Capítulo 14- Fofocas celestiais

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28 de Setembro 2019.
2 anos para o Apocalipse.

—Senhoras? Vocês tem certeza que abandonar os seus filhos é a melhor opção?— A voz do doutor Ciel fez-se presente com a pergunta direcionada as mulheres que estavam reunidas em seu escritório.

—Filhos? Nunca tivemos um, essas criaturas não podem ser consideradas seres humanos.—Pontuou a mãe de Park Jimin, ajeitando a barra de sua saia ansiosamente.

—Acredite quando afirmamos que esses garotos são uma aberração.— Pronunciou-se a Sr. Kim, mãe de Kim Taehyung.— Monstros!

—Mas vocês sabem que precisam ter no mínimo uma prescrição médica para interna-los em um hospital psiquiátrico certo?— Disse docilmente.— Vocês tem algo parecido?

—Eu tenho...— Falou Hyuna a mãe de Hoseok.— Jung Hoseok é medicado semanalmente, ele é perigoso para a sociedade doutor... Faço isso para o bem dele!—Forjou uma cena.— Eu tentei de tudo...

—Quando eu vi o seu noticiário falando sobre esse lugar eu imaginei que fosse até um mensageiro de Deus enviado para salvar minha pele de tanta tribulação!—Diz Doloris, mãe de Taehyung e lídere religiosa.—Meu marido me fez vir até você, já que ele está muito ocupado na congregação. Espero que eu não tenha vindo em vão.—Pontua.

—Não precisam se exaltar senhoritas...— Respondeu Ciel rolando os olhos.— Eu verei o que eu posso fazer em relação a isso. Quais são os sintomas de seus filhos? Em relação psicológica digo...— Limpou a garganta enquanto ajeitava sua gravata.

—Jungkook costuma se alto mutilar. Ele se tranca em seu quarto, não quer comer e nem beber nada!— Diz Sr. Natália– ou Sr. Jeon.— Uma vez o peguei mechendo em uma adaga! Que tipo de pessoa faz isso consigo mesmo?— Limpa uma lágrima ao canto de seu olho.

—A senhorita não notou que ele tinha tal objeto em casa?— Perguntou ele.— Uma adaga não é algo tão simples de se conseguir e de esconder de seus pais.

—O que você quer dizer com isso?— Exaspera Natália.— Por um acaso está afirmando que eu compactuo com isso? Que ridículo! Um completo absurdo!

—Não...—engole em seco.—Não foi o que eu quis dizer, me perdoe pela minha falta de expressividade... Você notou ou não?

—No começo não... Mas depois acabei flagrando sua prática. Ele deixava bilhetinhos assustadores na porta de seu quarto.— Respondeu ela.

—Bilhetes suicidas?—Pergunta o mesmo.

—Não, bilhetes ameaçando a mim e a meu marido...— Disse Natália.— Ele adora plantar discórdia entre nós dois. Tsc.

—Entendi...— Responde.— Que patética.— Pensa.

—Enquanto ao Namjoon...— Diz a mulher de saias longas e cabelos desgrenhados, Sophie, mãe de Kim Namjoon.— Ele não tem escrúpulos. E quase causou um assassinato em nossa igreja! Ele tem um pavio muito curto, e quando ele se descontrola com alguém nem Deus é capaz de segurá-lo.

—Irônico eu diria.— Debochou Ciel, mas ao perceber os olhares confusos voltou a ajeitar sua gravata, como uma mania.—Então...— Limpou a garganta— Eles vieram com vocês?—Referiu-se aos garotos.

—Estão na sala de espera.—Respondeu Natália com desdém, dando atenção as suas unhas bem pintadas.

—Se as senhoritas me permitem. Eu preciso analisá-los a sós. Por favor se retirem—Disse Ciel levantando-se da cadeira e educadamente curvando seu corpo em um pedido de licença para retirar-se do escritório, abriu a porta e fechou-a quando as mulheres saíram.

QUARTO DO PÂNICO.Where stories live. Discover now