Capítulo 152

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Pov Miranda

Está tudo uma confusão por aqui. Um inferno.

Depois que Rowena anunciou que atacaríamos — eu, seus seguidores, seus "escravos" e seus soldados já que ela arranja essas merdas e se recusa a participar da resolução — praticamente todo o Furo começou a se mobilizar pro ataque.

Espadas foram afiadas, armaduras encantadas, bombas feitas, feitiços preparados pra ataques diretos. Isso, além de todos os soldados-sombra de Rowena que apareceram em milhas de um segundo pro outro.

A parte mais difícil foi mobilizar tudo em sigilo total, levou 2 dias. Tivemos que passar de pouco em pouco, por meio de florestas e bosques até chegar.

Nosso destino final foi Chambord. Mais específicamente, uma pequena floresta — quase um bosque — que se estava localizada ao lado da capital. Foi lá onde todo o ataque foi de fato preparado, onde todas as estratégias foram revisadas e de onde as tropas sairíam em marcha para atacar a capital e consequentemente o castelo.

Quem abriu passagem pelo bosque e nos escondeu dentre as árvores foram três fadas da natureza. Três fadas da natureza que foram obrigadas a fazer aquilo pela influência de Rowena como rainha. As três fadinhas só foram permitidas de deixa o perímetro de Rowena porque foram praticamente encoleiradas, e quem está com a guia é Viorica.

Se fossa eu, já teria as soltado e pedido que fossem atrás de ajuda a muito tempo. Mas Viorica é uma das únicas fadas fiéis a Rowena. Ela não quer ajuda e não quer a liberdade de nenhuma fada infiel. Ela quer torturar as fadinhas por não serem umas "adoradoras de Rowena", como ela. E por isso, está arrastando as três fadas por aí e as tratando como bichinhos de estimação, aquela maldita filha da puta.

Certo. Agora não é o momento de ficar com raiva de Viorica, posso fazer isso depois que repassar tudo.

Depois de chegarmos, recebemos a notícia de que deveríamos atacar à uma hora da tarde. Quando grande parte da capital vai estar na rua. Então esperamos, e quando o ataque aconteceu, as tropas lançaram as bombas e as assistiram explodir antes de caminhar pelos destroços prontos pra lutar.

Não demorou muito para que todos os guardas disponíveis e até a guarda real estivesse ali, transformando aquilo numa disputa sangrenta e sem regras.

E agora, durante o ataque, o pequeno posto de estratégia e preparo pudesse ser comparado ao inferno.

Uma confusão, aparentemente, sem fim.

A confusão que eu precisava.

De canto de olho, vejo mais um grupo de arqueiros ir em direção ao local da onde nossas flechas estás sendo atiradas. E nenhuma das pessoas a minha frente está prestando atenção em mim no momento. Ótimo.

Esgueiro-me para fora da tenda e dando meu máximo para passar despercebida, vou até a flecha que escondi assim que cheguei aqui. Diferente das flechas dos soldados se Rowena, que são de madeira clara com a plumagem preta, essa é da madeira mais escura que eu encontrei e uma plumagem rosa. O rosa foi ideia de Raisel, ficou bonitinho.

Essa flecha é diferente das outras também porque guarda uma mensagem, um pedido de socorro.

Não pra mim, claro. Ninguém responderia a um pedido de socorro meu depois de tudo que Rowena me obrigou a fazer.

Um pedido de socorro para Raisel, para que tirem-na de lá.

Porque assim que fizerem isso. Não haverá santo neste planeta que me impeça de tirar a vira da maldita da Rowena Eirlys.

Eu só continuo lá, porque Rowena mantém Raisel aprisionada no Furo com seu poder de influência, por ela ser rainha e Raisel parte fada. E também só continuo, quieta e sem reagir, porque sei que vão jogar as consequências de tudo que eu ousar fazer em cima de Raisel. E ela não merece sofrer por mim, ainda mais quando o fato de ela estar aprisionada ser minha culpa.

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⏰ Last updated: Sep 02, 2021 ⏰

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𝐑𝐨𝐲𝐚𝐥𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐑𝐞𝐛𝐞𝐥𝐬Where stories live. Discover now