Tudo aquilo que sentimos.

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Washington DC: 02:30 Am 12°f ( Jade pov ) Obs: Atenção Na Foto de Capa.

Fico no apartamento de Noah até tarde, sentada no sofá, passando levemente a mão por meu cabelo ondulado, nós esperamos ansiosos por Will, mas nada dele... minha preocupação surge, juntamente com a de Noah, que caminha de um lado para o outro em minha frente, até que para, e olha assustado para a porta, quando vemos Will adentrar a sala. 

– quer nos matar do coração? por que não atende a porra do celular? fiquei preocupado. — indaga Noah encarando o mesmo. 

– tive que resolver umas coisas. — Will põe as chaves de seu impala sobre a mesa de Noah. 

– e onde vamos? — pergunto baixo. 

– você? a lugar nenhum. — Will se senta no sofá. – deixei seu carro lá embaixo, pode ir para casa, vai ficar tudo bem. 

– por que está agindo assim? — pergunto decepcionada, Will nem sequer olha em meus olhos. 

– estou normal, só preciso resolver umas coisas com meu primo, você já pode ir. 

– a casa é minha, eu digo quando alguém pode ou não ir. — Noah respira fundo, e se aproxima de mim. – não precisa ir se não quiser, não sei o que ele tem. 

– eu vou, meu irmão está em minha casa me esperando. — respiro fundo e olho Will no sofá, ainda de cabeça baixa. 

– desculpe.— Will diz baixo, quando me encara por um estante. 

– não se preocupe, pessoas tendem a ser decepcionantes. — pego a pintura que Noah havia feito para mim e saio de sua cobertura, sem me despedir direito.  

Adentro meu carro, seguindo para casa, por que William agia assim? mais cedo ele foi o garoto doce e sentimental, e agora... nem para olhar em meus olhos e responder com dignidade, ele se arrependeu de ter me dito o que disse? foi por impulso? ou por medo de me ver com Noah? e eu... são tão burra... Deus... por que tenho que sentir tanto, por alguém que não quer sentir nada? 

chego em meu apartamento, vendo Finn encostado na janela, com as mesmas roupas de antes, e tomando um café quente em uma xícara marrom. 

( Por Favor, ponham a música para uma melhor experiência; '' All Through The Night ''  de Sleeping At Last. ) 

– achei que iria chegar bem mais tarde. — ele me encara. 

– crescer é tão complicado... e dói tanto... — ponho a linda pintura em cima da minha mesa, e me sento no sofá. 

– ei. — ele se senta ao meu lado, deixando o café em cima da mesinha a frente. – o que houve? 

– eu me julgo tanto, sabe? as vezes me sinto a pior pessoa existente, isso tudo por gostar de duas pessoas, ter meu coração dividido... eu não sou uma má pessoa, Finn, não sou. — ele me encara atencioso. – eu tive um começo de adolescência difícil, tive que vir para um lugar onde não conhecia ninguém além da nossa tia, eu aprendi a me virar, trabalho, faço minha faculdade, dou tudo de mim no que faço, conheci Will, me apaixonei por ele, e ele sempre, sempre sempre me negou qualquer coisa relacionada a sinceridade sobre o que sente, eu estava ali, esperando uma brechinha pequena para entrar, mas nada... nada e nada, então, quando eu finalmente encontro alguém que me passa sinceridade, certeza, verdade. — encaro Finn com os olhos marejados. – ele decide me falar que é apaixonado por mim, e meu coração pula por minutos, depois de escutar aquilo que sempre quis, mas depois... é só vazio, porque Will age como se nunca tivesse dito nada, é estranho, frio, fechado, volta ser apenas o que é, a sombra da própria sombra. — desvio o olhar, baixando a cabeça.

All In YouWhere stories live. Discover now