Four - Nigth Invasions...

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Continua...

Zelda deveria ter ido para casa como disse a Marie que faria após resolvesse a estadia de Lilith na academia. Mas, decidiu que não está disposta a ter mais uma conversa sobre a ex-rainha do inferno esta noite, como prometeu que faria quando chegasse em casa.

Por isso agora está sentada em sua sala perdida em pensamentos com o segundo copo de uísque na mão, porque, na realidade, Zelda Spellman prefere repreender a si própria mentalmente por suas atitudes "generosas" com Lilith, do que outra pessoa falando a respeito, neste caso, Marie, se ela tivesse ido para casa mais cedo.

Girando o líquido cor âmbar no copo, a suma sacerdotisa não consegue tirar de seus sentidos sua curiosidade sobre o bebê, que ela ficou supressa em descobrir que Lilith o batizou como Adam... Zelda confessa que esperava algo mais complicado ou talvez mais obscuro ligado a natureza de seus pais, não um nome tão... humano. A ruiva tem certeza que a escolha do nome do bebê tem um significado muito além de seu conhecimento, que talvez ela não fique tão feliz se chegar a descobrir.

"Feliz? Desde quando o bebê de Lilith faz parte da minha felicidade?". A Spellman se pregunta, inconformada com a extensão de seus pensamentos.

E como se não bastasse, a bruxa sabe que não deveria estar com vontade de pegar o pequeno demônio em seus braços, de querer descobrir qual é o seu cheirinho, de querer brincar com ele e ter a certeza de que Lilith está bem e confortável no quarto que foi designado a ela. Zelda sabe que não deveria estar se importando com Lilith, como assustadoramente Marie a interrogou horas antes, como se tivesse escrito em sua face. Era para ela encarar isso como uma simples ajuda a uma irmã bruxa, porém é praticamente impossível com todos esses pensamentos rondando sua cabeça.

"Talvez se eu saciasse essa minha vontade apenas uma vez, uma única vez... Eu adquira algum tipo de paz...". Pensou Zelda bebericando sua bebida. "Mas, como? Eu não me lembro de ter essa liberdade com Lilith. Oh, pelo amor de, Hécate!.. Eu só ajudei a trazer o menino ao mundo...". a bruxa continuou a divagar. "Ela não precisa vê..., mas, será que alguma coisa escapa dos olhos daquela mulher, que dizer, demônia... Talvez se ela estivesse dormindo... Será que Lilith dorme? Inferno! Quantas perguntas! Se ela for um ser que dorme, esse horário coincide. E só há uma maneira de descobrir... Que Hécate me proteja!". Zelda bebeu o resto do álcool no copo como uma poção de coragem pelo que está preste a fazer.

Um lado seu pedindo para desistir dessa atitude absurda, enquanto o outro praticamente exigia que tentasse essa tática para se livrar desses malditos pensamentos.

A suma sacerdotisa saiu de seu escritório e enfrentou os corredores, que a levariam para o quarto de Lilith, com um coração apreensivo no peito.

Em frente agora as portas de madeira de carvalho, Zelda tem sua última chance para desistir. E o silêncio que notou dentro do cômodo a fez prosseguir com uma respiração presa e passos temerosos para dentro do quarto.

A bruxa se permitiu respirar tranquila agradecendo a mãe das trevas quando seus olhos comtemplaram Lilith dormir majestosamente encostada no centro de uma montanha de travesseiros em sua cama.

Zelda não sabe ao certo quantos segundos ou minutos ficou parada na porta observando como a demônia é vistosa dormindo, com seu torso subindo e descendo lentamente em uma respiração tranquila, seus cabelos selvagens cor chocolate espalhados em contraste com os travesseiros brancos, a linha de seus lábios encarnados, até a forma como a mão de Lilith descansava sobre o ventre deixou Zelda vidrada.

A bruxa só caiu em si quando os gemidos de um bebê agitado no berço ganharam sua atenção. "Você não veio aqui para ficar olhando a mãe do menino... Controle-se, Zelda". A ruiva se repreendeu mentalmente sacudindo a cabeça para afastar os pensamentos que insistiam em dizer que Lilith é uma verdadeira deusa dormindo.

The Power of Love...  - Madam SpellmanWhere stories live. Discover now