Capítulo 22

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Anastásia Steele

Enquanto me arrumava, alguns pensamentos me veio à mente.

Porque a pessoa não se identificou?
Porque eu não reconheci a voz?

- Evinha, sabe o que vamos fazer? Vamos ficar aqui na cama. Onde eu estava com a cabeça por ter aceite, e ainda te levar? Eu sou uma madrinha de merda.

Eva bate com as perninhas na cama e solta um grito. Me deito ao seu lado e começo começo procurar um filme, na TV.

Se a pessoa estiver mesmo interessada que eu vá, ela volta a ligar e tem que se identificar. A minha intenção já não era sair da cama, por isso, eu até agradeço.

Um cheiro horrível, preenche o quarto. Olho na direção da pequena. Ela está de olhinhos fechados, com um rosto sereno.

Me abaixo e percebo que o cheiro vem dela.

- Meu Deus! Como uma pessoa tão pequena pode fazer uma coisa tão mal cheirosa!

Colocando o dedo do nariz, tapando o mesmo, saio do quarto. Entro no dela, pego umas fraldas, papel húmido e o creme dela. Pego em algumas roupas também.

Depois de lhe mudar a fralda, com muitas dificuldade, pois aquilo cheirava realmente muito mal, lavei as mãos e fui à cozinha. Ainda não comi nada e Eva vai acordar com fome.

Minha afilhada é como eu, só come e dorme.

Preparo a mamadeira dela, quando estou a subir as escadas, a campainha toca. Coloco tudo num móvel ali perto , olho pelo olho mágico e vejo Christian. Abro a porta. Ele está lindo. Usando uma calça preta e uma camisa branca. Está segurando um... Ramo de rosas.

- Estou te esperando faz quase uma hora.

Olho para ele confusa.

- Me esperando? Tínhamos combinado algo e eu me esqueci? - nisto me lembro. - Você foi a pessoa que me ligou à pouco? - ele concorda. - Oh meu Deus!

- Você não tem meu número registado?

- Não.

- E nem reconheceu a minha voz?

- Não. Estava tão entretida com Eva que nem raríssionei.

- Você assim me ofende.

- Me desculpe! Amélia saiu e eu fiquei encarregada e tomar conta de Eva. Ainda congitei a ideia de ir até lá baixo ver quem era, mas depois pensei melhor. Não sabia quem era e poderia colocar a vida da minha sobrinha em perigo.

- Faz sentido. Eu realmente devia de me ter identificado.

Olho em volta, notando a falta das suas muletas.

- Cadê as suas muletas.

- Em casa. Não preciso delas.

- Como assim não precisa? Christian você tem noção que isso pode te...

- Eu estou bem, Ana. Sério.

- Se você voltar a ter uma recaída, nem inventa de vir chorar para o meu ombro.

Digo séria e o desgraçado ri.

Recordo-me que logo ao início, quando ele começou a usar apenas as muletas, ele sempre as deixava em algum lado. Um dia, na sua empresa, caiu porque perdeu as forças e eu fui a pessoa a quem ele ligou.

Avisei ele para não voltar a andar sem as muletas, mas os homens são ainda mais teimosos que as mulheres, fazer o quê né?

- Não vai me convidar a entrar, já que não quer sair comigo?

Dou espaço para ele entrar.

- Já me ia esquecendo, isto é para Eva.

Ele me entrega o buque com as rosas. Estreito os olhos para ele.

- Eva é demasiado pequena para receber tanta rosa. Ainda por cima ela nem liga a nada disso.

Ele se aproxima, beija a minha testa, levanta meu queixo e olha bem nos meus olhos.

- Já te disse o quanto é linda?

Fico corada. É raro receber um elogio.
Recordo-me da minha mãe sempre me dizer que eu era a pessoa mais linda do mundo. Do meu pai que eu era uma boa garota e que iria ter muitos homens atrás.

Sorrio com o pensamento.

- Hoje acho que ainda não.

- Porque você é muito linda!

Sorrio mais ainda. Quando ele está prestes a beijar-me um choro alto, faz-nos afastar.

- Eu já volto.

Pego nas coisas que deixei no móvel móvel entro no quarto. Eva chorava enquanto esticava as suas pernas, de certeza que estará com fome.

- Oi, meu amor. Dinda está aqui, não precisa de chorar.

Assim que ouve a minha voz, seu choro acalma. Pego nela e lhe dou a mamadeira. Ela sorri.

- Você tem jeito para crianças.

Olho para a porta e Christian está lá parado, com um largo sorriso.

- Eu sei.

- Nada orgulhosa.

Ele entra no quarto e se senta no final da cama, olhando para nós. Fico envergonhada. Só agora me dei conta que estou de pijama. Minha cara deve de estar amassada e o meu cabelo uma lástima.

- Eu estou uma vergonha e você ainda disse que eu era linda?

Ele ri, se estica um pouco e toca com a sua mão no meu rosto.

- É por esta garota que eu estou apaixonado. Pela garota simples e mais que a própria mãe da menina que meu coração gosta.

- Você me deixa sem jeito.

Olho para Eva que dormiu novamente. É bom ser bebê e não ter que se preocupar com nada, a não ser ter a fralda limpa e estar alimentada.

- Então, estou a cumprir com a promessa.

Olhamos um para o outro e sorrimos... Apaixonados.

Capítulo de ontem

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Capítulo de ontem... Talvez ainda volte este domingo 🥰

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