Capítulo 83 - I will be Mom.

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     POV MADELAINE

10 de fevereiro de 2026

Respirei fundo e joguei minha cabeça para trás enquanto o sinal se mantinha fechado. Tocava uma música aleatória e baixa no rádio, o que me motivava a bater os dedos no volante. Eu estava derrotada, morrendo de dor de cabeça e com os ombros doloridos. Essa semana foi tão pesada nas reuniões, já que diversos bancos estão fazendo parcerias para diminuir alguns juros de empréstimos. Depois que cheguei de viagem, não tive tempo para parar e respirar um pouco. Mesmo que eu tivesse deixado Camila no comando, não era a mesma coisa. Eles queriam a minha presença também.

Quando o sinal abriu, pisei fundo para sumir no meio daquela escuridão. Vanessa deveria estar me esperando ou ainda de plantão no hospital, já que algumas doutoras haviam ficado em seu lugar enquanto viajava comigo. Apertei o botão do portão de casa, fazendo-o abrir lentamente e adentrei à garagem apressadamente. Eu precisava de um banho, um lanche e do amor da minha vida me enchendo de beijos. Tornei em meus calcanhares, procurando as chaves da porta de trás, já que resolvi entrar pela garagem.

:- Van?— Perguntei ao avistar algumas luzes acesas. Abri a geladeira rapidamente, achando uma garrafinha de suco, na qual, eu esvaziei em segundos. Larguei a bolsa juntamente com as chaves em cima da mesa de mármore e subi as escadas rapidamente.

Abri a porta do nosso quarto, vendo-a deitada de bruços enquanto mexia super concentrada no notebook. Larguei meus sapatos de qualquer jeito e pendurei meu terninho no suporte ao lado da porta, fazendo-a despertar.

:- Oh, você já chegou.

:- Pensei que estivesse no hospital.

:- Não, precisei resolver alguns negócios.

:- Que negócios?!— Ergui a cabeça para encarar a morena se sentando na cama. Terminei de desabotoar minha blusa e retirei a saia envelope que usara. Eu precisava me livrar daquelas roupas e me sentir mais confortável.

:- Diga oi para os novos sapatinhos do nosso bebê.— Parei o que fazia bruscamente e ergui a cabeça, encarando a mesma com pequenos sapatos entre os dedos.

:- Isso quer dizer que...

:- Bem, parece que tem alguém crescendo dentro de mim.— Alisou a barriga coberta por uma fina camisola roxa.

:- Não!

:- Sim.

:- Não!

:- Sim, amor.

Corri apressadamente até a cama, enchendo-a de beijos e abraços. Céus! Eu iria ser mãe? Bom, passou uma semana do "teste", já que a doutora nos disse que se Van aguentasse o feto por uma semana, com certeza ele estaria seguro para crescer sem nenhum risco. Ou seja...

:- Você não está brincando comigo, está?! O que a doutora disse?

:- Bom, pediu para eu ainda ter alguns cuidados, prestar atenção no que como e que logo logo nosso bebê estará crescendo.

:- Oh meu Deus! Isso é tão...

:- Eu sei! Não via a hora de você chegar para contar.

:- Quando você comprou esses sapatos? Eles são lindos.— Peguei as pecinhas em cima da cama, sentindo a maciez do tecido com alguns detalhes de bichinhos.

:- Depois que saí do hospital. Ainda não sabemos o sexo, então peguei sem uma cor que defina menino ou menina.

:- Eu estava tão nervosa que nunca saía esse resultado. Na verdade, fiquei nervosa desde o dia que coloquei meus óvulos em você e fomos obrigadas à passar o teste de uma semana esperando esse bendito resultado.

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