Era o dia da festa de Rafaella e ela me forçou a vir pro Brasil. Estava conversando com o Jota e um amigo dele, o Max.
- Eu já apresentei minha noiva a vocês? - Max pergunta. - Amor. - chama alguém, quando me viro vejo ela. A minha mulher.
Eu sei que a s/n acabou nosso relacionamento dois anos atrás e que eu deveria ter superado. Mas sabe aquela história que você só sabe o valor depois que perde? Depois que a s/n foi embora meu mundo caiu, me isolei dentro daquela casa gigante e não pensava em outra coisa que não fosse ela, ia trabalhar obrigado, o que resultou na diminuição do meu rendimento. Eu até tentei arrumar outras mulheres, mas nenhuma era ela, a mulher que eu amava.
Consegui voltar a vida normal depois de um banho de água fria. Soube que ela tinha se mudado pra Alemanha e que estava conhecendo uma nova pessoa, eu acompanhava sua vida pelo Instagram, seu sucesso com a rede de confeitarias, estava feliz por ela pois sabia o quanto merecia. Só ficava triste por não estar do seu lado.
- Jotinha. - Saio do transe quando ouço sua voz.
- S/n, que saudade. - eles se abraçam.
- Ney... - vejo que ela tá com vergonha e só dou um sorriso e pego meu celular.
- Noivos, então? - Jota pergunta.
- Max, para de fazer isso. - eles riem. - Ele fica falando as pessoas que a gente vai casar, o povo tá começando a acreditar. -
- A gente só não vai casar por que ela é apaixonada pelo ex. - coloca a mão na cintura dela.
- O ex? - Jota pergunta.
- É, o ex. - Ele dá mais ênfase. - O homem da vida dela, o único dono do coração dessa ranzinza. - Ele ri. - Eu vou beber, licença. -
- Ele sabe? - Jota pergunta a s/n.
- Sabe. - ela diz. - E enche meu saco todos os dias. - sorri fraco.
- Entendi. - Ele segura o riso. - Eu vou ver como estão as coisa lá dentro. - Jota sai, nos deixando sozinhos.
- Eu tenho certeza que tia Nadine deu mais educação a tu. - ela fala bebendo seu champanhe.
- Você me deixou. - Levanto minha cabeça. - Eu não vou falar contigo. - volto minha atenção pro telefone.
- Dois anos, Ney. - ela sorri. - Dois anos. -
- Tu também não superou. - Guardo meu telefone. - Teu amiguinho te entregou. -
Ela sorri e nega com a cabeça. - Senti saudade disso. -
- S/n. - Olho pros lados tentando não olhar em seus olhos, tenho certeza que se ela continuasse falando do passado eu choraria.
- Desculpa. - ela pega no meu braço e sai.
Fiquei no mesmo lugar olhando o movimento, tentei procurar ela no meio da multidão e depois de muito esforço, a encontrei perto do palco. Menos é mais estava cantando e no momento que nossos olhos se cruzaram, começou a música que encaixava direitinho como nossa trilha sonora. Quando ela escutou os primeiro toques, fechou seus olhos e colocou a mão no peito.
Bateu saudade
Lembrei do tempo
Em que a gente se amou
Era verdade
Eu nunca percebi
Não dei valor
Agora entendo
Porque você
Não quer voltar atrás
Eu tô sofrendo
O mesmo que você
Ou muito mais
Eu não sei te esquecer
Volta logo pra mim
Me arrependi de tudo
Dá um fim!
S/n abriu os olhos e olhou diretamente pra mim. Continuei cantando olhando pra ela.
Ainda gosto de você
Eu não escondo de ninguém
E ainda gosto de você
O teu amor me faz tão bem
Eu não encontro uma saída
De você me libertar
E a solução pra minha vida
É a gente se acertar.
Ela sorri e vai em direção à minha irmã, sussurra alguma coisa no ouvido dela e entra em casa. Rafaella vem até mim.
- Ela tá te esperando no teu quarto. - fica na minha frente.
- Eu não vou. - pego meu celular.
- Deixa de ser idiota, Júnior. - ela puxa o celular da minha mão. - Vocês se amam, para com essa palhaçada. - Me empurra até a porta. - Só desce daí quando voltar com ela. -
Subo as escadas nervoso. O que será que ela quer falar comigo? Será que quer mesmo reatar nosso noivado? Eu deveria aceitar? Claro que eu vou aceitar, a eu amo, droga.
Empurro a porta entreaberta e a vejo balançando no ritmo da música olhando as fotos na parede.
- Queria falar comigo? - fecho a porta e ela se assusta.
- Queria. - ela morde o lábio inferior. - Na real foi mais fácil na minha cabeça. - sorri nervosa.
- Senta aqui. - sento na cama e ela me acompanha, respira fundo e começa
- Eu não quero dizer eu fui filha da puta há dois anos atrás por que eu sei que eu não fui, eu tive meus motivos e nosso término serviu de muito aprendizado e eu cresci muito nesse tempo. Mas não eu não posso dizer que estive feliz esse tempo todo. - sorri triste. - Foi insuportável viver essa merda sem tu ao meu lado. - ela deita na cama.
- O que tu quer dizer com isso? - ajeito seu vestido que subiu um pouco.
- Eu não quero voltar. - ela levanta e olha em meus olhos. - Eu não quero ter o que a gente tinha, era legal mas nunca daria certo. -
- Eu não tô entendo, s/n. - digo colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.
- Eu quero começar de novo. Eu não aguento mais viver nessa desgraça de mundo sem te ter ao meu lado, Júnior. - seus olhos enchem de lágrimas. - Eu te quero de volta na minha vida, por favor. - Me olha com os olhinhos pidões que eu tanto senti falta.
- Meu amor. - acaricio sua bochecha e beijo sua boca, deito ela na cama e fico por cima, acariciando seu corpo, matando um pouco da saudade. - Você não sabe o quanto eu esperei por isso. - deito em seu peito.
- Eu senti tanta saudade tua, preto. - ela acaricia minha nuca.
- Sexo de saudade? - levanto minha cabeça olhando pra ela.
- Ah Ney. - ela sorri. - Tu es l'amour de ma vie. (Você é o amor da minha vida) - Me beija trocando nossas posições.
- Je suis complètement fou de toi. (Eu sou completamente louco por você) - digo enquanto ela beija meu pescoço.
Eu tinha a mulher da minha vida de volta ao meu lado, não poderia estar mais feliz.⚡
Eu acho francês tão chique. Já que pediram muito a pt. 2, tai. Obrigada por toda interação! Querem uma maratona? Tô cheia de imagine pra postar!!
Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar. Até o próximo.
-S.
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Imagines || Jogadores
FanfictionTudo fruto da minha imaginação. -S. #1 - Jogadores (05/11/21) #1 - oneshots (21/12/21) (04/02/22) ♤ Plágio é crime ♤