Capítulo 76 - Perigoso.

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    POV VANESSA

29 de Julho de 2015

Madelaine parecia estática depois do que eu disse. A boca entreaberta, as sobrancelhas franzidas e as bochechas coradas. Certamente deveria estar relutando por dentro para saber o que responder.

:- Aceita?!— Perguntei novamente, fazendo-a despertar e tornar à encarar meus olhos.

:- Você prestou bem atenção no que disse?!— Arqueou as sobrancelhas. Curvou-se para pegar a aliança em minha mão e tornou à me encarar com a mesma feição.

:- Sim... Algo de errado?

:- Você disse que a única cama que quer deitar é a minha.— Franzi o cenho ainda não entendendo.— Então, aposente essa aqui, porque lá é o único lugar que você irá viver pelo resto da vida.— Suspirei mais aliviada e sorri. Madelaine abaixou a cabeça para colocar a aliança em seu anelar e se aproximou para me encher de beijos estalados. Com o susto, acabei caindo para trás, fazendo-a se deitar por cima de mim ainda me enchendo de beijos e cócegas.

:- Não... Madelaine, para!— Tentei retirar suas mãos que apertavam meu abdômen com certa força, deixando-me um pouco sem ar. Soltei tantas gargalhadas altas que certamente acordaria Ash. Mas minha preocupação não era isso, na verdade, eu estava me sentindo nas nuvens. Nada estragaria esse momento, pois agora sou namorada de Madelaine Petsch, tem noção?! Daqui a pouco começo à flutuar de tão leve que estava me sentindo.

Depois de longos minutos torturantes em cócegas, estávamos deitadas de conchinha. Madelaine me abraçava por trás enquanto afagava meu cabelo carinhosamente. Sua respiração batia em minha nuca e seu corpo nu encostava no meu, fazendo-me estremecer por dentro.

:- A febre melhorou?— Sussurrou perto do meu ouvido, fazendo alguns pelos em minha nuca despertarem. Madelaine parecia um pouco sonolenta, sua respiração era pesada. Como se estivesse dormindo por alguns segundos e acordando logo em seguida.

:- Sim.— Toquei sua mão apoiada em minha barriga, entrelaçando nossos dedos.— Tenta descansar um pouco.

Me virei na cama para ficar de frente para ela, aproveitei para puxar uma coberta, já que está um friozinho. Ela apenas assentiu com a cabeça, deitou em meu peito, passando os braços em minha cintura e suspirou ao fechar os olhos . Depositei um beijo no topo de sua cabeça e comecei à alisar seu rosto para tentar pegar no sono mais rápido.

. . .

Fui obrigada à abrir os olhos por muito custo. Madelaine estava com as pernas e os braços em cima de mim. Ela estava toda torta na cama, metade do cobertor no chão e a outra cobrindo seu corpo. Sorri abobada vendo sua mão com a aliança em minha barriga.

Não foi um sonho... Oh, santo Deus! Não foi um sonho. Ela está ao meu lado totalmente nua carregando a aliança que tanto desejei ver em seus dedos novamente.

Tentei retirar seu braço apoiado em meu quadril e me arrastei para fora da cama com cuidado. Não queria acordá-la, ela parece bem cansada. Madelaine ainda se remexeu, tomando mais espaço da cama e resmungou alguma coisa indecifrável. Caminhei cautelosamente até o armário para pegar qualquer roupa e em seguida, me direcionei para o banheiro.

Sinto que há qualquer momento rasgaria meu rosto de tanto que estou sorrindo. Era impossível não lembrar de ontem, da forma como matamos nossa saudade. Agora eu sinto, por completo, a mesma sensação de Madelaine quando me falou aquelas coisas no Havaí. É uma sensação maravilhosa se sentir completa e amada reciprocamente.

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