A mentira nua e crua.

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Washington DC: 05:00 am 12°f ( Noah Pov ) Obs: atenção na foto de capa.

A luz forte  dessa manhã, que atravessa minha enorme janela adentra a sala, abro meus olhos lentamente e sinto a sensibilidade em minha íris, merda... dormi mesmo no sofá? ou só morri e estou vivendo meu pesadelo particular como Sam e Dean em Supernatural? não... infelizmente não, estou realmente quebrado; porra... eu quase morri ontem, os arranhões em meu braço esquerdo estão me matando, não posso ir a galeria assim hoje, mas não posso ficar em casa; alguém sabotou meu jatinho, o pouso de emergência nos machucou muito, e feriu gravemente meu piloto, sem contar que... merda; Chloé... a ligação que recebi da enfermeira ontem, ela disse o nome de meu pai, por que Chloé diria o nome de meu pai?  preciso ir falar com ela mais tarde, será que seria uma boa ideia levar Will? eu disse que levaria... droga, que dor em meu ombro; escuto minha campainha soar e me levanto desastrado para atender; fecho o botão de minha calça enquanto caminho até a porta, e ponho a mão em meu ombro, sem camisa, quando o vento bate em minha pele, é pior que um tiro; e acredite, eu sei.     

– Will são cinco da manhã... — abro a porta de olhos fechados, tendo a plena certeza que William estava em minha frente. 

 – bom dia. — abro os olhos ao ouvir a voz doce. – você tá bem ferrado. — ela faz um sorrisinho. 

– Jade? — me surpreendo em ver a linda garota tão cedo, com suas vestes escuras e sua linda franjinha presente, que cobre sua testa, e faz seus olhos parecerem mais atentos. – gostei da franjinha. — aponto para a mesma. 

– obrigada. — ela diz envergonhada tocando a mesma. 

– cortou sozinha de novo? 

– Noah... — ela me olha preocupada. – não aguentei minha preocupação, precisei vir o mais cedo que pude. — ela adentra minha sala. – olha você... por que não cuidou dessas feridas? 

– eu apaguei assim que entrei em casa, e estranhamente ainda me sinto apagado, me desculpe. — passo as mãos por meus cabelos, e de fato... me sinto apagado, Jade continua me olhando preocupada, seus olhos doces e atentos caminham sobre meu rosto, e param em meus olhos, ela sabe... ela sabe que estou cansado demais, eu sei, todos sabem... estou cansado demais. 

– que medo eu tive. — ela pula em meus braços e me abraça. 

– ai... — resmungo baixo e sorrio fraco. 

– desculpe... — ela afrouxa o abraço. 

– shi... — a abraço mais forte. – do que teve medo? 

– de perder você. — sinto ela tentar se equilibrar na ponta dos pés para continuar me abraçando, mas a mesma desiste, e me abraça por baixo, envolvendo seus braços em meu tronco. – mais fácil. 

– existem muitos jeitos de se perder alguém, e não me perderia tão do nada assim. 

– mas tive medo de perder você, de que morresse. — sinto ela fungar. 

– Jade? está chorando? — encaro seus olhos escuros e os vejo marejados. – ei... eu estou aqui. — cheiro seu cabelo. – não vou a lugar nenhum, ok? 

– promete? — ela me encara novamente, seus olhos imploram por uma promessa vaga, mas não posso, não posso prometer que ficarei aqui sempre, não sei o desfecho da minha historia, nossas vidas são incertas, e diferente de Jade... não acho que eu seja o escritor da minha própria historia, se não... eu com certeza teria pulado muitos capítulos. 

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