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Martino narrando.

Cacete, ao vivo e a cores ela era ainda melhor, quando a vi desfilando não pude tirar os olhos dela por um instante sequer, ela era muito boa, destemida, to impressionado de verdade. Quando ela saía, eu ficava esperando pela próxima aparição dela em outro modelo de roupa e a cada vez que ela aparecia, mais deslumbrante ficava.

Logo o desfile terminou e eu me direcionei ao bar, as modelos iriam aparecer a qualquer momento e essa seria a minha chance.

— Martino! — uma voz explode em meus ouvidos e imediatamente reconheço, é Matteo.

— Essa escuta não é para você ficar me chamando o tempo inteiro, caralho! — resmungo baixinho para que ninguém ache que sou maluco por parecer que falo sozinho.

— Foda-se, vai ao encontro da garota agora, pegue duas bebidas e vá até o canto direito do salão, ela está perto do letreiro neon pelo que vejo nas imagens de segurança. — capto as informações e assinto em concordância.

— Deixo a escuta ligada? — indago em dúvida, eles não precisam ouvir tudo... Mas se quiserem, é com eles mesmo.

— É claro, idiota. Para não haver riscos, caso você fale alguma merda. — Mattia interfere dessa vez.

Reviro os olhos mesmo sabendo que ele não pode ver e me viro para o barman à minha frente no balcão.

— Me traz um sex on the beach e uma taça do seu melhor vinho branco, por favor. — peço com gentileza e ele se vira para preparar.

— Sex on the beach e vinho branco, sério? Meu deus, que drink de merda, e vinho branco então, que porra é essa? Não tem whisky aí não? — Matteo reclama do outro lado.

— Dá pra calar a boca e não me atrapalhar aqui? Preciso de concentração, se não parar, irei desligar a escuta. — susurro de forma quase inaudível para que o barman não escute, por sorte a música que toca ao fundo abafa o som.

— Ele vai ficar quieto, concentre-se! — Mattia diz e não me incomodo em respondê-lo.

Logo o barman ágil termina o drink e traz a minha taça de vinho branco, ele os entrega à mim e espero um pouco para que ele se distraia, rapidamente olho em volta para saber se há alguém prestando atenção em mim, ninguém pode presenciar o que vou fazer. Felizmente não tem ninguém, então tiro o pequeno vidrinho da manga do meu terno e o abro despejando o conteúdo em pó que havia dentro no copo do the sex on the beach. Misturo minimamente para que não desmanche a aparência do drink e começo a me direcionar ao ponto em que meu alvo estava.

— Drink finalizado. — digo o que combinamos para que eles ficassem cientes de que estava tudo indo conforme o plano

— Ok. — Mattia me dá retorno.

Avisto a bela garota em pé olhando todos à sua volta, me aproximo parando ao seu lado.

— Aceita um drink? — estendo o copo do sex on the beach na sua frente e ela se assusta levemente por não ter me visto chegar.

— Você me assutou — solta uma risadinha com a mão no peito. — E não, fui ensinada a não aceitar bebidas de estranhos. — ela me dá uma piscadinha e volta a se recostar na parede.

— Me chamo Martino — estendo minha mão e seus olhos brilham para mim. — Não sou mais um estranho. — dou uma risada fraca tentando deixá-la mais maleável.

— Oh, meu deus! Fico feliz por ter vindo falar comigo, sabia que o veria de novo. — ela sorri amplamente e não entendo muito bem o que quer dizer com isso, mas... Quem sou eu oara contrária-la, né?

Just call me a babyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora