𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝒹𝑒𝓏𝑒𝓃𝑜𝓋𝑒

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❂Mayse Mancini❂

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Mayse Mancini

Enquanto estamos a caminho da casa dos Cameron, Pope pega o diário e começa a ler novamente. 

— Olha só, o diário disse que a cruz possui a mais sagrada relíquia de todas, o Manto do Salvador. Aqui diz que o manto é capaz de curar os doentes de qualquer coisa, 

— Sim. — JJ começa. — “Se eu puder ao menos tocar em suas vestes, ficarei curada.” — todos olhamos para ele rapidamente. — O que? Eu fiz catecismo. 

— Isso explica porque a Limbrey quer tanto a cruz, ela acha que pode curá-la. 

— “Dizem que foi pecado roubar algo sagrado, e que Deus nos castigará.” — Pope lê. — Ele mandou um furacão para afundar o navio, e só o Denmark sobreviveu. 

John B estaciona e nós descemos e entramos rapidamente na casa. Entramos em uma sala que parece um mapa da ilha toda. Começamos a associar os desenhos com os locais da ilha, tudo acaba se ligando aos poucos. 

Estamos discutindo sobre quem tirou o papel até Wheezie entrar na sala nos assustando.

— Foi a mulher doente e o cão de guarda dela. Vieram aqui ontem a noite aqui para falar com o Rafe. Eles começaram a revistar a casa toda atrás de alguma coisa, daí o Rafe me mandou subir. E como eu sou curiosa, fiquei ouvindo pela ventilação. Eles falaram sobre fazer algo no domingo e também falaram de anjos. 

— As últimas palavras de Denmark não foi que “O verdadeiro tesouro está ao pé do Anjo”? — Pope me olha e confirma. 

— Temos que achar o anjo na sala. 

Todos nós nos separamos novamente e começamos a analisar a parede. 

— Eu descobri. — olho para JJ e vou para o seu lado. — Essa árvore fica na ilha dos Bodes. Sabem como ela se chama? Carvalho do Anjo. E aqui é a fechadura. 

Todos festejamos e começamos a sair da casa.

— Eu sou o próprio Sherlock Holmes, e aliás, de nada. 

— Anda logo, Sherlock. — coloco minha mão no seu ombro. 

✃✁✃✁

John B para o carro  um pouco mais afastado da árvore e nós descemos. 

— Só um conselho, gente. — JJ fecha a porta do carro. — Sei que tem ninhos de jacaré nessa área, então fiquem de olho. A última coisa que vocês vão querer, é pisar em uma mãe jacaré. — olho para ele assustada. — Eu te protejo, baby, Relaxa. Ninguém aqui quer virar a Pat Womack. Um jacaré comeu a perna dela. 

— Isso é mentira. Ela perdeu a perna num acidente de carro. — falo e JJ para.

— Eu sou o guia, não me contraria. — começo a rir e concordo. JJ pega um pedaço de árvore e bate na água. 

— Boa, acorda eles. — Sarah fala.

— Só estava verificando se não era um jacaré. — ele se vira para mim. — Primeiro as damas. 

— Você é um medroso. — começo a entrar na água na sua frente. — Se eu morrer, a culpa é sua. 

Conforme vamos andando, o barulho de uma escavadeira chama a nossa atenção. Todos nos abaixamos atrás de uma moita enorme. Limbrey e Rafe e mais algumas pessoas estão cavando em frente a árvore. 

Um caixão é retirado, mas pelo jeito não é nada do que eles esperavam. Limbrey começa a gritar e logo todos vão embora. Assim que eles se afastam um pouco, Pope começa a correr em direção a árvore. Nós corremos até ele que já está ajoelhado ao lado do caixão.

— É a Cecília Tanny. A esposa do Denmark. — ele nos olha. — Ele não estava falando da cruz, o verdadeiro tesouro é a esposa. 

Um frio percorreu minha espinha e me ajoelhei ao lado de Pope. Ele começa a chorar fazendo todos os outros se ajoelham também.

— Ele foi enforcado por enterrar a esposa e agora eles profanaram o túmulo dela.  

Nós ajudamos Pope a arrumar o túmulo e colocá-lo no lugar. Depois de enterrarmos o túmulo, começamos a conversar e a pensar em que ponto erramos. 

— Ainda não olhamos aqui. — JJ sobre em cima da kombi e aponta para uma abertura na árvore. — Vai fundo. — ele olha para Kiara que está mais perto dele. 

— Nem pensar, eu já entrei no esgoto.

— Agora é a sua vez de fazer algo arriscado. — falo e ele revira os olhos. 

Ele começa a colocar o braço dentro da árvore e todos ficamos na expectativa esperando se tem algo lá. JJ começa a gritar assustando todos nós, John B é o primeiro a ir para puxar JJ. Ele começa a rir fazendo todos nós bufamos de raiva. 

— Babaca! — Pope grita e JJ recebe xingamentos de todos. 

— Tem algo aqui, sério. — ele tira uma luneta e entrega para o Pope. 

— “Você chegou até aqui, não fraqueja. A cruz está no altar da igreja.” — Pope nos olha sorrindo. — O que estamos fazendo parados? Vamos logo!

Todos entramos dentro do carro e John B começa a dirigir. Logo ele tem que parar por conta da maré que subiu demais. E os meninos tiveram a ideia brilhante de atravessar a água com o carro, quase no fim do percurso a kombi atolou. 

— Vamos ir andando. — Pope fala e John B nega.

— Não vou deixar ela aqui. 

— Podemos pegar a picape do meu pai. — Kiara dá de ombros.

— Tem certeza? — John B pergunta e ela concorda.

— Preciso que alguém vá comigo. Eu falo com eles enquanto alguém pega a chave e sai com o carro. Mayse? — ela me olha.

— Eu não sei dirigir, mas posso ir. 

— Eu vou. — JJ passa o braço pelos meu ombros. — O casal vai entrar em ação agora. 

— Acho uma boa a May ir porque ela é esperta, se tiver algum imprevisto ela sabe se virar. — Pope fala. 

— Ok, então vamos. 

➮ Novos planos • Outer BanksWhere stories live. Discover now