• 1. private dance •

6.5K 518 196
                                    

Dabi

— Amor, cheguei. - falo alto, anunciando minha presença na casa. Mas não recebo nenhum "eu tô aqui" ou "bem-vindo" de volta. Aliás, nunca achei que ia gostar tanto de ouvir isso quando voltava pra ela. — Será que ela ainda tá no Devilish? - murmuro, virando meus olhos para o relógio.

2:09 já.

Tirando minhas roupas, sigo para o banheiro, disposto a tomar uma ducha rápida antes ir naquele lugar buscar ela. Fazia mais de três dias que eu não via ela pessoalmente por causa de uma missão da Liga.

E eu estou com saudade.

Parei em frente ao Devilish, vendo a fila imensa do lado de fora. Bufei. Nem a pau que eu vou ficar no mesmo ambiente que esses putos.

Atravessei a rua, não parando de andar enquanto travava os olhos no segurança. Ele sempre estava aqui, e pareceu me reconhecer já que foi mais para o lado e liberou minha passagem.

Não sorri de volta e muito menos agradeci. Eu não sou assim.

Passei pelas pessoas, enfiando as mãos no moletom e procurando por ela. Eu sabia que S/N estava aqui. Vi seu Impala na vaga de idoso que ela roubou pra ela.

Me sentei no bar, onde eu tinha uma visão mais ampla das pessoas. Meus olhos ainda vagueavam, caçando por ela em qualquer canto.

— S/N está em uma dança privada agora. - me virei, arqueando uma sobrancelha para o cara sentado ao meu lado. — Acho que nunca fomos apresentados, sou o Tony. - estendeu a mão, e eu apenas encarei, voltando a olhar para o seu rosto. — Sem aperto de mãos, entendi. - revirou os olhos, bebericando o líquido de seu copo.

— Dabi. - foi apenas o que eu disse, vendo Rufus se aproximar de nós.

— Vai querer o que? - perguntou, meio rude ainda que sua voz melodiosa amenizasse seu tom. Quis rir com isso.

— O de sempre. - dei de ombros, e o vi revirar os olhos. — Faz muito tempo que S/N está na dança privada?

— Ela só sai depois de 30 minutos cara feia. - Tony respondeu. — Daqui a pouco ela sai, relaxa aí. - em uma intimidade que nós sabíamos, ele não tinha comigo.

— Aí, eu não sou teu amiguinho. - sibilei, olhando fundo nos olhos dele. — Não é porque você é amigo da minha mulher que eu vou te tratar diferente, entendeu?

— Ah, agora entendi porque ela gostou tanto de você. - riu, não se abalando com a minha grosseria. — Sabe, S/N, desde que se descobriu uma verdadeira piranha, sempre teve um gosto duvidoso para macho. Mulheres, ocasionalmente, ela acertava na escolha, mas homens...- bebericou mais uma vez. — Sempre foram os piores dos piores.

Revirei os olhos, não dando atenção para o que o cara dizia.

— Aqui está seu whisky Dabi. - Rufus me entregou o copo, até mais da metade e com uma pedra grande de gelo no meio.

— Mas sabe o que ela fazia depois que se aventurava com eles? - continuou, mesmo eu o ignorando. — Ela escolhia o próximo, e quando não se contentava com o que tinha, era pra minha cama que ela ia. - endureci a mandíbula, me virando pra ele possesso. O que esse porra está insinuando? — Calma, calma, não estou dizendo que ela fará isso com você. - sorriu, claramente se divertindo. — Mas sabe, nossa mulher tem muitos traumas, e a fuga que ela dá em caras como você, são provenientes disso.

— Não existe "nossa". - elevei a voz, me aproximando de seu rosto e sentindo as chamas subirem pelo meu corpo. Eu estava pronto para incinerá-lo, e esse cara mesmo assim não se abalou. — S/N é minha, e somente minha. - entredentes, não me importando com o quão possessivo eu soei. Eu sou mesmo, foda-se. — E ela nunca me trocaria por um marica feito você.

𝐃𝐀𝐁𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora