ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ᴄʜʀɪꜱ ᴇᴠᴀɴꜱ

Tempo | Steve

O relógio do fogão era de um vermelho brilhante, era a única coisa que iluminava a cozinha. 2:06 da manhã, dizia. Fazendo você bufar enquanto zombava de você, apertando os olhos quando acendia as luzes muito rápido, quase tropeçando quando as luzes o cegavam. O sono estava tendo dificuldade em cumprimentá-lo esta noite, você se revirou por quase três horas e simplesmente desistiu. Você não queria perturbar Steve mais do que talvez já tenha feito.

Desde que Thanos foi derrotado, tudo pareceu se acalmar lentamente. Steve decidiu baixar o escudo e entregá-lo a Sam. Steve queria se sentir um pouco normal, ele ainda iria e ajudaria, se necessário, em algumas coisas muito simples, como ajudar a levantar algo pesado. Mas, felizmente, ele não foi chamado para ajudar em nada extremo e espero que isso não aconteça, porque bem, Steve precisava de uma pausa. Ele ainda se levantava todas as manhãs para correr, e todas as manhãs antes de ir, ele beijava sua bochecha e você respondia com algo inteligente. "Não treine muito, velho." Ou "se você quebrar um quadril, me ligue e eu irei buscá-lo". O que geralmente lhe rendia um tapa de brincadeira no traseiro e o som da risada de Steve, que fazia seu coração inchar.

Steve ainda mantinha contato com os vingadores, é claro, Tony gostava de realizar jantares de família em sua cabana três vezes por mês e era sempre bom ver Steve se relacionar com todos e falar sobre tudo e qualquer coisa que aconteceu no curto ou longo período de tempo desde que todos eles se reuniram.

Mas agora não era hora de relembrar coisas, checando o relógio mais uma vez você percebeu que agora eram 14h27. É claro que você se distraiu nos últimos vinte e um minutos, deixando escapar uma risada cansada enquanto caminhava para a cozinha, abrindo a geladeira e olhando para o conteúdo. Você estava exausto, mas estranhamente não cansado o suficiente para adormecer.

Você soltou um gemido ao vasculhar a geladeira e não encontrar nada que parecesse atraente o suficiente, a única coisa que parecia lhe dar eram os arrepios de quão fria a geladeira estava. Estar cansado apenas tornava mais fácil sentir frio. Fechando a geladeira com cuidado, você logo foi até a despensa, esperando e rezando para encontrar algo que fosse atraente o suficiente para consumir.

Movendo algumas caixas de cereal antes de mais uma vez soltar um gemido, não havia nada ... bem, havia comida, mas nada que fosse bom o suficiente neste momento para curar seu tédio. Você fechou a porta da despensa e se virou antes de ofegar de surpresa ao ver Steve encostado no arco da entrada da cozinha, as calças de dormir baixas na cintura e os braços cruzados sobre a blusa branca e um sorriso sonolento nos lábios.

"Você me assustou!" Você logo murmurou, uma mão segurando seu peito enquanto a outra mão ainda estava descansando na porta da despensa agora fechada, soltando um suspiro trêmulo enquanto tentava acalmar seu coração acelerado. Seu sorriso pareceu se alargar apenas suavemente com isso, balançando a cabeça para você enquanto ele cruzava a cozinha até você, descansando as mãos em seus quadris e puxando seu corpo menor contra o dele. "Por que você está acordado?" sua voz estava rouca, o sono ainda estava pesado em sua voz enquanto ele questionava você, suas mãos fazendo círculos suaves contra seus quadris através da camisa que você vestia - que, claro, era dele. Suspirando, você deixa sua cabeça inclinar-se para frente e descansar contra o peito dele. "Eu simplesmente não conseguia dormir." Você murmurou mais uma vez, as palavras abafadas contra sua camisa de algodão. Enquanto você falava, a mão esquerda dele se moveu do seu quadril para descansar na parte de trás da sua cabeça,

"Por que você não me acordou então? Eu poderia ter te feito companhia, querida. " Steve disse suavemente, balançando vocês dois de lado a lado. Você se afasta de seu peito depois de alguns momentos, sua mão movendo-se para tirar um pouco de seu cabelo de seu rosto, o que causou um sorriso vertiginoso nos cantos de sua boca. Não importa há quanto tempo vocês estão namorando, você sempre se sentirá como um adolescente em seu primeiro relacionamento, com o coração acelerado e o desejo de gritar sempre presente.

"Você precisa dormir, meu velho, eu não consegui acordá-lo!" Você respondeu, seu sorriso brilhante e brincalhão, tendo que conter o riso com a cara chocada que ele fez para você. "Isso foi desnecessário, sua pequena atrevida." Ele disse com um rosnado, inclinando-se e esfregando a barba contra o lado do seu pescoço e rosto, fazendo você gritar e começar a se inclinar para trás de tanto rir. Suas mãos seguraram seus quadris contra ele para que você não caísse para trás e para mantê-lo no lugar. Suas mãos agarraram o lado do rosto dele enquanto você tentava empurrá-lo, mas este homem era forte demais para você fazer isso.

"Steven Grant Rogers!" A risada dele apenas se intensificou com suas palavras, começando a salpicar beijos em seu pescoço e descendo até a clavícula e por cima das omoplatas enquanto sua camisa escorregava por cima do ombro. Assim que ficou satisfeito com a quantidade de beijos, ele cantarolou baixinho, afastando-se para olhar em seus olhos. Depois que desde que se aposentou ele parecia mais leve e mais feliz, um peso foi tirado de seus ombros. Steve lutou com as coisas como todo mundo, mas como ele era um super-herói, as pessoas não percebiam que ele era como nós - apenas um pouco mais forte fisicamente. Ele adorava ser um vingador, mas era hora de deixar ir e começar o resto de sua vida. Steve sempre quis envelhecer com alguém, ter dois filhos e morar em uma daquelas casas de família aconchegantes com cerca de madeira branca, ter um cachorro e talvez um gato também.

Seu sorriso era contente enquanto olhava para você: "Vamos dançar na sala de estar." Ele logo disse, dando alguns passos para trás antes de gentilmente agarrar sua mão menor, puxando você para a sala escura. Ele apagou a luz da cozinha, vocês dois tiveram que tropeçar alguns metros para dentro da sala escura, os únicos sons eram as suas risadas baixas e o caminhar dos pés. Finalmente, ele conseguiu acender a luz da lâmpada, "Vamos dançar música ou-" Ele logo o interrompeu, colocando a mão para silenciá-lo com um aceno de cabeça brincalhão. "Estou velho, estou ouvindo música, um passo de cada vez." Ele disse enquanto caminhava até a vitrola vintage que ficava no canto da sua aconchegante sala de estar. Ele colocou o disco, deixando cair a agulha. Logo uma música suave percorreu a sala. Um sorriso nunca saiu de seu rosto,

Você colocou sua mão na dele, dando um passo para mais perto dele enquanto ele o fazia também. Você deixa sua mão direita repousar sobre a mão esquerda dele, a mão direita apoiada em sua cintura e sua mão esquerda apoiada em seu ombro direito. Logo vocês dois começaram a balançar para frente e para trás, ele manteve os olhos treinados em você enquanto você o encarava. Vocês dois tinham sorrisos doces, mas cansados.

"Eu amo Você." Steve logo resmungou depois de alguns momentos de balanço, você cantarolou depois que ele falou, encostando sua bochecha em seu peito. "Eu também te amo, sinto muito por te acordar." Mais uma vez, sua mão começou a esfregar círculos em seu quadril. "Não se desculpe, querida. Nada para se desculpar. Prefiro ficar acordado com você do que dormir sozinho. " Você deixa seus olhos se fecharem, inspirando profundamente antes de expirar suavemente. Ele abaixou a cabeça e deu um beijo no topo de sua cabeça, deixando escapar uma risada quando percebeu que você bocejou.

Ele puxou pela segunda vez esta noite, desta vez até o sofá, você é claro o seguiu de boa vontade. Você o seguiria em qualquer lugar. Ele se sentou no sofá, puxando você para seu colo enquanto se deitava e deixando você descansar deitada em seu corpo. Ele puxou um cobertor sobre vocês dois antes de estender o braço para trás e puxar o cordão do abajur, deixando a escuridão envolver vocês dois. "Tente dormir, ok?" A voz dele estava baixa e parecia distante, já que você começou a adormecer rapidamente, o cansaço finalmente tomando conta de você. Steve deixou seus olhos azuis vagarem para o relógio ao lado da TV, marcando 3h04. Logo ele adormeceu também, a vitrola ainda tocando baixinho.