Capítulo 28

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Meu despertador tocou quando o relógio marcou 07:00. Eu havia me esquecido totalmente que o dia anterior era quinta-feira e que eu tinha que acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Agora, eu havia dormido tarde demais e estava me sentindo um caco. Droga de vida, eu vim ao mundo a passeio e me colocaram para trabalhar.

Joguei a coberta para longe e tremi quando o frio passou pelo meu corpo.

- Puta que pariu - resmunguei.

Eu não queria nem ver como estava a cidade do lado de fora, provavelmente congelando até os ossos. Me agasalhei o máximo que pude, preparei o café da manhã e fui até o quarto de hóspedes. Tentei a maçaneta e não fiquei surpresa quando a porta se abriu, já que todas as vezes que apareci na casa de Derek a porta do seu quarto estava sempre destrancada. Realmente agradeci por isso ou seria impossível acorda-lo.

O quarto estava um breu e tateei a parede até encontrar o interruptor, ligando a luz.

- Acorda, bela adormecida - falei.

Derek resmungou, mas não se mexeu. Revirando os olhos, me aproximei da cama e devagar coloquei minha mão sob a coberta, tentando verificar se ele não estava nu e era seguro puxar o edredom fora dele. Derek estava deitado de bruços, um braço sob o travesseiro, seu cabelo dourado uma bagunça. Derek Sullivan era realmente um homem muito bonito.

Coloquei a mão na direção em que pensei que estava seu quadril e Derek pulou quando minha palma tocou sua pele quente.

- Scheisse - ele gritou enquanto pulava para longe, mas acho que ele foi longe demais, pois acabou caindo da cama com um baque alto.

- Porra, porra, porra - ele chiava, enquanto levantava rapidamente do chão, pulando e caindo novamente na cama.

- Terminou? - perguntei quando ele me lançou um olhar feio.

- Se eu terminei? Qual é o seu problema?

- Você que se jogou no chão.

- Porque você me acordou com essa sua mão congelada.

Finalmente, joguei minha cabeça para trás e soltei uma gargalhada alta com tudo o que havia acontecido.

- Sinto muito - falei entre o riso, minha barriga começando a doer por conta disso.

- Imagino que sente - rosnou e então uma sobrancelha áurea subiu, um sorriso pícaro surgindo em seus lábios.

- O que foi? - perguntei, desconfiada.

Antes que eu pudesse dar minha próxima respiração, Derek estava pulando em mim e meu corpo estava na cama, com o dele me prendendo.

- O que está fazendo, seu troglodita? - questionei enquanto me debatia e Derek tirava peças da minha roupa. O que diabos ele estava fazendo? O frio bateu em mim quando meus braços ficaram nus, assim como meus pés. Para um homem tão grande, ele se movia muito rápido. Como ele conseguiu tirar até os meus sapatos? Agora eu estava apenas com uma blusa sem mangas e uma calça. Em um momento eu estava deitada no colchão quentinho, no outro o chão frio tocava a minha pele.

- Sullivan - gritei e me debati enquanto seu corpo me prendia no chão. Derek estava vestindo uma regata branca colada e uma calça de moletom que pairava baixo em seus quadris, os pés estavam descalços também mas ele não parecia sentir nada.

- Peça desculpas - ele falou.

- Quando eu sair, vou te jogar pela janela - rosnei. - Cai fora, idiota.

- Peça desculpas - repetiu, um sorriso em sua voz.

- Cai fora - gritei.

- Você é muito teimosa.

- Eu estou congelando e a culpa vai ser sua se eu der uma hipotermia.

Soltei um gritinho quando fui erguida, colocada na cama sob a coberta e um corpo quente me embalou. Como era possível Derek ter estado no chão gelado e ainda ter o corpo quente como um forno?

- O que está fazendo agora? - murmurei.

- Eu te dei o seu castigo, agora estou te esquentando. Não quero que fique doente, doçura - falou no meu ouvido.

Dei-lhe uma cotovelada no estômago e ele me soltou, resmungando.

- Ingrata - falou.

Me levantei, me vesti novamente e dei-lhe um tapa na parte de trás da cabeça.

- Levante-se ou vai embora daqui de barriga vazia - falei e sai do quarto.

ღ Uma doce aprendizagemWhere stories live. Discover now