Renato Kayzer - Athletico PR

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- Eu tô cansada. - aviso a Alana.

- Cansada como? - ela me olha.

- Cansada da olhar pra tu. - fecho meus olhos e ela sorri.

- Cuidado pra não enjoar de mim e o bebê nascer a minha cara. - ela sorri. - Tá tudo bem com você e com o bebê, foi só uma queda de pressão. -

- Ah ótimo. - me levanto com dificuldade da maca. - Não vai me mandar repousar e diminuir o ritmo? -

- Eu não. - ela anota algumas coisas. - Tu não me obedece. - ela me entrega o papel.

- Uma das vantagens de ser obstetra também. - sorrio.

- Como estão os preparativos pro chá revelação? - ela senta na sua cadeira.

- Não vai ter. - ela me olha confusa. - É, eu sei. O dia que a gente ia fazer o Renato viaja. -

- E porque não faz outro dia? -

- Por que eu tomei abuso. - ela ri. - Quase expulsei ele de casa porque não concordava comigo. -

- Meu Deus, tu tá insuportável. - ela nega.

- Sinal que tem uma menina aqui dentro. - passo a mão na minha barriga.

- Será? - ela me olha.

- O resultado oficial é só no sábado. - me sento na cadeira a sua frente. - Mandei uma confeiteira fazer uns cupcakes da cor que é o bebê. -

- E como ele tá com isso? -

- Puto. - sorrio. - Mas eu não ligo. -

- Coitada dessa criança. - ela mexe no computador.

- Como está sendo ficar sem minha incrível companhia? - pergunto.

- Maravilhoso. - fala sem me olhar. - A nova obstetra é meio chatinha mas vez ou outra trás bolo. -

- Ei. - faço cara feia. - Eu também trazia bolo. -

- Sim. Mas o dela é daquela padaria. - ela me olha.

- O meu eu fazia, inferno. - me levanto. - Não quero mais falar contigo. Pode ficar com essa sua nova amiga. -

- Aí como tu é chata. - ela vem ao meu encontro. - Quando tu vem de novo? -

- Nunca. - dou língua pra ela.

- Até a próxima. - ela abre a porta.

●●●●●●

- Meu amor? - Escuto kayzer gritar no andar de baixo.

- Para de gritar, inferno. - Vou descendo as escadas devagar.

- Tu foi no hospital hoje? A Alana me ligou, disso que tu tava insuportável. - ele coloca umas compras na ilha da cozinha.

- Trouxe alguma coisa pra comer? - mexo nas sacolas.

- Não me respondeu. - ele alisa minha barriga. - Oi, bebê. -

- Fui, tava me sentindo meio mal aí aproveitei que fazia tempo que não via as meninas. - abro um salgadinho.

- Fez exame? - Nego. - Foi alguma coisa grave? -

- Não né criatura? - Falo de boca cheia. - Se não eu tava lá. -

- Então esse foi o passeio dos meus amores? - Ele se esfrega atrás de mim.

- Entediante. - saio do seu abraço.

- E o que eu posso fazer pra melhorar a vida da minha mulher linda? - Ele me puxa de volta e começa a beijar meu pescoço.

- Eu tenho algumas ideias. - Aliso suas costas. - Tu vai arrumar as coisas e subir pra tomar um banho. Depois vai fazer uma massagem nos meus pés. - faço piada e ele me olha puto. - Tô brincando minha vida. Arruma as coisas aí que eu vou preparar a banheira pra gente. - selo nossos lábios.

●●●●●●

- Pronto? - pergunto. - Já deu a hora. -

- Tá, tô pronto. - Renato senta no sofá.

- Começando a live. - Sim, eu decidi que iria fazer uma live no Instagram pra todo mundo saber junto com a gente o sexo do bebê. - Oi, gente. - Sorrio pro celular.

- Minha esposa não tem juízo nenhum. - ele sorri também.

- Vai começar? - O olho séria.

- Humor, vida. Humor. - ele beija meu ombro.

- A família já entrou? - polegares positivos sobem na tela. - Pronto. Vamo começar. Primeiro, aos que não viram o convite que eu postei esses dias, hoje é meu... nosso chá revelação. -

-Temos aqui cupcakes feitos pela nossa amiga Cecília. - Kayzer mostra os bolinhos. - E dentro deles tem a cor que representa o bebê. -

- Ansiosa. - balanço minhas mãos.

- Aqui. - Meu marido me entrega um bolo e pega outro.

- Juntos? - O olho.

- Sempre. - ele sela nossos lábios e mordemos o bolo. Recheio branco. Ninguém entendeu nada.

- Alguém explica? - Falo depois de engolir o último pedaço. Batem na porta. Kayzer levanta e vai abrir.

- Você acha mesmo que eu, a madrinha incrível dessa criança, ia deixar tu fazer um chá revelação mixuruca desse? - Amanda entra gritando na minha casa.

- A não, cara. - corro pra abraçar ela e Kayzer continua sem entender. - Eu te odeio. -

- Quem vai me explicar? - Kayzer fala parado na porta.

- Vamo, tem gente nos esperando. - Amanda me puxa.

Ela nos carrega até o carro e depois de uns dez minutos reconheço o lugar.

- Eu não acredito que tu inventou a resta na tua casa. - digo.

- Claro, minha filha. -

Quando entramos no quintal da casa, nossas famílias e amigos estavam todos lá. Como ela conhecia essas pessoas? Como ela se comunicou com meus avós?

- Agora, ninguém aguenta mais essa tensão. - Amanda volta com um balão preto com interrogações brancas. - Vamo descobrir logo isso.

Nos posicionamos e, depois do fotógrafo tirar algumas fotos, nos preparamos.

- Pronta? - Kayzer me olha apreensivo.

- Sempre. - Sorrio nervosa e furamos o balão.

Rosa. Eu carregava uma menina! Uma menina!

Sumidinha daqui pq tô meio desanimada, mas tô tentando melhorar.
Pedido de willy_wonka012

Imagines || JogadoresWhere stories live. Discover now