Depois de todos os acontecimentos do verão, Outer Banks já não era mais a mesma para os Pogues, que tentavam lidar com a dor da perda de seus amigos.
No entanto, após uma revelação importante, eles percebem que aquela caça ao tesouro do verão era a...
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❝ O mundo não é perfeito, mas não é tão ruim assim. Se temos um ao outro e isso é tudo que temos, eu serei seu irmão e segurarei sua mão. Você deveria saber que estarei lá por você quando o mundo não for perfeito, quando o mundo não for gentil. Se temos um ao outro, então ficaremos bem ❞
If We Have Each Other - Alec Benjamin
☀
Raios de sol começavam a escapar por entre as nuvens brancas, pintando o céu em um belo degradê laranja. E apesar de amar admirar o amanhecer, Sophia não deu muita importância para ele naquele momento.
— É ela! A 400 metros a esquerda — disparou JJ, apontando para o carro preto de Rose, o qual eles estavam seguindo a um tempo.
John B fez uma curva brusca, e Sophia, que estava apoiada entre os bancos da frente, teve de segurar para não ser jogada para o lado. A garota imediatamente reconheceu o local onde haviam chegado, o cais de Outer Banks.
— Nós conseguimos, garota — John B sussurrou para a kombi, segurando firme o volante, assim que estacionou ela a poucos metros do portão de entrada do cais.
O trio desceu do veículo. Pensando em como fariam para entrar no cais já que seria preciso autorização para tal, e mesmo com seu sobrenome, Sophia não teria nenhuma boa desculpa para conseguir passar por ali. Por sorte, um enorme caminhão vermelho se aproximou, fazendo os três se entreolharam apenas para certificar que tinham pensado na mesma coisa. Eles andaram, de forma discreta, atrás do caminhão até chegarem no portão; aproveitando enquanto o segurança conversava com o caminhoneiro para se esgueirarem para o outro lado da cerca de ferro e arame.
Sophia passou a mão pela raiz de seus cabelos, afastando os fios loiros de seu rosto, quando conseguiram se esconder entre duas empilhadeiras amarelas enormes. Os três espiaram o cais ao seu redor por cima da correia de uma das grandes rodas da máquina, e a primeira coisa que entrou em seu campo de visão foi a grande movimentação ao lado de um navio pintando de azul escuro e vermelho sangue, na lateral, gravado em letras maiúsculas, estava seu nome.
— Eu conheço esse navio, o Costal Venture. — comentou JJ. — Meu pai trabalhou nele. É cheio de contrabando. Ajudei no porto.
— A cruz tá bem ali. Olhem.
Sophia e JJ olharam para a direção em que John B apontou, vendo alguns homens usarem um guindaste para erguer uma caixa de madeira baixa, mas bem grande, perfeita para uma cruz de dois metros. Quando a estrutura de madeira, a qual guardava a cruz, foi erguida eles puderam ver a figura de Rafe sorrindo ao observá-la ser colocada no navio.
— Odeio esse cara — JJ murmurou, e Sophia concordou.
— Hey, a Sarah.
A garota indicou a cena que se desenrolava próximo ao navio: Sarah sendo tirada do carro por Rose e levada em direção às escadas, as quais subiam até a entrada do navio, por um homem alto e bem forte, e olhando dali, Sarah ainda parecia estar desnorteada.
