Sofia, uma esposa obediente

4.9K 369 57
                                    

⚠️ATENÇÃO⚠️
As cenas a seguir contêm violência verbal, física e abusos.
Não recomendado para menores de 18 anos. ❗

N/A: Gente, esse capítulo é importante para a história, mas vai ser difícil de ler, de verdade respeite o aviso ou ponha sua conta em risco!

🐺

5 anos antes.

Quando Sofia completou 15 anos seus pais já haviam arranjado um casamento para ela. A moça ainda era só uma menina e ainda acreditava em príncipes encantados, amores tão grandes capazes de mover montanhas.

Camila sempre ficava preocupada, em todas as reuniões com os nobres ela tentava intervir para que a princesa ômega pudesse ao menos escolher com quem casaria. Não teve jeito, o príncipe do país vizinho a desposou, ele tinha 25 anos na época.

Sofia estava ansiosa mesmo antes de conhecê-lo, sabia sua nacionalidade, idade e seu nome, porém sentia que poderiam ser muito felizes. Grande erro.

Quando se conheceram ela tinha ido até seu país com uma comitiva, assim que pisou no castelo a ornamentação do casamento já estava pronta. Ela se sentia levemente insegura por estar sem sua família, mas aquela agora era sua nova vida, deveria se acostumar com ela.

Como toda boa princesa ômega, Sofia não sabia ler, escrever ou fazer contas simples. Ela apenas sabia bordar o enxoval que usaria em sua cama de casal, a única letra que sabia era S (a inicial do seu nome) e H (Inicial do seu marido, chamava-se Henrique).

A princesa se aprontou com a ajuda de suas servas, estava com um vestido pomposo, com babados e renda de cor amarela, sua maquiagem impecável e jóias demonstrando seu poder aquisitivo.

-Alteza, sua Majestade explicou como seria a noite de núpcias? -A serva questionou, a princesa de 15 anos sequer havia beijado alguém, sentia-se insegura demais e jamais algum cavalheiro teria coragem de arrancar-lhe um beijo sabendo de sua posição social, certamente seria condenado por tal audácia sem permissão.

-Ela jamais seria tão ousada, mamãe sempre fora uma mulher nobre. Esses assuntos descobre-se vivenciando. -A serva engoliu em seco, mas nada poderia ser feito.

Sofia entrou na igreja e mulheres de pessoas a olharam, ela estava feliz, pois era o dia mais importante de toda a sua vida. Mas sentia uma angústia em seu estômago, não sabia o porque daquilo.

Olhou para o altar e seu noivo estava com uma roupa típica de príncipe, um sorriso contido e um olhar morto.

-Sofia, hoje a vossa Alteza se unirá ao príncipe Henrique, será sua companheira, ajudará em todos os momentos que ele precisar. Cumprirá seu papel de esposa exemplar e só assim Deus irá recompensar com muitos filhos, seu casamento será próspero apartir disso. -O padre disse, a menina engoliu em seco ouvindo tudo o que ele disse. "Preciso cumprir meus deveres de esposa, só assim terei um casamento feliz!" era o que ela pensava.

A festa tinha sido animada, a cada hora que passava a princesa ficava ansiosa. Seu marido a levou até o quarto e trancou a porta com a chave, naquele momento ela se viu presa em um labirinto sem fim, ela queria gritar, mas ninguém a ouviu. Foi naquele dia que ela morreu.

-Príncipe Henrique, calma. -Ela pediu, o mesmo a beijou com força e pressa, estava confusa e angustiada.

-Cala a boca. -Ele disse e começou a beijar seu pescoço, ela tentava se afastar dele.

-P-príncipe Henrique, o que... O que esta fazendo? -Ele tentava tirar seu vestido que continha varias amarrações.

-Tira a roupa! -Ele mandou, ela olhou para o mesmo com medo, tentou se afastar, mas o mesmo chegou perto dela e apertou seu braço com força.

-E-Eu... Por favor, vamos conversar. -Em seus olhos continha lágrimas. Então a fala do padre veio até sua cabeça, ela sempre ouviu que casamentos só davam certo se a esposa fosse obediente.

