Depois de todos os acontecimentos do verão, Outer Banks já não era mais a mesma para os Pogues, que tentavam lidar com a dor da perda de seus amigos.
No entanto, após uma revelação importante, eles percebem que aquela caça ao tesouro do verão era a...
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❝ O meu pai sempre me dizia que era melhor nunca falar que chegou no fundo do poço. Acredite, ele dizia, sempre dá para ir mais fundo. Mesmo no inferno, sempre há outro inferno mais embaixo ❞
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Era como estar em um pesadelo.
Como se em algum momento Sophia fosse acordar assustada em meio a suas cobertas na sua cama. Ela desejou isso. Desejou com todas as suas forças, contudo, não importava o quanto pedisse aos céus, o quanto implorasse a eles, continuaria ali sentada no banco de madeira frio e desconfortável do tribunal assistindo ao lado de seus amigos o julgamento.
— John Booker Routledge, — a Juíza iniciou. Seu olhar focado no garoto algemado e usando um uniforme laranja da prisão. — De acordo com a seção 14 da legislação da Carolina do Norte, o senhor é réu de um homicídio doloso com circunstâncias agravantes. Se condenado, à pena máxima pode ser a pena de morte.
Sophia entreabriu a boca, trocando um olhar apavorado com Pope que estava sentado ao seu lado. A juíza não podia estar falando sério, pensou a garota só para, em seguida, sentir como se um soco fosse desferido em seu estômago quando viu a mulher bater o martelo. Aquela era a decisão final.
O tribunal, que era praticamente todo ocupado por Kook, irrompeu em comemorações. E Sophia foi tomada por um misto de irritação e incredulidade com aquela cena.
— Excelência, ele tem 17 anos! — JJ exclamou, levantando do banco e apontando para seu amigo. — Tá de sacanagem?!
— Cara — Pope levantou, colocando a mão em frente ao seu peito na tentativa de acalmá-lo quando viu os policiais ficarem a postos. Ao fundo a juíza gritava por "ordem no tribunal" enquanto batia o martelo.
— John B! — Sarah correu até a pequena divisão de madeira ao ver um policial guiar o Booker em direção a saída. — John B!
O Pogue olhou para trás encontrando a namorada com os olhos cheios de lágrimas, mas os dois não puderam sustentar aquele olhar por muito tempo. John B voltou a ser guiado para a porta, e dois dos policiais de guarda avançaram na direção de Sarah com a intenção de afastá-la.
No mesmo instante, Kiara e Sophia foram para o lado da amiga.
— Hey!
— Tira as mãos dela! — ordenou a cacheada segurando os ombros de Sarah. — Vamos, Sarah. Vamos sair daqui.
Enquanto Kiara puxava a loira em direção a saída principal, Sophia olhou para o primo uma última vez.
— A gente vai dar um jeito — afirmou, apenas movendo seus lábios para que John B pudesse os ler. — Eu prometo.
O Booker assentiu.
E a garota respirou fundo, tentando se manter calma, ao ver o primo sumir depois da porta. Tudo vai ficar bem no final, garantiu a si mesma, tentando se agarrar a algo, a uma esperança quase perdida.
