• 3. hide and seek •

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Dabi

— Ugh, detesto entrar nesse carro. - resmungo, finalmente saindo da BMW nova que S/N comprou. — Inclusive, em todos os seus carros.

— Ué, por que? - riu, batendo a porta do motorista e trancando a mostruosidade. Ajeitou os óculos, afastando o cabelo da cara toda vez que uma rajada de vento vinha.

— Por que?! Porque você dirige como se estivesse na merda do velozes e furiosos, e a gente nem tá fugindo da polícia merda! - exclamo irritado e ela ri ainda mais, dando a volta no carro e vindo pra perto de mim. — Essa é a última vez que eu entro em um carro com você.

— Você fala isso toda vez. - sorriu, beijando minha bochecha. Bufo, revirando os olhos. — Vem, Matt está nos esperando.

Segurando na minha mão, S/N nos guiou pela mansão gigante de seus pais.

Passamos por salas, escadas, um jardim pomposo e até mesmo o salão de festas que foi feito o noivado da vadiazinha lá com o irmão dela.

Só paramos quando fomos para a área da piscina, onde Matt acabava de sair da água. Não é por nada não, mas acho que ser bonito é de família, porque olha...

— Achei que não iam chegar nunca. - comentou, balançando o cabelo feito un cachorro e pegando a toalha que estava pendurada em uma das espreguiçadeiras. Vacilo mano, acabou molhando eu. — Lembro de ter marcado com você meio-dia. - implicou, encarando S/N.

— Meio-dia eu estava acordando querido, não teria como eu estar aqui. - cruzou os braços quando ele veio até nós, com os próprios abertos e um sorrisão de pai no rosto. — Ah não, nem vem.

Acho melhor eu me afastar.

— O que? - sorriu ainda mais. — Eu só quero abraçar minha irmã querida.

— Você está todo molhado! - gritou, fugindo dele. — Dabiii! - choramingou, tentando vir até mim mas o grandalhão não deixava.

Não consegui segurar a risada.

— Foi mal amor. - ela bufou quando ele finalmente conseguiu pegá-la, batendo as pernas no ar e gritando quando ele pulou na piscina junto com ela.

— Argh, eu te odeio! - esbravejou pra ele, que ria do outro canto da água. — Eu nem tô vestida pra isso cara.

— Agora nós dois estamos molhados, qual vai ser sua desculpa? - se aproximou dela de novo.

Olhei pra dentro da casa, a vendo quase totalmente vazia. Nem mesmo empregados estavam perambulando pra lá e pra cá, e isso era totalmente visível graças a parede de espelho blindado.

Esse é o meu momento.

— Amor, vou no banheiro ok? Daqui a pouco eu volto. - S/N apenas assentiu, sendo apertada pelo mais velho.

— Lembra onde fica o banheiro? - parei, a mão na maçaneta.

— Não, mas eu procuro, esquenta não. - sem me virar e já entrando na casa.

Ok, isso é absurdo. Esse lugar parece que nunca acaba. Quando você pensa que chegou nos fundos da casa, descobre que tem mais um fundo pra explorar. Ridículo.

Mantendo meus passos baixos, subo mais um lance de escadas, prestando atenção no caminho para não acabar me perdendo quando eu voltar para ela.

Olho ao redor, vendo apenas portas. Hmm, deve ser aqui que ficam os quartos. E ainda são enumerados. Quarto 1, quarto 2, quarto 3...vai até o 7.

Passo por cada um deles, apurando meus ouvidos para qualquer som ou indícios de que há alguém neles. Nada.

Paro em frente ao quarto 6, e por um momento, sinto que esse é o dela. De alguma forma S/N acha que esse é seu número da sorte, e o tem tatuado três vezes na costela.

𝐃𝐀𝐁𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora