Capitulo 9

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Crawly estava de saco cheio das cobranças de Hastur,  claro, demônios são todos chatos(com exceção do próprio Crawly) mas Hastur era um verdadeiro pé no saco.
Ele estava constantemente perturbando Crawly para ele agir logo no Jardim, que Beez já estava ficando impaciente e ficava cobrando o próprio Hastur que tinha muito prazer em cobrar Crawly.
Então hoje nada de passar um tempo com o anjo bebê, hoje Crawly ia voltar aos negócios.
Ele então preparou sua camuflagem anti-babyangel e se sentou no alto de uma árvore enquanto observava os humanos trabalhando enquanto tentava pensar no que ele poderia fazer para que os humanos provocassem Deus. Vocês vêem? Ele não queria nada demais, só um pouco de caos, não seria nada tão ruim.
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Assistir aos humanos era...completamente entediante.
Crawly estava de saco cheio e o sol ainda estava no horizonte. Ele estava lamentando internamente o tempo perdido com os humanos. Crawly era mal demais para admitir ate para si mesmo que já sentia falta da sua mini sombra.
Falando do anjo, ele apareceu.
Crawly em algum momento ao longo das horas pensou em como o pequeno poderia estar se distraindo sem ele hoje, talvez ele estivesse até mesmo no céu aprendendo a usar sua nova espada ou tendo lições de como assassinar os demonios vis. Bem, ele poderia estar em qualquer lugar mesmo. Crawly só não esperava que o pequeno Aziraphale fosse aparecer proximo a árvore em que ele estava se escondendo chorando.
O pequeno anjo era a cara da própria desolação. Andava a esmo, cabisbaixo e com o rosto muito vermelho. O coitado parecia absolutamente miserável. Talvez algo tenha acontecido no céu para chatear o pequeno, é claro que não teria nada haver com o sumiço de Crawly.
Crawly desceu da árvore silenciosamente e se aproximou do anjinho.
De perto, ele parecia ainda mais miserável e triste se é que era possível e isso fez o coração -que Crawly jura de pés juntos não ter -se apertar dolorosamente. 
Crawly não poderia deixar o pobre anjinho triste e sozinho. Ele então estalou os dedos e apareceu completamente visível ao pequeno.
"Porque tão triste, anjinho?"
Aziraphale olhou assustado para Crawly e antes que o demônio pudesse reagir percebesse ele estava sendo espremido abraço sufocante.
"Você me abandonou e me deixou sozinho por muito tempo. Eu não gosto de ficar longe de você"
Crawly seria condenado(de novo) se isso não fez seu coração doer. Ele sentiu falta do pequeno também.
"Bem, não precisa ficar assim, eu estou aqui agora e prometo não sumir de novo".
"Está bem" o anjinho disse abraçando Crawly ainda mais forte.
É,  Crawly estava realmente ferrado.

Contos de um anjo bebêWhere stories live. Discover now