Continua...
Mortuário Spellman...
— Zelda estou indo para casa. Deixei um pouco de sopa para você no prato em cima da mesa, está com um feitiço para mantê-la quente, cuidado para não se queimar... - Hilda falou saindo da cozinha assim que escutou a irmã pousar de uma teletransportação na sala.
A ruiva que veio segurando as lágrimas nos olhos pela situação que passou com Lilith, trata de disfarçar assim que escuta a voz da irmã se aproximando.
— Todos já jantaram, não esperamos por você porque Marie disse que estava ocupada. Eu até estranhei a forma como ela me di... - Hilda parou de falar assim que chegou na sala e seus olhos bateram em sua irmã com Adam nos braços.
Zelda evitou seus olhos sabendo que Hilda a encheria de perguntas e se quer escutou o que ela estava dizendo por tentar manter a compostura de que tudo está bem.
O que Zelda não sabe é que Hilda não precisa de muito para descobrir que algo não está bem com a ruiva. E assim que a bruxa loira bateu os olhos no pequeno demônio em seus braços, soube o motivo por trás das palavras esnobes de Marie quando Hilda perguntou por Zelda. Ciúmes...
— O que você estava dizendo, Hilda? Adam me distraiu. - Zelda mentiu balançando o bebê muito bem acordado em seus braços.
— O que está acontecendo, Zelds? Você está bem?
— Era isso que você estava falando?
— Não.
— Então responda o que eu perguntei, Hilda. Por Hécate! - Zelda tentou ser firme em suas palavras, mas sua voz a traiu pelo aperto do choro acumulado em sua garganta. O fato de está com vontade de chorar por causa daquela maldita demônia é o que mais lhe destrói.
O comportamento de Zelda só fez a preocupação de Hilda aumentar.
— Por Hécate, digo eu! Você claramente não está bem, Zelds. Por isso, responda você as minhas perguntas. Porque Adam está aqui e não com a mãe dele? E porque você está chorando?
Zelda suspirou sentando-se em sua poltrona e olhou para a irmã com os olhos molhados e vermelhos. Foi bom relaxar no conforto de sua poltrona depois do que teve que escutar.
— Porque ela é uma maldita mãe egoísta. Que só pensa nela e nesse maldito trono. E eu não estou chorando...
— Vocês brigaram? - Hilda ignorou a tentativa da irmã em negar o óbvio e continuou a tentar entender o que de fato aconteceu.
Zelda encarou o chão com a pergunta relembrando as ofensas de Lilith e a raiva em seus olhos minutos antes. A bruxa não sabe denominar o que tinha acontecido com ela e a ex-rainha do inferno. Em um minuto ela estava toda feliz e pronta para entregar o menino Adam a mãe e no outro estava sendo acusada de ser culpada pelo que Lúcifer a amaldiçoou. Diante de tudo que Zelda está vivendo, com os perigos que Sabrina e sua família estão expostos com os terrores do sobrenatural, ter que ser humilhada por Lilith a levou ao limite. A Spellman mais velha sentiu uma mistura de raiva e decepção. E por isso está com uma vontade gritante de chorar.
— Eu a coloquei em seu devido lugar. Se ela quer ser dona no mundo, que vá ser em outro lugar. Comigo não... Quer dizer... Aqui não! Eu não admito.
— É, vocês brigaram. - Hilda afirmou dessa vez e ganhou um olhar duro de Zelda.
— Por favor, Hilda. Me poupe.
— E Adam?
— O que tem ele?
— Zelda! Lúcifer está irredutível por causa do filho dele e você o trás para cá?
YOU ARE READING
The Power of Love... - Madam Spellman
FanfictionLilith jamais imaginou que pedir ajuda ao Coven da Família Spellman despertaria seu lado mais humano esquecido a séculos. E Zelda, jamais imaginou que amparar Lilith e seu bebê se tornaria algo muito além de um simples apoio a uma "irmã bruxa". O...