguiu tirar o celular do bolso, mas ao ver o nome do contato piscando na tela do mesmo ele abriu um grande e radiante sorriso enquanto atendia a ligação sem nem pensar duas vezes.

- Oi, boneca.- Bucky cumprimentou, escorando suas costas na parede enquanto pressionava mais o telefone contra a orelha.

Barnes geralmente não recebia ligações de S/N durante suas missões- ela sabia que, nesses momentos, Bucky precisava manter sua concentração absoluta perante o seu trabalho; mesmo que a mulher ficasse extremamente preocupada com o seu namorado quando ele ia para suas missões perigosas. Se S/N estava ligando, alguma coisa devia ter acontecido.

- Oi, Buck.- ela respondeu no mesmo tom de animação que o do namorado, arrancando uma risadinha do mesmo em resposta por causa do apelido.- O que está fazendo?

- Estou em uma missão.- Bucky espiou pelo vidro da porta ao seu lado, totalmente concentrado em qualquer movimento suspeito no corredor.

- Onde você está?

- É confidencial.- Bucky sussurrou, recebendo um resmungo da sua namorada em resposta. Murmúrios de conversas foram ouvidas no corredor ao seu lado e Barnes tratou logo de apressar S/N.- Estou realmente muito ocupado aqui...

- Você já tem planos?- o tom de voz de S/N soou mais como uma afirmação do que propriamente uma pergunta. Bucky até pôde ouvir o suspiro longo e indignado da mulher após a frase.- Não diga isso...

- Qual é, amor...- Barnes continuou, olhando de relance para as silhuetas dos homens armados passando pelo corredor. Seu alvo estava logo ali.

- Eu estou bebendo vinho...- a mulher falou lentamente, como se estivesse ponderando as suas palavras.- Com Zemo.

Bucky paralisou no mesmo instante. Seria aquilo uma brincadeira de mau gosto?

- Espera, o que você acabou de falar?- ele questionou com certo alarde e desespero na voz, fechando sua mão de metal em punho. Sinceramente? Mal conseguia ouvir o nome daquele homem sem que uma onda de euforia invadisse seu corpo por completo.

Até onde Bucky sabia Zemo supostamente deveria estar preso esse tempo todo. S/N até havia ajudado a capturar o mesmo. Então... como?

- Eu estou muito bonita para ficar aqui sozinha.- S/N quase lamentou, e pelo seu tom de voz Bucky sabia que ela estava sorrindo. Ele quase conseguia visualizar os lábios da mulher curvando-se em um sorriso ladino.

- Tecnicamente você não está sozinha, querida.

Era Zemo. Bucky reconheceria aquela voz sarcástica e cheia de escárnio em qualquer lugar do mundo.

O soldado deu uma última olhada no corredor, percebendo que seu alvo já não estava mais na sua mira. Mas Bucky nem se importava mais com isso. Ele abriu a porta com certa brutalidade e saiu correndo pelo corredor, voltando pelo caminho antes percorrido pelo mesmo em direção ao térreo do prédio.

- Eu estou indo para casa agora mesmo.

Mesmo que Bucky não pudesse ver, S/N sorriu mais ainda. Ela desligou o celular e o colocou delicadamente sobre a bancada da cozinha, soltando um longo suspiro de satisfação após isso.

- Acho melhor você ir...- S/N gesticulou para o barão, enquanto o mesmo terminava de saborear a sua taça de vinho tinto.

- Não precisa mandar duas vezes.- ele sorriu e virou-se para a porta, caminhando despreocupadamente na direção da mesma.

- Boa sorte....- S/N ergueu o dedão em sinal positivo para Zemo, fazendo-o revirar os olhos em reprovação.

- Eu aceitei ajudá-la a deixar Bucky com ciúmes. Como pagamento você vai mantê-lo bem longe de mim.- o barão deu de ombros, pegando seu casaco de cima do sofá enquanto colocava-o sobre seus ombros largos, dando um último adeus para S/N.

A mulher sorriu, passando os dedos pela sua própria taça de vinho enquanto a levava até seus lábios e bebericava o líquido escuro ali na mesma, não conseguindo evitar uma risada ao imaginar Bucky retornando à toda velocidade para casa após a ligação.

S/N só sentia saudades de Barnes; as missões que Sam designava para o soldado custavam boa parte do tempo precioso ao qual a mulher gostaria de passar ao lado de Bucky. Ele havia finalmente encontrado a sua paz- mas lutar continuava fazendo parte dessa sua nova vida, obviamente. Poderia ser maldade usar Zemo como uma isca? Talvez sim, talvez não, mas ser imprevisível e surpreendente eram as características mais marcantes de S/N. Se ela conseguisse evitar com que Bucky iniciasse uma caçada ao Barão Zemo antes mesmo de colocar os pés dentro de casa ela tinha muitos planos para aquela noite. Talvez envolvendo algo como uma noite de filmes, música antiga e, quem sabe, uma dança- Bucky vivia brincando que não se dançava desde os anos quarenta e S/N dizia que não dançava desde que percebeu que não sabia dançar; e eram esses tipos de diálogos que transformavam o relacionamento dos dois.

Porque Bucky Barnes havia encontrado seu lar em S/N. E S/N havia aceitado Bucky mesmo com todas as suas falhas passadas. E as feridas também, obviamente; embora que o tempo havia curado boa parte delas.

A mulher sorriu contra a taça de vinho, enquanto a silhueta de Barnes aproximava-se cada vez mais da porta da sala pelo lado de fora do jardim.

Imagines Marvel Onde histórias criam vida. Descubra agora