Capítulo 12

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Capítulo passado foi leve, né? Já esse...

- Esse é o meu antigo quarto - Louis disse abrindo a porta

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- Esse é o meu antigo quarto - Louis disse abrindo a porta.

Para o ômega era um pouco nostálgico estar naquele cômodo, ele tinha passado anos felizes ali. As delicadas flor de lis que sua mãe tinha pintado a mão, ainda estavam lá. Apesar de estarem em um tom fraco de amarelo agora, elas ainda se destacavam no meio do azul claro das paredes.

Quando Louis tinha uns sete ou oito anos, ele resolveu que queria pintar seu quarto de outra cor, queria um quarto com personagens, igual dos seus amigos de escola. Mas sua mãe disse que gostava tanto do jeito que estava, que Louis se convenceu a ficar assim por mais algum tempo. Logo depois Sofia ficou doente e Louis nunca teve coragem de pintar por cima, ele queria preservar o máximo da memória da sua mãe ali.

Lestat entendia todo o fator afetivo, afinal seu ômega viveu ali os momentos felizes com sua mãe, mas agora ele entendia porque Louis nunca achou aquele dormitório da universidade ruim. O quarto onde estavam deveria ter o mesmo tamanho, tinha uma cama de solteiro com armação de metal, um grande guarda roupa de madeira, uma cômoda, uma mesa de estudos e cadeira. 

A decoração se devia mais as pinturas na parede, que apesar de serem muito bonitas e bem feitas, já estavam envelhecendo, ficando cada vez mais claras. Louis tinha contado que tinha sido Sofia que fez todos os desenhos, o que fazia sentido Louis gostar tanto de artes, já que a mãe era tão talentosa.

- Eu sinto falta dela - o ômega sussurrou tocando na pintura da parede.

- Eu queria tê-la conhecido - Lestat murmurou abraçando seu ômega por trás, deixando um beijo em seu ombro.

- Maman teria adorado você, ela amava viajar, pena que não podíamos fazer muito isso - Louis suspirou - maman também amava artes e cozinhar, se ela estivesse aqui teria feito tanta comida, que você não teria aguentado comer - ele falou saudosista e Lestat riu baixo.

- Se sua mãe estivesse aqui, já a teríamos levado para Nova York conosco e tenho certeza que vocês iriam em todos os musicais que estão em cartaz - o lúpus comentou e Louis sorriu.

- Oui e ela ficaria louca com todos eles - ele sorriu triste, com lágrimas nos olhos - mon loup, se minha soubesse que era lúpus teria feito diferença? Ela ainda estaria viva?

- É complicado te responder isso, mas se ela vivesse com os lúpus provavelmente teria descoberto antes, nossos corpos se tornam mais fortes e se ela tivesse despertado o seu lobo, acredito que teria mais chances de estar viva.

Louis colocou seu rosto contra o peito de seu alfa e deixou que as lágrimas rolassem, fazia tempo que ele não chorava assim, mas a dor da perda sempre esteve presente em seu peito. A diferença era que agora ele tinha alguém para lhe segurar e confortar. Lestat não disse coisas bobas como "não chore, já passou" ou "fique feliz pelas lembranças com ela" ou o julgou por se sentir daquele jeito. Seu alfa apenas o abraçou apertado e sussurrou que Louis podia chorar o quanto precisasse, porque estava tudo bem.

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