— Eu tenho um trato melhor... - Lilith falou divertida levantando da cama, alto o suficiente para Zelda escutar.
Continua...
A primeira reação de Zelda foi paralisar, desejando profundamente não ter realmente escutado a voz de uma Lilith muito bem acordada. Tinha que ser coisa de sua mente, de sua maldita mente pregando peças, mas então uma mão pousa em seu ombro e ela quase desmaia com o arrepio que se espalha por seu corpo com a ação. A mão de Lilith é leve e quente contra o tecido de sua roupa.
E como se tivesse levado um choque Zelda se afasta do toque, caminhando para o outro lado do berço, ficando de frente para Lilith agora. A demônia não tira o sorriso de dentes do rosto observado o pânico claro nas expressões da bruxa, assim como notou a reação de seu corpo quando a tocou. Lilith confessa que ficou surpresa.
Zelda engole em seco não sabendo exatamente o porquê da morena está sorrindo do flagra, quando na verdade deveria tê-la jogado contra a parede com um feitiço mortal por estar perto de seu filho sem sua permissão. Seja qual for o motivo dessa reação por parte de Lilith, Zelda só consegue pensar em sua vontade gritante de sumir dali, mas a demônia a acharia nem que fosse no inferno.
Zelda foi pega e não tinha nada que pudesse ser feito para mudar isso.
— Lilith... - a ruiva tenta achar alguma palavra convincente para o momento, mas parece que todas tinham parado de existir.
Uma guerra se forma em sua cabeça por não ter pensado nas consequências de cometer a ousadia de entrar no quarto de Lilith no meio da madrugada, brincar com seu filho e pensar que não seria notada.
Zelda sente que perdeu a cabeça quando decidiu vir até a demônia e a acabou de encontrá-la quando a morena lhe dirigiu a voz.
— Zelda Spellman... Estou surpresa por... como posso dizer... por sua visita? - Lilith falou irônica, brincando com a bruxa diante de sua falta de palavras.
— Eu... Eu estava passando e... resolvi entrar, você estava dormindo, não pensei que... Por Hécate! - Zelda para, não acreditando na própria postura em tentar achar uma explicação, ela está sendo ridícula e nunca gaguejou tanto na vida. Além disso, o sorriso irônico na face de Lilith só piora a situação. - Apenas esqueça isso. Eu já estou de saída.
A bruxa tentou sair, mas a demônia foi mais rápida em pegar sua mão antes que ela chegasse à porta.
— Acalme-se, Zelda! Eu não vou morder, embora você mereça por sua descarada invasão. - Lilith ousou dizer presunçosa, claramente com segundas intensões.
A ruiva, que antes estava tensa pela situação, é tomada pela raiva por tamanha provocação. Zelda puxou sua mão do toque quente de Lilith para ajustar a roupa, como desculpa para se afastar das sensações do gesto.
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The Power of Love... - Madam Spellman
FanfictionLilith jamais imaginou que pedir ajuda ao Coven da Família Spellman despertaria seu lado mais humano esquecido a séculos. E Zelda, jamais imaginou que amparar Lilith e seu bebê se tornaria algo muito além de um simples apoio a uma "irmã bruxa". O...