Fora dos padrões

03 - Jungkook, o vizinho CHATO

Sentei no banco da varanda da casa. E, infelizmente, o outro também estava ao meu lado.

Com uma mão cobrindo o saco de gelo, meu joelho latejava de dor. Eu não recebi nenhuma mordida, mas só porque Sorvete é praticamente banguela. Mas a baba em torno do meu joelho provava que ele tentou. Traidor.

— Espere sua mãe chegar em casa, vou contar tudo pra ela. — ameaço, pois mesmo ele tendo me dando os "primeiros socorros" de jeito nenhum eu ia perdoar tão fácil.

Tava doendo!!

Jungkook bufa. — Nem tenta. Ela não vai acreditar. Ela não gosta de você.

Minha boca escancara de choque e eu pergunto indignado. — Por que ela não gosta de mim!? É impossível não gostar de mim.

— Você é uma má influência. — fala e ainda se afasta um pouco de mim antes de acrescentar. — E é por sua causa que eu fiquei careca!

Quase jogo aquele saco de gelo nele, só de raiva, mas me contenho pois meu joelho ainda tava inchado.

— E por acaso fui que peguei uma tosqueadeira e passei na tua cabeça pra ser o culpado de você tar assim?

Ele fica vermelho de raiva e bate o pé no chão, fazendo os bottons que tinha preso na ropa sacudirem. Além de careca, é escoteiro. Que vizinho!

Me distrai, mas ainda ouvi o bastante da reclamação dele pra poder me defender.

— Eu não te passei piolho! Todo mundo da turma teve. — digo e já lembrando das más memórias, coço minha cabeça.

— Você foi o único que esfregou a cabeça em mim! Eu odeio abraços e você ainda me obrigou, por isso peguei. — fala, olhando com nojo pro meu cabelo, dessa vez não aguentei e joguei o gelo na cara dele.

Jungkook não é bom desviando, então pegou bem no nariz.

— HAHA. — ri alto, até curvei a cintura pra frente de tanto gargalhar. Infelizmente, aquele negócio de karma existe e bato sem querer no meu joelho.

— Meleca, aii! — uivo de dor

— Ai digo eu! — reclama ele, cobrindo o nariz. — Por que você é tão agressivo?

— Você que me bateu antes!

— É meu mecanismo de defesa. Eu apenas reagi depois que você me ofendeu. Foi um ato totalmente natural de crianças jovens! — ele fala, se defendo, de uma forma muito estranha.

— Você tem que parar de mexer nos livros de pisqcina da sua mãe... É esquisito.

— É psicológia!!

— Eu sei disso! Não sou burro. Mas os dentes atrapalham, eles fazem eu falar estranho. — digo, mostrando meu sorriso com janelinhas pra ele.

Ele me olha por um tempo e eu fico até envergonhado, mas então ele começa a rir. — É um do lado do outro, você tá quase tão banguela quanto o Sorvete. Daqui a pouco vai ficar igualzinho a ele, só podendo comer sorvete.

Desmancho o sorriso na hora. Eu já tava quase esquecendo nossa briga. Mas não dá pra perdoar se ele é sempre tão idiota!

Levanto com tudo, fazendo meu joelho latejar, mas não me importo e começo a andar que nem sasi, querendo voltar pra minha casa.

— NUNCA MAIS FALE COMIGO, JEON JUNGKOOK.

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Esse foi o fim do capítulo, espero que tenham gostado. Foi curtinho, mas vou tentar escrever mais no próximo.

Agora vou tentar postar um capítulo por semana, essa será minha meta!