-Você vai fazer o que eu mandar! -Ele a jogou na cama e subiu em cima dela.

Algumas semanas depois...

-Está com fome querida? -Sua sogra perguntou entrando no quarto, Sofia sempre ficava isolada em seu quarto bordando, mal comia e quase nunca saia do quarto.

-Não. Precisa de ajuda?

-Não, chegou alguns livros novos para o acervo da biblioteca, achei que seria interessante ter uma companheira na leitura, é a única ômega da família, pode me fazer companhia. -A rainha sorriu para sua nora encostando em seu braço, Sofia gemeu de dor, mas tentou disfarçar com seu rosto e vestido de mangas compridas. -Certeza que está sem fome? Parece abatida.

-E-Eu não sei ler. Não estou com fome, quem sabe uma outra hora eu saia para dar um oi as cozinheiras. -A rainha deu risada e se levantou, não insistiria se sua nora não queria. Mas ao levantar viu uma mancha roxa em sua nuca, com certeza não era um chupão. Achou aquilo familiar, sua garganta fechou e saiu do quarto sorrindo amarelo. A rainha sabia bem como era, mas nada poderia ser feito.

(...)

-Henrique, vai sair? -Era madrugada, Sofia já estava com sono.

-Não é da sua conta.

-Henrique, por favor fique. Sei que sai com prostitutas e eu não entendo... Sou sua esposa, fiz algo de errado? -Ela se levantou tentando o impedir de sair.

-Sofia por favor, já se olhou no espelho? Além de feia, não tem corpo algum.

-Fique, a gente pode ter um casamento de verdade, sabes que desde antes de olhar em seus olhos já era apaixonada por você, se quiser podemos fazer dar certo e...

-Sofia, eu quero transar com outras mulheres além de você! Da para entender ou está difícil!?

-Se sair por aquela porta, eu conto a todos o que faz comigo. -A ômega ergueu a cabeça decidida, o alfa riu cínico e tirou seu cinto de couro da calça. Virou para sua esposa e bateu nela, Sofia caiu em cima da cama e começou a gritar com a dor que sentia.

-Você vai ficar CALADA! ENTENDEU!? CALA A BOCA PORRA! -Quanto mais ela gritava mais ele batia nela, em alguns cômodos poderia ouvir, a rainha que andava por ali ouviu aquilo, caiu no chão e começou a chorar em pânico, estava desencadeando vários momentos em sua cabeça.

Quando Sofia barou de gritar ele rasgou seu vestido e tirou toda a sua roupa.

-Espero que tenha de fato aprendido a ser uma esposa obediente, essa é a sua única função e ainda falha nela. Promete que sera obediente. Promete! -Ele a invadiu e doeu como sempre doia, pois ela nunca estava lubrificada, Sofia tremia enquanto chorava.

-P-prometo, serei uma esposa obediente.

(...)

Emma (a rainha) não gostava muito de bordar, mas sentia que essa era a única coisa que sua nora fazia e queria se aproximar mais dela.

-Está tristinha. Aconteceu algo?

-N-não, está tudo bem. -Emma suspiros e ergueu a manga de seu vestido.

-Meu marido, o rei, fez isto ontem. Ele estava bravo com a pouca produção de trigo e descontou em mim. -Emma começou a chorar e a Sofia a acompanhou.

-E-Eu só queria minha casa, m-inhas irmãs. Quero ir na missa, me confessar e... Eu queria tanto chorar na minha língua, falar na minha língua, me sentir em casa.

-Q-querida, chore na sua língua. Vai te aliviar.

-Dios, no sé lo que te hice, pero perdóname y limpia mi alma. Sálvame de las garras de mi marido. ¡Ten piedad de mi!

-God help my daughter-in-law, may she and her generation not suffer all that my generation suffered!

🐺

N/A: Essas frases eu tirei do Google tradutor se tiver algo errado culpe ele.

A ômega |Camren - concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora