𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒸𝒶𝓉𝑜𝓇𝓏𝑒

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Mayse Mancini

— Se eu machucar o senhor, me avisa. — coloco o curativo delicadamente em sua testa. 

— Obrigada, querida. — ele sorri para mim. 

— O que aconteceu? — Pope pergunta novamente.

— Eu deveria ter imaginado. — Heyward começa a falar. — Ele veio na hora que eu estava fechando e me pegou de surpresa. Quando me derrubou colocou o joelho no meu peito. E me fez perguntas sobre aquela chave que você me mostrou. E caso queiram saber, eu não falei nada. — ele olha para todos nós. — Você pelo menos procurou ela? 

Pope mexe no bolso da calça e tira a chave entregando na mão de Heyward. 

— Eu encontrei no apartamento da vovó, como você disse. 

— Merda, garoto. Você devia ter me dado isso, eu não teria apanhado. Qual é o problema? Essa chave não vale nada. 

— Nós não sabemos. — Pope começa. — Primeiro recebi uma carta me chamando para ir a Charleston. Daí, eu conheci uma ricaça que me pediu a chave que eu nem sabia que estava na família. 

— E vocês estão esperando o que? — Heyward nos olha. — Vão descobrir!

— Eu vou entregar a chave. — Pope dá de ombros. 

— Não! Por acaso eu te ensinei a desistir fácil assim?

— Não senhor.

— Se ela não falou para o que queria, vão atrás. 

— A única coisa que sabemos, é que tem haver com uma cruz antiga. Pode ser algum tesouro perdido. 

— Você sabe com quem devia falar? Com sua bisavó. 

Nos entreolhamos e concordamos silenciosamente. 

✃✁✃✁

Depois que levamos Pope para ver a sua bisavó, resolvemos beber. Devemos festejar o pouco de sorte que estamos tendo. JJ para do meu lado e mostra disfarçadamente uma cópia que fizemos da chave de Pope. Não podemos simplesmente facilitar as coisas para Limbrey. Ele se afasta de mim e entrega a chave para John B que coloca no bolso. 

— Eu só fico pensando na carta que a Limbrey mandou. — Pope começa a falar. — Tinha o símbolo do trigo. Deve ter relação com o Royal Merchant. — ele faz uma pausa. — Mas se acharmos a cruz, podemos dividir que nem iríamos dividir o ouro. 

— Eu topo. — JJ fala animado. 

— E viveram felizes para sempre? — a voz de Limbrey ecoa. Todos nós nos levantamos e ficamos perto um do outro. 

— Você agrediu meu pai. — Pope caminha para perto dela. 

— Por que o meu funcionário agrediria seu pai? Isso é um absurdo. 

 JJ toca na minha mão levemente chamando a minha atenção. Aceno com a cabeça discretamente e volto minha atenção para a Limbrey. 

— Escuta, a gente pode continuar negociando, mas eu quero a chave. — Pope tenta partir para cima dela, mas o outro homem o para. — Eu não vou parar até conseguir, não tenho escolha. Então você também não tem. 

— Limbrey, não é? — John B fala e levanta a chave. — É isso que você quer? 

— É isso. — ela se vira para nós. 

— Olhando a maré, eu diria que tem uns seis metros de profundidade. Então se eu jogá-la no canal, a probabilidade de você encontrar ela é mínima. Vamos testar, May? — John B me entrega a chave e eu começo a me afastar lentamente. 

— Não! Não faça isso. — Limbrey grita. — Por favor. Não faça isso. 

— Manda seu homem se afastar. — ela faz um sinal para ele que recua. — Queremos a gravação, depois te entrego a chave. 

— É claro. — olho para John B que parece entender. 

— Pope, não precisa fazer isso. — ele caminha para perto de Pope. Limbrey parece ficar preocupada. — Ela é da sua família. 

— Tá tudo bem. É pelo seu pai. — me aproximo e entrego a chave na mão de Pope. 

— Você é um ótimo amigo. — ela sorri. 

— A gravação. — Pope fala e ela entrega em sua mão, pegando a chave em seguida. 

— Deveria ter feito isso antes, teria nos poupado de tudo isso. — ela fala e começa a andar para longe.  

— Temos quanto tempo até ela descobrir que a chave é falsa? — John B pergunta. 

— Uns 10 minutos. — dou de ombros.

— De quem foi essa ideia genial da chave falsa? — Pope fala e JJ faz uma cara de desentendido.

— De quem será? — John B passa o braço pelo seu pescoço e eles festejam.

— Temos que ir entregar a gravação para o Shoupe agora. — Pope fala.

— Estamos indo te pegar, Ward Cameron. — John B grita e sai animado junto com os outros meninos. 

Olho para Sarah que apenas sorri de canto para mim e começa a caminhar. 

✃✁✃✁

As risadas e gritos dos meninos ecoam pela casa toda. Todos muito felizes agora que John B está finalmente livre de tudo, claro que estou feliz, mas um lado meu sente pela Sarah. Ela se aconchega mais para perto de mim e coloca sua cabeça no meu ombro. 

— Está arrependida? — Sarah olha para Kiara.

— Não. Ele merece tudo isso, e eu sei disso. 

— Mas ele continua sendo o seu pai. — falo e ela concorda. 

— Deve ser uma droga estar no meio de tudo isso. — Kiara fala e o telefone de Sarah toca mostrando Topper no identificador de chamadas.

— Licença. — ela se levanta e se afasta um pouco. — Vocês podem ir comigo? — apenas concordo e me levanto. 

Os meninos parecem perceber o movimento e caminham para perto de nós.

— O que foi? — Pope pergunta.

— Vão prender o meu pai. 

✃✁✃✁

Nós corremos para o local onde o barco do Ward está ancorado. Sarah e Shoupe estão tentando convencer Ward a não fugir, mas nenhum dos dois está tendo sucesso. Em frações de segundos, o barco explode. Todos ficamos sem reação com o que acabou de acontecer na nossa frente.

— Pai! Não. — os gritos de Sarah me trazem de volta para a realidade. 

Olho para John B esperando que ele faça algo, mas a única expressão que ele tem, é que está satisfeito com o que viu. Caminho rapidamente para o lado da Sarah e abraço. Ela me retribui com força e começa a se sentar lentamente. Olho novamente para John B e ele sequer olha para Sarah. 

Ouço Topper chamando pela Sarah e ele corre até nós rapidamente e abraça junto comigo. 

➮ Novos planos • Outer BanksOn viuen les histories. Descobreix ara