𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄 ─ 𝐒𝐇𝐈𝐑𝐁𝐄𝐑𝐓

💍 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟐𝟔 💍

𝐅𝐎𝐈 𝐒𝐎́ 𝐒𝐄𝐗𝐎

❝𝐏𝐎𝐕'𝐒 𝐆𝐈𝐋𝐁𝐄𝐑𝐓

    Eu nem sai do quarto quando Ruby foi embora. Apenas vesti um short e fiquei a espera de Anne, que havia dito que chegaria assim que resolvesse as coisas com Diana.

    Eu estava deitado na cama quando a porta do quarto abriu e Anne entrou. A minha barriga revirou de uma forma que eu quase vomitei no chão. E não foi por ver o seu sorriso lindo, não foi por ver os seus olhos brilhantes... foi por conta do meu nervosismo ao conversar com Anne sobre o que estava entalado na minha garganta fazia um tempo.

    Anne retirou os saltos, soltou os cabelos, subiu no colchão e veio até mim, rastejando pela cama. Ela sentou no meu colo, deslizou a mão por meu peito e mordeu o lábio.

    — O que você queria falar comigo? — Indagou, conforme as unhas passavam por meu tronco.

    Respirei fundo, tentando tomar coragem para dizer o que eu precisava.

    — Bom... E que... Eu não... Queria que... É na... Eu... — Ofeguei. — Eu só queria dizer que eu... Que eu quero... Que eu decidi que... Eu... É que... — Neguei com a cabeça, e soltei um suspiro trêmulo. — Não sei se consigo.

    Senti os dedos finos de Anne roçaram no meu rosto, e quando a encarei, percebi que suas feições estavam contraídas em preocupação.

    — Gil, o que foi?

    Segurei em sua cintura e a coloquei sentada na cama. Sentei no colchão e deslizei meus dedos por meus cabelos, me sentindo agoniado.

    — Gilbert, eu estou ficando preocupada. — Ela esfregou minhas costas.

    Queria tanto lhe dizer que estava apaixonado. Eu queria dizer que não queria ir embora da sua vida. Queria lhe dizer que, apesar de só ter dois meses que nos conhecemos, a única coisa que eu queria era tê-la nos meus braços para sempre.

    Anne tocou minha barba rala e eu olhei para o lado, para ela. Sua boca estava tão perto da minha, seu cheiro gostoso me envolveu, e eu não pude conter... Enfiei meus dedos em seus cabelos, a puxei para mim e beijei sua boca com fome.

    — Gil... — Sussurrou ela, roçando as unhas na minha nuca.

    — Eu quero você. — Mas você não me quer.

    — Gil, eu também te quero. — Disse ela, partindo meu coração em milhares de pedaços.

    Neguei com a cabeça, os olhos se encheram de lágrimas, e eu só queria me aninhar contra seu corpo e chorar até não conseguir mais, pois ela não havia entendido o que eu quis dizer. Anne não tinha entendido por não sentir o mesmo. Eu sabia... eu sentia.

    — Gilbert, o que está acontecendo? — Anne rastejou até mim e sentou em meu colo. Ela segurou em meu rosto, e perguntou: — Conversa comigo, Gil. O que está te incomodando? Você já fez muito por mim, deixa eu fazer algo por você.

    — Tem uma coisa que você pode fazer por mim. — aproximei meu rosto do seu, até nossos narizes estarem se tocando, roçando um no outro.

    — Peça-me. Peça-me o que quiser, Gilbert.

    Deslizei os dedos por seus cabelos ruivos.

    — Faça amor comigo. — Pedi, e ela ofegou — Sem trepar, sem foder, sem sexo. Apenas amor. Só hoje. Apenas hoje.