Puta. Merda. Puta merda, puta merda. Parecia que a minha fruta preferida havia explodido na minha boca, doce e suculenta, fazendo minha cabeça rodar e um gemido escapar do fundo da minha garganta.
Os lábios grossos de Derek eram macios e sua língua enredando com a minha parecia veludo. Tudo bem, isso pode soar patético e coisa de poeta, mas é o que parecia. Meus braços foram parar ao redor do seu pescoço, o puxando para mim de uma maneira quase sufocante, mas eu não estava nem ai para isso e Derek também não parecia se incomodar.
Seus braços rodearam minha cintura e não percebi quando eu o empurrei de leve. Derek chegou para trás na cama e eu me escarranchei nele, sentando-me em seu colo sem parar de beija-lo. Bem, isso não aconteceria nem se um meteoro caísse na casa ou alienígenas viessem para leva-lo. Será que eles aceitavam dois pelo preço de um? Porque eu não o largaria nem com o mais potente removedor de cola.
Meus dedos encontraram os fios dos seus cabelos e eram como seda entre eles, o perfume em sua pele encheram minhas narinas e eu não me lembro de ter sentido nada tão delicioso.
Quando a respiração estava vindo apenas em golfadas, nos afastamos e seus lábios pousaram um beijo leve no meu pescoço, então na minha mandíbula e ele se afastou para me encarar. Seus olhos verdes eram tão expressivos que quase me sufocaram. Mirei sua boca, agora vermelha e um pouco inchada, e eu queria beija-lo novamente. O que diabos eu estava fazendo? Eu não queria nem saber.
Derek ergueu uma mão e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Fechei os olhos e me inclinei na direção da sua mão.
- Vá dormir, gatinha - ele murmurou, sua voz rouca e muito sexy.
- Não estou com sono - resmunguei, mas para me contradizer soltei um longo bocejo e meus olhos de repente pareciam pesar uma tonelada.
- Parece que está - ele riu. - Venha, eu vou leva-la para um dos quartos.
- Não - falei e passei meus braços ao redor do pescoço dele, deitando minha cabeça em seu ombro. - Eu quero dormir aqui.
E para mostrar o meu ponto a ele, beijei seus lábios rapidamente e pulei do seu colo, deitando no canto da cama, e fechei os olhos. Não demorou para a escuridão me puxar em seu abraço.
DEREK
Eu não sabia direito o que havia acontecido ali e como foi que começou, mas eu sabia de duas coisas. A primeira é que eu nunca havia sido beijado daquela maneira, com uma garota em total entrega, me abraçando como se estivesse desesperada e não quisesse soltar nunca mais. Eu podia sentir seus lábios doces nos meus, com um leve aroma de tequila, sua língua invadindo minha boca apressadamente, e quando seus dentes pequenos prenderam meu lábio inferior e o puxou levemente, eu quase me perdi.
A segunda coisa era que eu estava com um caso terrível de bolas azuis. E isso nunca me aconteceu. Nunca. Se fosse qualquer outra garota, eu não teria pensado duas vezes antes de leva-la para um quarto de hóspedes (obviamente), arrancar suas roupas e deita-la na cama, porém, era Liv, ela estava bêbada e iria me odiar no dia seguinte. Eu iria me odiar. Olhei para a mulher deitada ao meu lado e por mais que eu quisesse que ela ficasse por ali, tinha a sensação de que não seria a melhor ideia. Me levantei, a peguei em meu colo e a levei para outro quarto.
Tive um sono conturbado, povoado por uma loira pequena de olhos azuis. Ao acordar, parecia que um trem havia passado por cima de mim e descanso era uma palavra desconhecida.
- O que aconteceu com você? - perguntou Nate quando apareci na cozinha.
- Tinha alguém com você que o privou do sono? - perguntou Lucas, despejando um pouco de café em uma xícara.
Desabei na cadeira ao lado do meu amigo e deitei a cabeça na mesa.
- Sério, cara, você parece ter passado a noite em claro - disse Nate.
- Bem, eu realmente me sinto assim. - resmunguei - Tive uma noite agitada.
- Eu não preciso ouvir sobre sua vida sexual - falou Lucas com uma careta.
- Não estou dizendo isso, idiota. - falei e revirei os olhos - Tive um monte de sonhos e parece que não consegui descansar.
Apenas não mencionei que os sonhos eram com lábios rosados nos meus, no meu corpo, cabelos loiros espalhados no travesseiro e grandes olhos azuis me encarando como se tivesse fogo dentro deles. O que estava acontecendo comigo? Um beijo e eu estava sonhando com Liv? Eu precisava correr, tirar qualquer ideia ridícula da minha cabeça.
- Tudo bem, to cheio de fome - me levantei e fui ver o que tinha para comer.
- Quando você não está? - bufou Nate - De 24 horas, 23 você está com fome.
Sem dar moral para o que ele dizia, tomei café da manhã rápido, troquei de roupa e sai para uma corrida.

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ღ Uma doce aprendizagem
RomanceDurante toda sua vida, apenas uma coisa esteve no topo da lista de desejos de Olívia Smith: Blake Johnson. Entre a infância inocente e a juventude limitada pela timidez, Liv não conseguiu dizer para o garoto que o amava e que queria passar a vida ao...