13 - JM E JK, Os Anjos Da Guarda.

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Meus pais estavam conversando com a mãe do Jungkook, então foi um pouco difícil me servir de uma segunda bola de chocolate com menta. Principalmente quando eles estavam falando de mim.

Mas eu ignorei o máximo. Filtrando tudo de "Jimin é brincalhão demais." "Jimin vai ficar de castigo." "Jimin, Jimin, Jimin..."

Nunca pensei que ouvir meu nome podia ser algo tão ruim.

Mas que esses problemas fiquem pro Jimin do futuro.

...

Quando eu me sentei de novo no sofá, perguntei. — Quando eu vou poder ver sua cabeça sem faixas?

— Não sei. — ele resmungou. — Acho que logo. Coça bastante e faz calor, acho que só vou usar hoje.

— Humm. — soltei, correndo pra colocar o sorvete na boca. Mas mesmo assim não consegui me impedir de perguntar. — Coça mesmo não tendo cabelo?

— Você vai saber amanhã. — disse enquanto comia devagar seu sorvete de chocolate.

Suspirei, já coçando meu próprio cabelo. — Espero que não seja como ter piolhos de novo.

— Não é. — ele confessa. — Fica um pouco dormente, mas não como se tivessem bichinhos correndo.

E assim, de um simples coçar, fui para um coçar descontrolado. — Ah! Porque você sempre coloca essas imagens na minha mente!

Ele ri e isso me dá um alívio, como se os bichinhos imaginários sumissem do nada.

Deitei minha cabeça no sofá. Eu tinha rolado meu corpo pra fora, então apenas me encostei perto da perna dele.

— Quero ser o primeiro a ver seus pontos. — digo como se fosse uma ordem.

Mas não é como se o Jungkook me obedecesse. — Não dá.

— Por que?

— Minha mãe já viu

— Ela não conta!

— Você disse o primeiro...

Reviro os olhos. — Então, tenho que ser o primeiro da nossa classe. — penso no Yoongi e me corrijo. — Primeiro do colégio!

Ele concorda, sacudindo a cabeça, mas acaba com uma carreta.

— Pare de balançar! Você tem boca.

— Esqueci. Eu tava com a boca cheia de sorvete. — fala ele depois de engolir.

— Eu vou consertar isso então... — caminhei até nossas mochilas e abri a minha pra pegar uma canetinha preta.

Esse negócio de balançar já tava me deixando estressado. Daqui a pouco a cabeça dele cai.

Chegando perto, digo. — Braço.  — ele obviamente não me deu antes de eu explicar, mas de qualquer jeito ele agora tinha escrito na pele.

" Pergunte ao jimin primeiro."

— Que bobagem! Eu tenho que perguntar pra você se posso sacudir a cabeça? — exclamou enquanto se torcia pra ver o que eu escrevi.

— Sim. — Digo firme — E todo resto também, se pode atravessar a rua, se pode coçar a cabeça e se pode brincar com outras pessoas.

— Isso nem faz sentido! E por que eu não poderia brincar com outras crianças?  — falou enquanto tentava apagar as palavras, mas minhas canetinhas eram de qualidade.

Vendo minhas letra bonitinha não saindo braço do outro, explico com um sorriso. — Você fica muito agressivo quando brinca. Tenho medo que se machuque mais.

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