Capítulo 42

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E um guerreiro: "Jaci, doce amada,

 Retempera-me as forças; não veja

 Olho adverso, na dura peleja,

 Este braço já frouxo cair.

 Vibre a seta, que ao longe derruba

 Tajaçu, que roncando caminha;

 Nem lhe escape serpente daninha,

 Nem lhe fuja pesado tapir."

-Machado de Assis

Mas como eu poderia dizer que o grão que continha toda a matéria, toda a energia é compatível a um grão de areia ou de arroz, e no inicio de tudo não existia nada disso? Um dia, um homem muito sábio me disse que o nada é o espaço vazio sem o espaço. A cada vez que jogo algo para cima, ele sobe até que a velocidade seja nula e logo desce, assim também será o mundo que crescerá até a velocidade "nula" e regredirá. A cada instante que vivo, existe este momento, e apenas este, e agora este, este, este, este... Como uma chapa antiga de fotografia ou de desenho animado, se avançarmos o desenho para a frente ou para trás. Tudo o que vivo neste instante, viverei tudo novamente quando o mundo começar a voltar ao que era antes, e regredir, como se o filme da minha vida e do mundo estivesse chegado até o fim e meu filme fosse recomeçado de trás pra frente. A primeira vez que voltei a ver minha vida, acaso não seria esse? Nesta vez eu posso escolher meu futuro. Na segunda vez que viver eu serei apenas espectadora da minha vida, por isso, verei tudo que estou fazendo e não poderei mudar nada, verei meus desafios e meu futuro e não poderei me alertar a não tomar um caminho tortuoso ou a não cometer tal ato.  Mas, será que esta existência de agora já não é a segunda? Eu poderia basear essa tese em meus dejavús. Será que eu poderia saber quantas vezes eu já vi ou passei por isso? Por esse momento de agora?

Nós mamíferos fomos os últimos da evolução, pois tudo que é simples se tornou complexo. Quando era zigoto já passei por todas as etapas da vida; já fui terra, fui réptil, fui elefante, fui dinossauro...

E sempre tem aquele velho enigma: quem surgiu primeiro, o ovo ou a galinha? O ovo da galinha, porque o primeiro ovo não foi gerado uma galinha, foi outro ser que, uma vez botou um ovo com gema; outro ser botou um ovo com penas, outro botou com bico, até que um ser botou uma galinha inteira.

E se nós mamíferos, déssemos origem a outra espécie, assim como um dia invertebrados geraram os vertebrados? Quando nós gerarmos estes outros seres que não são humanos, quem sabe se eles não irão nos matar e extinguir nossa raça, ou quem sabe se serão menos ou mais inteligentes que nós?

Cada vez que brigamos com nossos namorados e só vemos a separação como alternativa boa, são nosso genes dizendo que este parceiro não será bom para a evolução e desenvolvimento. Nada é por sentimento, tudo é culpa dos nossos genes, e 10.000 anos atrás é muito pouco tempo (extinção dos mamutes), pois ha 8.000 anos existia o Egito.

Ida (Darwinius masillae)  talvez seja finalmente o elo perdido, o macaco que liga o homens aos demais "Pitecos" , seus braços eram maiores para subir em arvores e com uma queima de arvores na região, seus braços passaram a serem do tamanho de hoje. Tudo se adaptou, assim como os polegares dos adolescentes de hoje tem mais músculos que os de seus avós, por mexerem tanto em celulares e computadores. O ser humano está bem capaz de evoluir a tal ponto que não causaria estranheza se um dia nossos olhos passassem a ser um de cada lado, talvez não fosse tão ruim assim se um E.T. nos visse, seria bem pior que constatássemos a nossa evolução pela mutação genética que talvez vá a existir.

A mais recente mutação genética humana, foi não distinguir o verde do vermelho, como os daltônicos. Será uma grande evolução de nossos olhos humanos, quando eles enxergarem no branco todas as cores que ele reflete, uma blusa preta, por exemplo, não é realmente preta já que eu consigo ver dobras nela, e o preto é a ausência total de luz e completa escuridão, por isso o preto que conhecemos não é preto.

Meu Presente é a LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora