4° Capítulo

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Ayla narrando:

Me concentrei o máximo que consegui logo abri os olhos e comecei a ler. Sentia uma sensação estranha como se estivesse prendendo uma parte de mim. 

Quando terminei de conjurar senti meu corpo flutuar e uma poeira azul em volta de mim e vi aquela poeira entrar em meu corpo, e caí sentada e ofegante no chão. 

Ayla: Deu certo? — Olhei esperançosa para meu pai. 

Diego: Acho que sim — Percebi que ele tava meio embasbacado com o que tinha acabado de acontecer, não querendo me gabar mas não é sempre que se tem uma filha talentosa como eu. 

Ayla: Falei que dessa vez ia dar certo — disse levantando e comemorando levantando os braços pra cima — Agora mereço dormir — bocejei — Tô morrendo de sono. 

Diego: Vamos dormir você já se esforçou bastante por hoje, não sei como ainda ta de pé — Disse me lançando um olhar acolhedor. 

Olhei com a carinha triste na esperança dele entender.

Diego: Tudo bem Ayla hoje você se esforçou, amanhã não teremos treino não precisa implorar — Disse rindo da minha cara de apelação. 

Ayla: Eba! — Dei um abraço e um beijo em sua bochecha — Boa noite pai, te amo. 
Diego: Também te amo — Me deu um beijo na testa. 

Ajeitamos as palhas secas e nos preparamos para dormir. Depois disso só escutei meu pai sussurrando “ tudo para o seu bem, minha borboletinha” e caí no sono. 

                              💭💭💭

— Até quando vai agir desse jeito? Parece uma criança mimada. — De quem é essa voz? Onde eu estou?

Estava em uma casa… Espera casa? Eu vim pra alcatéia?

Era um lugar escuro, e fazia muito frio.

— Tudo que eu fiz foi pensando em você! — Era uma garota e parecia com raiva. — Eu te fiz um favor, aquela garota era um encosto na sua vida.

Senti aquelas palavras me atingirem e me senti mal por isso. Quem é essa garota? Quem é esse homem com quem ela fala? Será que eu to sonhando?

— Minha companheira não é um encosto, ela era a única capaz de me tirar um sorriso verdadeiro e você me tirou a pessoa mais importante da minha vida, e não vou deixar você sair viva dessa casa — Derrepente vi um enorme lobo preto mesclado com cinza e de olhos vermelhos.

Olhos vermelhos, papai me disse que só Alfas tem olhos dessa cor.

Logo ouvi gritos da garota e rosnados do lobo alfa.

                            💭💭💭

Acordei ofegante e suada pelo sonho, não via o rosto da garota e nem do homem mas me lembro perfeitamente do lobo.

Olhei para o lado e meu pai estava esticado com a boca aberta e babando um pouco pelo canto da boca. Acabei rindo um pouco, pelo menos ele não ronca.

Ainda estava noite, então deitei novamente e logo dormi.

                            🦋🦋🦋

Ayla: BOOM DIAA, hora de acordar pai — Disse o cutucando — Vamos logo levanta, temos que ir atrás da caça, to faminta — Coloquei a mão sobre a barriga.

Ele coçou os olhos e olhou pra minha cara com a expressão "sério mesmo?" parece até que eu sou a responsável. 

Ayla: Tudo bem… — Que tal um empurrãozinho? — Eu vou indo na frente, ver se tem alguém perto da cerca. — Disse como quem não quer nada. 

Deu certo!!! Ele levantou num pulo e já foi saindo de casa e eu nada boba fui atrás de uma carne fresca. 

Diego: Da próxima vez só joga água em cima de mim, não precisa me preocupar desse jeito — Me olhou com um olhar meio bravo mas orgulhoso. Orgulhoso de que? 

Ayla: Porque tá me olhando desse jeito? — Disse passando por cima de um tronco caído. 

Diego: Você sabe como me convencer de fazer o que você quer. 
Ayla: Não banque o pai meloso, sou assim porque você me ensinou, tive o melhor treinador — Abri um sorriso. 

Após a caçada fomos treinar alguns golpes, não é querendo me gabar mas eu sou muito boa. 

Diego: Defende — Quando ia me dar um soco logo abaixei agarrei seu braço e o derrubei fazendo a poeira levantar. — E eu tive a melhor aluna, aí minha coluna — Fez uma careta de dor. 

Estendi a mão rindo da careta que ele fez, agarrou minha mão e se levantou. 

Continuamos treinando ataque e defesa corporal, e logo escutamos algumas folhas sendo esmagadas na mata. 

Deusa lua porque fez sua filha tão curiosa assim? 

Olhei para meu pai e logo recebi um olhar de repreensão do mesmo, me puxou pela mão e fomos para parte de trás da cabana onde tinha um alçapão que levava para um cômodo subterrâneo. 

Meu pai colocou o dedo indicador sobre a boca em uma forma de me pedir silêncio. Passou um tempo e não escutamos nada, logo meu pai fez um sinal de que ia subir. 

Quando colocou o pé em uma raíz de árvore para sair do alçapão escutamos um barulho em cima da "portinha" de madeira

A última híbridaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora