𝒞𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊𝓁𝑜 𝓆𝓊𝒾𝓃𝓏𝑒

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Mayse Mancini

Já fez um dia deste o ocorrido com o Ward. Sarah resolveu ficar na casa dela para resolver algumas coisas e desde então, não a vi mais. John B sequer olhou para Sarah antes de voltarmos, isso me causou uma revolta interna.

Mesmo que Ward tenha causado muito sofrimento a ele, a Sarah não é culpada por nada. Por outro lado, entendo ele, mas acho que deveria ter empatia por ela. Sou tirada dos meus pensamentos com JJ apertando meu pé fortemente.

— Isso dói. — olho para ele que ri. 

— Foi só para testar se você ainda estava aqui. 

— É claro que estou aqui.

— Mas seus pensamentos não. — suspiro e desvio meu olhar do seu.

— Tô pensando na Sarah. Não recebi mais notícias dela. — JJ solta meu pé e se senta mais perto de mim no sofá.

— Ela está bem, fique tranquila. — ele passa seu braço por meu ombro e me puxa para perto. — Logo ela dá notícias. Tudo acabou agora, não temos mais perigo. 

— Espero que sim. — ele beija minha testa e me puxa para mais perto do seu corpo. 

Ficamos um tempo apenas acariciando a mão um do outro. O silêncio é um dos mais confortáveis em que já tivemos. Duas batidas suaves chamam a nossa atenção.

— Posso interromper? — Sarah dá um pequeno sorriso, mas seu rosto completamente abalado anula isso. 

— Claro que pode. — sorrio para ela.

— Podemos conversar? — concordo e dou um beijo em JJ e me levanto. 

Caminho para fora da casa e me sento na varanda ao lado de Sarah.

— Como estão as coisas? 

— Eu não sei. — ela balança a cabeça negativamente. — Tá tudo muito estranho, mas não é sobre isso que eu quero falar. — ela faz uma pausa e me olha. — Eu acabei tudo com o John B. — Abro a boca para falar, mas não tem o que dizer. — Vim te contar isso porque sei que você é minha amiga, a única que eu sei que é leal até de alma comigo. Eu vou me afastar agora e você merece saber disso. 

— Você sempre vai poder contar comigo, sabe disso. — coloco minha mão em cima da sua e ela sorri.

— Eu sei. — ela pega minha mão e beija. — Eu vou sair de casa também, não tem como ficar lá.

— Se essa não fosse a minha casa agora, certamente você ficaria comigo, mas acho que vai ser estranho. — ela ri. 

— Fica tranquila, eu me viro. — vejo que John B está vindo em direção a casa. — Eu vou indo. 

— Me dê notícias, por favor. — ela concorda e me abraça. — Fica bem.  

— Ela não precisava ir embora.

— Eu sinto muito. 

— Eu ainda não acredito que isso tá acontecendo. — ele se joga no sofá ao meu lado. 

— Depois ela muda de ideia.

— Você acha? — ele pergunta rapidamente me fazendo rir. — Quer dizer, é? Por que acha isso? 

— Porque vocês se amam e já passaram por coisas demais para desistir logo aqui. Só dá um tempo. 

✃✁✃✁

— Os dois cornos falando sobre sentimento. — começo a rir.

— Quem disse que eles são cornos? — coloco minha mão na nuca de JJ. 

— O John B é. 

— A Sarah nunca faria isso. — JJ me olha com um sorriso.

— Como sabe?

— Do mesmo jeito que você conhece John B como a palma da sua mão, eu conheço a Sarah. 

— Nós deveríamos ir até lá e interromper o momento melancólico? 

— Você ama estragar os momentos, né? — tiro minhas pernas do seu colo. 

— Sempre estragam os meus com você. — ele dá de ombros e vai em direção ao cooler e pega algumas cervejas. — Kiara? — ela aparece poucos segundos depois na porta. — Pega. — ele joga duas cervejas que ela quase deixa cair no chão. 

Me levanto pegando mais umas e começo a andar em direção ao Pope e John B. 

— Batata-quente. — JJ grita fazendo Pope e John B se virarem para nós. JJ joga uma cerveja para cada um. — O que vocês estão fazendo aqui? Chorando? 

— Como? Eu não to chorando. — John B passa a mão pelos cabelos e olha para Pope. 

— Não é culpa sua. — Kiara fala. 

John B dá um pequeno sorriso e parece pensar um pouco.

— Eu vou dar um mortal para trás. 

— Isso é sério? — Kiara começa a rir. — Vamos apostar? 

Antes que mais alguma coisa fosse dita, John B deu o mortal e pulou na água. Todos nós gritamos e aplaudimos. 

— Eu duvido você vir também. 

— Ah não, você não está me desafiando, está? — JJ pergunta rindo. 

— É claro que estou. — John B sorri.

JJ me entrega sua cerveja e tira a camisa e pula na água. Só de olhá-los dentro da água me dá calafrios. 

— Vem, May. — John B grita.

— Essa eu passo, obrigada. — me sento ao lado de Pope. 

— Vocês são sem graça. — Kiara pula na água também. 

Fico olhando os três brincarem dentro da água, ouço um suspiro de Pope e o olho.

— Quer me contar o que aconteceu?

— Ela me quer como amigo. Apenas isso. 

— Isso é uma merda, eu não acredito.

— Foi um banho de água fria, não estava esperando. — ele fica o tempo todo a olhando enquanto ela brinca com os meninos.

— Você merece mais, Pope. Merece ser mais do que a indecisão de alguém. 

— Passei tantos anos esperando que algo acontecesse, para acabar assim. — fico em silêncio um tempo até me lembrar do que falei há dias atrás.

— Então já posso planejar a nossa viagem para Bahamas? — ele sorri de canto. — É claro que agora que estou deserdada vai ser mais difícil, mas depois que acharmos a cruz vamos poder fazer isso. 

— Você não existe. 

— O que? Eu estou falando sério. — fico o encarando até ele olhar para mim. — No tempo em que estive lá, eu fiz uma amiga…

— Não, nem comece. 

— Ela é muito legal, ela é durona, mas acho que combina com você. — tomo um pouco da  minha cerveja. 

— Quem sabe nos seus sonhos. 

— Quem sabe nos seus sonhos. — falo debochando. — Me agradeça depois. — ele ri e nega com a cabeça. 

➮ Novos planos • Outer BanksWhere stories live. Discover now