Narradora pov:A garota não sabia explicar o que estava sentindo, os olhos brilhavam, se controlando ao máximo para não sair correndo e conhecendo cada canto daquele lugar.
O garoto deu um passo para frente chamando a atenção do pai e da garota, não tinha mais como voltar atrás
Isaac: Vamos, vocês fazem parte da alcatéia. — Disse olhando para os dois que estavam em choque olhando para a alcatéia
A garota transbordando felicidade e o pai indeciso se realmente tomou a decisão certa.
Ayla: Vem pai, quero conhecer tudo isso aqui, poder interagir com essas pessoas. — A garota disse sorrindo largamente para o pai.
Diego: Não é assim filha, precisamos achar um lugar para morar, precisamos registrar de onde viemos.
A garota concordou sem desmanchar o sorriso, isso fez com que um certo lobo a olhasse com cara de bobo e um sorriso de canto.
Isaac: Vocês podem ficar na minha casa por um tempo — Disse olhando para a garota — Digo — limpou a garganta e desviou o olhar para o homem — até vocês acharem um lugar que agrade vocês
Diego: Obrigado Isaac, você é um bom garoto — Colocou a mão no ombro do rapaz.
Ayla: E então, vamos logo, eu to quase tendo um treco aqui — Disse a garota provocando a risada dos outros dois pela impaciência da mesma
Isaac os chamou e foram entrando na alcatéa provocando vários olhares, de confusão surpresa e até admiração pela beleza da garota.
Ayla olhava tudo admirada, comprimentando todos que estavam por perto e sempre com o sorriso no rosto.
O garoto mostrava tudo que estava no caminho até sua casa, onde ficava a biblioteca, onde acontecia os treinamentos, as escolas, parques com as crianças brincando.
Tudo encantava a garota e o pai, que olhava para tudo orgulhoso, o garotinho já era um homem e comandava tudo aquilo muito bem.
Isaac: Aqui alguns dos meus homens desenham os mapas, planejam cada ataque da maneira mais inteligente e supervisionam a divisa. — Apontou para uma espécie de galpão em perfeito estado.
Ayla: Que divisa? — O olhou confusa e interessada.
Isaac: Divisa com o Reino dos vampiros, não entre na floresta sozinha, pode ser perigoso. — Disse como um alfa e não como um amigo dando um conselho.A garota apenas concordou e seguiu escutando atentamente cada palavra que o rapaz pronunciava.
Diego não falava muito, mas prestava atenção em cada detalhe, estava nervoso para encontrar seu velho amigo e criando coragem de enfrentar seu antigo alfa.
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Isaac mostrou algumas partes da alcatéia até chegarem na casa, que parecia até um museu de tão grande.
Ayla: Uau — Olhava de boca aberta — Essa é a sua casa?
Diego: Parece maior do que eu me lembrava — Também olhava admirado.
Isaac: É, nunca tinha reparado o quão grande era — Deu de ombros e deu uns passos para frente e os chamou para entrar.
Tinha dois lobos na entrada da casa, como guardas prontos para lutar.
Um magrinho com um olhar inocente e um gorducho com o nariz empinado e olhar sério, aparentemente mais velho que o outro.
O alfa passou e fizeram reverência e ele os comprimentou com um aceno. O pai da garota estava uns dois passos atrás do garoto o que mostrava estar acompanhado do alfa.
Um pouco mais atrás estava a garota olhando tudo embasbacada que nem percebeu que Isaac e seu pai já tinham entrado naquela enorme mansão
Quando se deu conta que estava sozinha seguiu em direção a porta com um sorriso no rosto.
Ayla: Bom dia — Disse toda animada — Isaac passou por aqui? Estava tão distraída que nem percebi — Soltou uma meia risada.
Guarda 1: Não trate o alfa como se o conhecesse a anos — A olhou dos pés a cabeça — Não tenho dinheiro, vai procurar algum abrigo por aí
A garota ficou confusa com tanta ignorância do homem, que nem soube o que responder.
Guarda 2: Não fale com ela assim Luíz — O repreendeu — Me desculpe moça, o alfa está aqui sim, quer que o chame?
Ayla: Eu não posso entrar? — Estava se sentindo um pouco desconfortável — Eu estava com ele e meu pai...
Guarda 1: Já disse para procurar algum abrigo, e o tratar como seu superior — Interrompeu a garota.
Isaac: Temos algum problema aqui? — Olhou diretamente para o guarda rechonchudo que negou rapidamente — Ela é minha convidada, espero que a trate muito bem e a qualquer pessoa que vier a minha procura.
Manteve a postura de um líder enquanto intimidava o guarda. Isaac chamou a garota para entrar mas antes se virou para o guarda com os olhos vermelhos.
Isaac: Se eu ficar sabendo que tratou ela ou mais alguém da alcatéia com desrespeito eu acabo com você, espero ter entendido. — Se virou e foi até a garota.
Ayla: Não é acostumado receber visitas? — Perguntou pela forma que foi tratada pelo guarda.
Isaac: É, quase isso — Passou a mão no cabelo — Eu não gosto de tanta intimidade a ponto de trazer alguém para minha casa.
Ayla: Entendi — Molhou os lábios — Onde está meu pai?
Isaac: Vem comigo — Passou o braço por cima do ombro da garota.
Conforme iam passando pelos corredores Isaac mostrava tudo para a garota, quadros que ela nunca tinha visto.
Encantava a garota ver os detalhes das paredes antigas, a forma que o pintor passou o pincel delicadamente na moldura.
Pararam em frente a uma porta que logo foi aberta pelo garoto revelando o homem sentado de cabeça baixa.
Ayla: Pai? Tudo bem?
Diego: Oi meu amor, tudo sim só estou um pouco ansioso — A garota se sentou perto do pai e encostou em suas mãos
Ayla: Por causa do antigo alfa? — O pai acenou para a filha — Ele vai entender, ele era seu melhor amigo, eu to aqui com você
Isaac estava com um sorriso de lado assistindo a cena, sabia que seu pai não entenderia fãcil, mas pelo tempo que conviveram juntos ele sabia que a garota iria atrás do antigo alfa para o fazer entender.
Diego olhou para cima encontrando o olhar de Isaac e só com um olhar entenderam um ao outro. Diego estava agradecido por tudo.
Cada palavra, cada gesto, cada demonstração, e por guardar o segredo da garota que era o mais importante.
Diego sabia que se algo o acontecesse Isaac cuidaria de sua menina.
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A última híbrida
WerewolfEnquanto o mundo se tornava uma espécie de prisão, havia uma família bem longe daquele caos. Uma garota, que faria de tudo pra se sentir livre e um pai, preparado para enfrentar o que fosse para ver a liberdade de sua filha.