「Capítulo: Onze」

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Escutei o sinal tocar, um som exasperante que anunciava o fim da oitava, e última, aula do dia. Suspirei lembrando que ainda teríamos um evento de boas-vindas e que provavelmente, sairia daqui apenas às dezessete da tarde. Desde que voltei do almoço minha mente não parava quieta. Parecia até um bloco de carnaval. Colorido, cheio de música e movimentos, além de uma bagunça total.

Eu estava ansioso e não sabia como controlar essa merda toda.

— Pietro, você conseguiu encontrar o Andrew? — Harry perguntou enquanto guardávamos nossos materiais depois da aula de geometria.

— Sim, encontrei com ele depois daquela partida de vôlei.

— Percebi... Você está tão brilhante e aéreo que parece um balão de ar quente.

— É tão óbvio assim? — Perguntei assustado.

— Cuidado para não explodir de felicidade, cara — Ele disse, com um ar de preocupação em sua voz.

— Não irei explodir por isso, idiota — Falei dando um leve soco em seu braço.

O rapaz deu uma gargalhada e pegou sua bolsa, a colocando sobre o ombro.

— Quer ficar no clube enquanto esperamos pelo evento? — Ele me convidou com um sorriso descarado no rosto.

— Até aceitaria, mas o Andrew me chamou antes para passar um tempo com eles depois das aulas, então vai ficar para uma próxima.

Ok... Vamos procurá-lo então — Harry falou suspirando enquanto observava o último grupo de amigos sair da sala. Agora estávamos apenas eu e ele naquela sala imensa na presença de várias mesas vazias e uma lousa repleta de anotações.

— Na verdade, é melhor esperá-lo aqui. Não quero ficar andando à toa pelo colégio — Anunciei fechando a bolsa.

— Que tal você ligar para ele? — O garoto propôs.

— Esqueci de pegar o número dele — Disse ao lembrar que realmente havia esquecido de pegar o seu número com toda aquela mistura de emoções.

— Você é burro?

— Apenas não tive tempo, cara — Lhe olhei um pouco incomodado com a pergunta.

— Se bem que talvez o celular dele ainda esteja com a Martha.

— Pode ser — Suspirei, tentando pensar no que fazer.

— Mas me diz uma coisa — Harry chamou minha atenção, um pouco pensativo — Você estava bem ansioso para vê-lo mais cedo, então pensei que a segunda coisa que faria seria pegar logo o número dele. O que vocês estavam fazendo para não dar tempo, cara?

Primeiro olhei-lhe confuso, e após entender a sua pergunta, senti as maçãs do meu rosto queimar lentamente.

— Nada do que você está pensando, idiota! — Gaguejei, perdendo credibilidade.

— Apenas que vocês passaram muito tempo chorando pelo reencontro ou conversando sobre assuntos idiotas que não acrescentaram em nada na vida de nenhum dos dois — Ele disse em sua defesa, mas logo arregalou os olhos — O que você pensou que era, hein?

Desviei o olhar, um pouco envergonhado.

— Pietro, você é tão impuro! — Escutei o mesmo gargalhar.

— Deus, eu te odeio...

— Calma, vocês fizeram mesmo isso?

— Não, idiota! — Furioso, soquei novamente o seu braço.

Sunlight: O Encontro do Sol e da LuaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora