Fourteen;

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Desculpe a demora para postar cap, é que estava doente mas agora estou melhor, e aliás, ontem(10/08) foi meu aniversário também. Enfim. Boa leitura <3

⚠️ATENÇÃO⚠️

!Este capítulo pode conter conteúdo sensíveis para algumas pessoas!


Observei para onde ele estava olhando e encontrei nossas mãos perto uma da outra e acabei colocando minha mão sobre a sua a apertando. Voltei meu olhar a ele e o loiro dava um leve sorriso ladino até encontrar os seus olhos ao meu.

- ____. - Falou.

- Sim? - continuei fitada em seu rosto.

- Você ainda será a minha garota.

As batidas do meu coração iam aumentando com a adrenalina que ele causava em mim. Minhas bochechas esquentaram e eu dei um sorriso sem graça acompanhado de um riso desengonçado.

"Você ainda será a minha garota"

- Michael, você pode me prometer algo? - Olhei em seus belos olhos azuis

- O que você quer que eu prometa? - inclinou seu corpo para ficar de frente pra mim.

- Se o mundo estivesse acabando, você viria, certo?

O observei ficar em silêncio por breves segundos.

- Eu sairia das profundezas do inferno apenas para poder te encontrar.

O sorriso em seu rosto e a sua mão por cima da minha deixava os meus divertidamentes a loucura.

Eu odeio admitir que a cada dia que se passa, não estou conseguindo esconder tudo o que sinto por ele.

- Mas você... - parou por um instante

Ergo a sobrancelha e falo:

- Mas eu?

- Você continuaria gostando de mim da mesma forma?

Um sorriso se esboçou em meu rosto e me inclinei para frente e o abracei fortemente.

- Eu vou ficar do seu lado.

Era pra eu ser o seu porto seguro mas acabou que ele que é o meu.

Eu apertava meus dedos contra a sua costa e sentia o cheiro de seus cabelos, é o cheiro do meu shampoo, ainda bem que tenho bom gosto.

- Você me disse que iria me mostrar um lugar que era especial pra você - desfez o abraço.

- Ah, claro... - tinha esquecido - Vamos quando estiver perto do por do sol. Alias...

Ele me olhou curioso.

- Eu preciso comprar uma coisa no supermercado que esqueci de pegar naquele dia que nós fomos.

- Quer que eu vá com você? - indagou

- Não precisa, não irei demorar. - Sorrio gentilmente.

Me levantei do balanço e passei a mão em meus cabelos o ajeitando já que o vento bagunçou ele. Ia saindo até sentir sua mão segurar com força a minha.

- Toma cuidado. - parecia que estava sério. - tá?

- Irei tomar. - Ele soltou minha mão e depois de uns segundos me virei e entrei  dentro da casa.

Observei ele e o loiro estava sentado e se balançando devagar, parecia pensativo com algo, ele estava assim desde daquele momento que chegou em casa...

Fui até a sala e peguei minhas chaves. Saio de casa e preferir ir em outro supermercado mais perto, não tinha ido nele porque no dia estava fechado por algum motivo desconhecido.

Continuei andando em passos rápidos e fiquei pensando em Michael, ele não sai da minha cabeça... Por que você continua na minha mente?

.

Chego até o supermercado e vou na sessão de ferramentas e peguei um martelo e parafusos que queria, a antiga havia sumido e é sempre bom ter em casa e aliás, gostaria de por um quadro na sala, não aqueles de flores que parecem casa de vó.

Vou até o caixa e a merda da fila estava enorme, fiquei andando até achar o caixa que menos tinha pessoas e fiquei na fila do mesmo.

Finalmente chega a minha vez e coloquei a cesta com as coisas sobre o local para ela poder passar o código de barras. O colocou em uma sacola e paguei o que havia pegado. Saio do supermercado e começo a andar em passos lentos, estava pensativa demais.

- Ei! - Escutei uma voz familiar e parei com meus passos olhando ao redor tentando encontrar quem havia falado. - ____. - chamou meu nome.

Eu estava olhando para trás e quando me viro pra frente vejo a pessoa que menos esperava encontrar nesse tempo. Levo um susto e meu coração bate feito um louco.

Minhas mãos estavam tremendo e eu olhava em seus olhos... Um dos piores passados veio me atormentar de novo.

- O que foi, gracinha? - deu um riso nasal abrindo seus braços e apontando para si mesmo. - Não lembra de mim?

- Eu não tenho nada pra falar com você, John. - Saio da frente dele e apressei meus passos mas ele entra na minha frente e me fita fazendo eu tremer.

- Você ainda tem medo de mim? - negou com a cabeça. - Vamos lá, por que não deixamos o passado de lado?

Ele coloca sua mão em meu ombro e eu tirei a mesma de forma agressiva.

- Não encosta em mim seu pedófilo de merda. - minha respiração estava desregulada.

Eu só tinha 8 anos quando você tirou a minha pureza John... eu pedi pra você parar mas você continuou... e continuou e continuou, quanto mais eu implorava pra você parar, mais você me machucava.

Eles não acreditaram em mim, ninguém acredita quando a vítima é um mulher.

Você continuou solto por aí, eu me mudei para outra cidade, uma bem longe do lugar onde morava mas por quê caralhos você tá aqui? Eu não queria ver esse filho da puta nunca mais.

Ele colocou sua mão em minha boca com força e me colocou contra a parede do beco escuro.

- Não tenha um dia que eu não tenha parado de pensar em você.

A sua mão descia pelo meu ombro e acabei fechando meus olhos automaticamente, lembrar de tudo aquilo que ele fez... de todas as cicatrizes que me deixou.

- Eu sempre gostei de você, desde que era bem pequena, engraçado que sua mãe confiava em mim para ficar com você. - Ele ria e sua mão se encontra no meu seio. - Onde está ela agora, hum?

Eu estava paralisada e não conseguia fazer nada, eu não quero isso...

Sua mão continuava em meu seio e ele o apertou. As lágrimas caíam diante do meu semblante assustado.

- O seu tio continua gostando de você, ainda mais agora que cresceu. - Tirou a mão da minha boca e a colocou em meu pescoço. - Diga que gosta de mim também.

- N-não... - Murmurei negando com a cabeça e sentindo o gosto salgado das minhas lágrimas.

- Diga sua vadiazinha.

Faz alguma coisa ____... Faz alguma coisa, reage!

Eu ainda estava com a sacola nas minhas mãos, se fosse mais esperto teria tirado essa sacola

Com um leve impulso levantei meu braço e bati com o martelo em uma parte de sua testa que fez o mesmo se jogar para trás e colocar a mão na sua cabeça. O sangue espingou em meu rosto e um parte do meu pescoço, joguei a merda do martelo no chão e dei passos para trás e corri o mais rápido que conseguia e fui para casa. A martelada não foi tão forte a ponto de deixar alguma sequela, eu não tinha forças o suficiente naquele momento para fazer aquilo.

Who is saved? - Michael Langdon Where stories live. Discover now