PRÓLOGO

3.5K 709 332
                                    

ESTE PRÓLOGO NADA MAIS É DO QUE UM SPOILER, RETIREI UMA CENA DO LIVVRO PARA QUE TENHA UM GOSTINHO DO QUE ESTÁ POR VIR! 


João Patacho

"Ela só aceita dançar para você!"

As palavras ecoam na minha cabeça e só aumenta a minha angústia, a minha dúvida:

Quem é a sensual dançarina que anda bagunçando os meus pensamentos?

Ela pega uma cadeira e coloca no centro da sala, acuado eu me sento, é surpreendente como enquanto estou com ela, não penso na minha vingança, não tenho as sensações ruins que me assombram.

Ajeito o meu paletó do terno e desaperto o nó da gravata enquanto vejo-a ligar o som, a luz precária da pequena sala deixa tudo mais excitante.

No primeiro gemido da cantora, vejo a mulher de short jeans preto e top cravejado em pedrarias prateadas ir ao chão diante de mim, a encaro através do grande espelho que ocupa toda a larga parede, seus joelhos tocam o chão cor de madeira, seu pescoço gira pra trás fazendo subir seus seios sensualmente, ela impulsiona o corpo para frente abrindo as pernas e olhando-me intensa através do espelho, sua máscara preta cobre quase todo o rosto, tento somente segurar o seu olhar, mesmo que a penumbra dificulte ver a cor das suas íris, porém o meu corpo não sai imune ao encare, sua bunda se levanta e é empinada em minha direção, engulo a seco.

"My body is your party, baby

Meu corpo é sua festa, amor

Nobody's invited but you, baby

Ninguém está convidado além de você

I can go slow now

Eu posso ir devagar agora

Tell me what you want

Diga-me o que quer (...)"

Quando ela se levanta, só piora a minha situação, ainda de costas para mim, ela rebola com as mãos para o alto, tira o prendedor e os cabelos cor de rosa caem como cascata em sua coluna, através do espelho vejo o segurança nos encarando da janela, mas a mão da dançarina misteriosa rouba-me a atenção quando começa a acariciar o próprio corpo me olhando através do espelho. E, nessa altura, é como se o mundo parasse.

"You can't keep your hands off me

Você não consegue tirar as mãos de mim

Touch me right, yeah, rub my body

Me toque do jeito certo, sim, esfregue meu corpo

Your body is my party

Seu corpo é minha festa (...)"

Ela caminha até mim no ritmo lento e sexy da música, o pé tocando o chão a cada batida, os olhos pregados em mim, devassa, rebola na minha frente ainda de pé fechando os olhos e tocando o próprio corpo, e eu acompanho com o olhar cada lugar que suas mãos tocam, a cintura exposta, os quadris firmes, a lateral de seu corpo, os seios pequenos e aparentemente macios, o pescoço com a pele alva, e me excito desconfortável nessa cadeira, mas fico ligado, completamente enfeitiçado nela.

"I'm doing this little dance for you

Estou fazendo essa dancinha para você

You got me so excited

Você me deixou tão excitada

Now it's just me and you

Agora, somos só eu e você

Your body is my party

Seu corpo é minha festa (...)"

Mais um passo e ela passa a mão no meu rosto, suas unhas arranham de leve, seguro o ar dos meus pulmões reprimindo um gemido, o toque é sútil, mas já me deixa sedento por mais.

Vai para a parte detrás da minha cadeira e a observo pelo espelho, ela puxa o meu cabelo da nuca para trás em sua direção e se abaixa angulando a altura e colando nossos rostos, as bocas rentes, chego a sentir o seu suspiro, ela geme na minha boca, tão excitada quanto eu, porra!

Quando se dá conta que eu senti o seu gemido, então ela solta os meus cabelos com brusquidão, seguindo a melodia sensual.

Ela fica de frente para mim e levanta a perna esquerda e a coloca em meu quadril, encaixa a outra e assim monta sentada em meu colo, solto um palavrão preso na garganta e repreendo a ação instintiva da minha mão de tocar a sua bunda, nos encaramos por um segundo e a desejo tanto. É proibido tocar a dançarina, ordem do segurança.

Ela logo sai do meu colo e fica de pé dando as costas para mim, ouve o meu lamurio, logo ela desce seu tronco acariciando as pernas e coloca a bunda redondinha na minha cara bem empinada.

Eu definitivamente desfaço o nó da gravata, sinto-me arder, as mãos em chamas de vontade de tocá-la.

A dançarina se vira para mim e encara as minhas pernas abertas e então no espaço rente a minha virilha ela coloca os dois pés e sobe na cadeira, rebola e agacha o peitoral passando os seios em meu rosto, dá um pulo caindo sentada em mim com as pernas abertas e joga o seu tronco para trás resvalando os cabelos cor de rosa no chão, por instinto seguro a sua lombar mantendo-a presa ao meu corpo.

Reparo que ela evita encostar na minha virilha o que agradeço internamente, porque estou completamente duro.

Sua mão se fecha em meu pescoço e recebo uma lambida sua em minha bochecha, quando decido deixar a porra do auto controle de lado, ela se levanta e sem olhar para trás, vai embora da sala.

— Preciso da sala desocupada em um minuto. — Grita o segurança, e eu fico ainda sentado, respiração descompassada, irritado, excitado.

Por que ela só aceita dançar para mim com tantos homens aqui?

Quem é essa mulher?

E no momento em que não a tenho mais sob o meu domínio, os pensamentos surgem como uma avalanche: vingança, olho por olho, dente por dente. Eu farei com que todos paguem pelo que fizeram com os meus pais, pelo que fizeram comigo.

Algumas pessoas merecem perdão, mas a família Guedes merece vingança.

_______________________________________________________

E aí amores, curtiram? Me contem! 

META: Se esse capítulo bater 400 votos e 300 comentários até quinta-feira, eu posto o capítulo 1. 

Bora com foco total, manas! 

Presa ao CEO (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now