Lilith jamais imaginou que pedir ajuda ao Coven da Família Spellman despertaria seu lado mais humano esquecido a séculos. E Zelda, jamais imaginou que amparar Lilith e seu bebê se tornaria algo muito além de um simples apoio a uma "irmã bruxa".
O...
Início da cena da série situada no Ep.3 da Part.4...
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— Lilith, o que houve? - Zelda perguntou assim que seus olhos bateram em uma Lilith grávida, claramente se contorcendo em dor, na porta da academia.
— Irmã Zelda, me ajude. Meu bebê está nascendo.
Zelda não sabia que Lilith estava grávida até o momento e o fato a surpreendeu de imediato.
— Bebê? Mas, que bebê?
— Do Lúcifer, mas está nascendo antes da hora... - Lilith respondeu com dificuldade, no mesmo momento que que Prudence apareceu ao lado da Suma Sacerdotisa – Por favor, me ajude!
— Prudence, ligue para Hilda e reúna todas as bruxas da academia. Precisamos unir forças para salvar a Lilith.
Diante da explicito sofrimento da ex-rainha do inferno, Zelda não demorou para aceitar o pedido descendo os degraus da entrada para ajudar a morena a se mover.
Sua misericórdia não é por Lilith, mas pelo inocente bebê que precisava vir ao mundo antes de sofrer as consequências dos erros da mãe, foi o que sua razão a fez pensar, porque suas palavras entregaram exatamente o contrário. "Precisamos unir forças para salvar a Lilith" não se estende apenas ao bebê. Tem muito mais significado do que Zelda está disposta a reconhecer não racionalmente, mas sim sentimentalmente.
Os gritos se espalharam pela a academia assim como a força dos poderes de Lilith trazendo rajadas de ventos de toda as partes na formação de uma tempestade, pelo constante esforço de trazer seu filho ao mundo. As bruxas ao seu redor pediam para ela manter uma respiração constante, mas é praticamente impossível quando se sente algo crescer dentro de si, querendo dilacerar seu corpo.
— Lilith, respira! Respira fundo, respira fundo, querida. - Hilda pediu tranquilizadora, ciente da dificuldade da demônia.
Zelda puxou as mangas do blazer azul, a situação bem mais complicada do que ela imaginou. A Spellman mais velha, já tinha enfrentado alguns partos em seus séculos de vida, mas de uma demônia e antes da hora, é a primeira vez.
— AAAAIII! Não consigo! - Lillith proferiu contorcendo-se em dor.
— Você precisa, Lilith... Você precisa respirar e deve fazer força. - Zelda falou agarrando as mãos da demônia a fim de mantê-la no lugar e lhe dá mais sustância.
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— Esse bebê... Está rasgando o meu corpo! AAAA!
— Não... resista! Assim fazem os homens! - Zelda exigiu apertando as mãos da demônia inquieta - Nós, suas irmãs, estamos aqui com você, nós te daremos forças, dividiremos sua dor!
— AAAAA! - Lilith gritou.
— Mãe das trevas, Hécate, nós a invocamos! - Zelda continuou firme, segurando o quanto podia a ex rainha do inferno - Venha até nós. Faça da dor de Lilith nossa dor, para que ela consiga fazer força. Força!
— Força!
— Respira!
— AAAA!
A convocação para a deusa Hécate foi atendida quando a dor de Lilith se fez presente em todas as bruxas, tornando-as uma só.
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— Está vindo, Zelda! Está quase nascendo. - e no meio de gritos e dor, Hilda falou quando viu o bebê dando indícios de sua chegada.
Zelda concentrada em manter Lilith no lugar e instruir movimentos que fizessem ela empurrar a criança, viu a morena entrar em êxtase quando sua dor do parto amenizou, se fazendo presente em todas as bruxas.
— Estou vendo ele! Estou vendo... O seu filho... - A bruxa ruiva não viu somente Lilith se acalmar, mas também o menino se fazer cada vez mais presente.
— AAAAA! - todas as bruxas gritaram, a força do poder presente na sala fazendo uma tremenda tempestade se formar do lado de fora com trovões e raios.
De repente os gritos cessaram, dando lugar para suspiros pesados e cansados, para então o choro do bebê se espalhar por seus ouvidos.
— O seu filho é lindo. - Zelda proferiu com um misto de sentimentos pela adrenalina do parto, vendo o pequeno ser nos braços da irmã.
— Que graça! - Hilda disse entregando o neném a uma Lilith emocionada.
— Ele é perfeito... - Lilith afirmou vendo o rostinho de seu filho pela primeira vez, seu lado humano materno tomando o lugar - É um diabinho perfeito...
A atenção de Lilith em completa gratidão foi para Zelda, encarando os olhos verdes da bruxa ruiva um pouco lacrimejados pela emoção, agora em sua frente ao lado da irmã.
— Obrigada minha irmã! - a mãe dos demônios disse sincera.
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— Agradeça a mãe das trevas, ela abençoou esse nascimento. Como abençoa a todos os outros. - respondeu Zelda.
Lilith sorriu ainda no meio de uma respiração irregular, observando Zelda deixar a sala fugindo de alguma coisa, Lilith só não sabia do que.
